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quinta-feira, 12 de março de 2015

O Brasil deve agradecer a Independencia ao rei, a Revolução Francesa e a Napoleão Bonaparte

Recentemente três declarações do ministro aposentado do Superior Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, causaram espanto geral entre os internautas e, inclusive, com repercussão na mídia. Não deveria. Qualquer rapazote antenado com história geral sabe sobre os acontecimentos mencionados, em passant, por ele no Tweeter: Revolução Francesa, Proclamação da República e a Revolução Comunista Russa.
Sem pedantismo acho até que os brasileiros deveriam agradecer eternamente aos franceses. Foram eles os culpados pela nossa independência (7 de setembro de 1822) e pela queda do regime imperial, no II Reinado, com a mudança para o regime republicano em 15 de novembro de 1889 e, consequentemente, tudo que veio depois, com a Revolução Liberal de 1930 e o Estado Novo (1937), do presidente e ditador, o gaúcho Getúlio Dorneles Vargas.
Quem diria que tudo começou com as festas chiques, no mês de maio, da corte francesa, capitaneada pelo rei Luís XVI e a rainha Maria Antonieta, ambos guilhotinados pelos revolucionários, técnica de decapitação inventada pelo compatriota Guillotin e que serviu até para cortar pescoços e rolar cabeças dos líderes da Revolução, que tem como fato emblemático a queda da grande prisão da Bastilha (14 de julho de 1789), em Paris, a milenar capital dos francos.
Com a queda do antigo regime a revolução produziu seus líderes, confrontos e distensões. Nos quatro períodos básicos do evento revolucionário: Assembléia Constituinte, Assembléia Legislativa, Convenção e o Diretório. Robespierre, Danton, Marat, Saint-Just. E veio o período do “Terror”. O “Termidor”. E o golpe estado de 18 de novembro de 1799 que levou o general corso Napoleão ao poder. Primeiro como cônsul. Depois como imperador.
O natural de Ajjacio, a capital da Ilha de Córsega, é o nosso homem. É o personagem que influiu diretamente/indiretamente nos fatos históricos que culminaram a independência brasileira de Portugal. As Guerras Napoleonicas no continente europeu influenciaram nisso tudo, com os ingleses no meio, aliados dos portugueses. A França traçou o bloqueio continental (1806) contra a Inglaterra e Portugal não aderiu, motivo pelo qual tropas do exército franco invadiram um dos dois países da Península Ibérica (o outro é a Espanha).
Com a invasão do território português o regente, dom João VI, não teve outra alternativa, e migrou para o país colonizado com a corte, em torno de 15 mil pessoas, alojadas em 16 navios. Assim foi, ainda, obrigado a abrir os portos as nações amigas, criar a Imprensa Régia, o Banco do Brasil, Academia Real Militar e elevar a colônia a Reino Unido a Portugal e Algarves (1808). Com a derrota final de Napoleão, depois que fugiu da Ilha de Elba e do exílio na Ilha de Santa Helena, em 1815, seis anos depois acontece a Revolução do Porto.

Dom João VI retorna para Portugal e deixa o filho, dom Pedro I, como regente do Brasil. Daí, depois do Dia do Fico (1821)... Agora consultem os livros de história.

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