Passeando pela
internet entre 21h30 de domingo e a manhã desta segunda-feira, em pelo menos
dez blogs ou sites que costumo acessar, para olhar as notícias locais e
alhures, o do agropecuarista e jornalista Marcelo Abdon foi o único a observar
o não comparecimento do governador Robinson Mesquita Faria (PSD) ao protesto dos simpatizantes do PT e
do pessoal do Movimento do Sem Terra na sexta-feira (13).
A nota pode ser
pertinente, em razão do governador se eleger numa coligação de várias siglas,
tendo como principais integrantes a própria agremiação a qual pertence e o
Partido dos Trabalhadores, da aliada e senadora eleita Maria de Fátima Bezerra.
Apesar, também, da
aliança nacional, acho exagerado a cobrança, pois, pelo que consta, o acordo
político, certamente, não dá o direito do “petismo” exigir tal atitude.
Acredito que a
decisão do governador Robinson Faria foi acertada, pois oriundo de outros
partidos tradicionalmente aliados das oligarquias locais, ele não tem no DNA as
condições necessárias para ser um fiel cão de tudo que parte do “esquerdismo”
local, o que é uma obrigação de seus atuais companheiros de jornada eleitoral,
política e administrativa.
A obrigação maior
de comparecer aos chamamentos da suposta massa comandada pelo “petismo” são dos
militantes, dos filiados e políticos eleitos para o Poder Legislativo (Camara
de Vereadores, Assembléia e Senado), entre eles Hugo Manso, Fernando Vargas
Wanderley (Mineiro) e Fátima Bezerra.
Até porque eles são
políticos históricos do PT desde o começo dos anos 80 e nunca arredaram o pé da
sigla, formando uma casta de políticos semelhantes a alguns políticos mais tradicionais.
E pela sigla são eleitos desde então, sem que surjam novos nomes no quadro
partidário.
Na verdade Faria já
havia saído de seu gabinete, na governadoria, no Centro Administrativo do
bairro de Lagoa Nova, para receber, na escadaria, um grupo de manifestantes do
MST.
Enfim, ele pulou
uma fogueira quentíssima para não se queimar perante o eleitorado
norte-rio-grandense, o que aconteceu, em parte, com o deputado Mineiro, ao
anunciar apoio, ao que não poderia escapar de comparecer, aos protestos.
Tudo não passa de
marketing, de publicidade, de propaganda, de um ou de outro, conforme as
características de cada um, de sobrevivência política.
E acredito que o
líder de Robinson na Assembléia, Mineiro, não terá coragem para cobrar, exigir
e tirar o corpo fora, pois precisa do apoio do governador como suposto
candidato a prefeito da capital em 2016, quando poderá ter como concorrente
principal o atual, Carlos Eduardo Nunes Alves, do PDT, por sinal outra sigla
que apóia a presidente Dilma Vana Roussef.
De Marcelo
“Esse fato poderia
ser encarado como algo de pouca ou nenhuma importância, se o momento não fosse
de crise e a hora oportuna dos correligionários da Presidente demonstrar
reciprocidade, defendendo o seu Governo.
Segundo comenta-se,
a falta de Robinson deixou os PTistas do Rio Grande do Norte revoltados e desagradou
ao Palácio do Planalto. Os "Companheiros" não compreenderam a
contradição do Governador, que alardeia ser seguidor fiel de Dilma.
Na campanha
eleitoral, antes da posse e já na condição de Governador, Robinson Faria tem
sido visto e fotografado, quase sempre, na companhia da Senadora Fátima Bezerra
(PT), seja nos eventos pelo RN ou nos périplos pelos Ministérios, em Brasília.
Na última sexta-feira a Senadora caminhou sem o Governador.
Convém aguardarmos
os próximos capítulos.”
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