Cinco medicamentos atenderão no
primeiro ano 270 mil brasileiros que sofrem a doença afetiva
Os
brasileiros que sofrem Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) contarão com a linha
completa de tratamento para a doença após a incorporação dos medicamentos
Clozapina, Lamotrigina, Olanzapina, Quetiapina e Risperidona.
A decisão publicada na
terça-feira (10) no Diário Oficial da União representa investimento do
Ministério da Saúde de R$ 755 milhões em cinco anos. Outra novidade importante
é a publicação do primeiro Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), que servirá como guia para a orientação do
diagnostico, tratamento e acompanhamento dos doentes. Segundo estimativas de
associações de pacientes, o transtorno pode afetar até dois milhões de
brasileiros.
Os
medicamentos incorporados servem para o tratamento dos sintomas associados à
doença, caracterizada por alterações de humor – fases de depressão e euforia
(mania). Além disso, auxiliam na prevenção dos diferentes estágios dos
episódios de mania e depressão, sintomas clássicos da doença. A estimativa é
que, já em 2015, cerca de 270 mil pessoas sejam atendidas com esse novo
tratamento, e a previsão é que esse número chegue a 330 mil em 2019.
Estima-se que os pacientes
diagnosticados com transtorno bipolar podem desenvolver mais de 10 episódios de
mania e de depressão durante toda a vida. A duração das crises e dos intervalos
entre elas em geral se estabiliza após a quarta ou quinta crises. Geralmente o
intervalo entre os primeiro e segundo episódios pode durar cinco anos ou mais,
embora 50% dos pacientes possam apresentar outra crise maníaca dois anos após
sua crise inicial.
“O
transtorno bipolar pode se apresentar em diferentes graus, do mais leve ao mais
grave, por isso é importante promover o diagnóstico correto e o acesso ao
melhor tratamento existente. Com essa incorporação a expectativa do Ministério
da Saúde é que até o final deste primeiro semestre os medicamentos já estejam à
disposição da população” estima o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
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