Desde a fundação da
Organização das Nações Unidas nenhum ex-presidente, ex-primeiro ministro ou
qualquer chefe de governo ou Estado foi nomeado para o tão importante e responsável cargo de escala mundial
José Vanilson Julião
Jornalista
Recentemente tenho visto na internet inserções de uma fala
do presidente norte-americano, Barack Obama, na qual ele teria sugerido o nome
do ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para ocupar a função de
secretário-geral da instituição mundial surgida pós II Guerra Mundial,
sucessora da Liga das Nações.
Esta história não é nova. Começou em março de 2010 com os palestinos, sendo encampada em outubro do mesmo ano pelo histrião Evo Morales.
Esta história não é nova. Começou em março de 2010 com os palestinos, sendo encampada em outubro do mesmo ano pelo histrião Evo Morales.
Para efeito de situar o leitor a Liga ou Sociedade das
Nações surgiu em 28 de abril de 1919, portanto 26 anos antes de ser desativada,
durante encontro dos países vencedores da I Guerra, no histórico Palácio de
Versalhes, nos arredores de Paris, capital francesa.
No mesmo local foi assinado por 44 países, em 18 de junho do mesmo ano, o tratado da nova ordem mundial.
No mesmo local foi assinado por 44 países, em 18 de junho do mesmo ano, o tratado da nova ordem mundial.
A ONU é criada em 24 de outubro de 1945 e instalada em 18 de
abril do ano seguinte. Conta, atualmente, com 193 países membros, mais o Estado
do Vaticano e Palestina. Quase cinco vezes mais do que o antigo número da Liga.
Mas perde em número de filiados para a Federação Internacional de Futebol
Associado (FIFA), que passa dos 200 membros nos cinco continentes: Europa,
Ásia, África, Oceania e América (Norte, Central e Sul).
Secretário geral
Desde 2 de fevereiro de 1946 até hoje oito são as
personalidades que exerceram ou exerce o cargo. De igual número de nações
diferentes. Portanto não repetidas.
Tres são europeus. Dois deles de países nórdicos, Noruega e Suécia, justamente os dois primeiros. Um veio da Áustria. A Ásia também contribui com dois indicados: Birmania e Coréia do Sul. A áfrica com dois: Egito e Gana. América do Sul completa a lista (Peru).
Tres são europeus. Dois deles de países nórdicos, Noruega e Suécia, justamente os dois primeiros. Um veio da Áustria. A Ásia também contribui com dois indicados: Birmania e Coréia do Sul. A áfrica com dois: Egito e Gana. América do Sul completa a lista (Peru).
Dos indicados o primeiro a ocupar o cargo renunciou. O
segundo morreu na função. A próxima indicação acontecerá no próximo ano, quando
termina o segundo mandato consecutivo, de cinco anos, do atual secretário
geral, nomeado pela Assembléia Geral, após recomendação do Conselho de
Segurança. Um dos critérios é ter rodízio entre os continentes.
Vedado os cinco países membros permanentes do Conselho:
Estados Unidos, França, Rússia, China e Reino Unido. São três europeus, um
americano e um asiático.
Ao todo são 15 membros, sendo que os outros dez são eleitos. O atual presidente é o sul-coreano Ban Ki-moon, desde 2007 (abaixo a lista de todos os nomeados)
Ao todo são 15 membros, sendo que os outros dez são eleitos. O atual presidente é o sul-coreano Ban Ki-moon, desde 2007 (abaixo a lista de todos os nomeados)
A maioria dos nomeados foram ou são diplomatas de carreira.
Alguns com carreiras políticas em seus países. De todos apenas um chegou a ser
presidente de uma nação, em 1986, a austríaca, mesmo assim eleito depois de
deixar o cargo de secretário.
Portanto, salvo um milagre da política internacional, somente um milagre conduz Lula para a ambicionada cadeira, na sede da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos.
Portanto, salvo um milagre da política internacional, somente um milagre conduz Lula para a ambicionada cadeira, na sede da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos.
O brasileiro
De destaque nesta história toda apenas um brasileiro. O
gaúcho Osvaldo Euclides de Souza Aranha (1894 – 1960). Presidiu a II Assembléia
Geral, em 1947, a qual resultou na criação do Estado de Israel, instalado no
Próximo Oriente ou Oriente Médio (Ásia), em 1948.
SECRETÁRIOS
Trygve Lee (Noruega): 46/52
Dag Hammarskjold (Suécia): 53/61
U Thant (Birmania): 61/72
Kurt Waldheim
(Áustria): 72/82
Jávier Pérez de
Cuéllar (Peru): 82/92
Boutros Boutros-Ghali
(Egito): 92/97
Kofi Annan (Gana):
97/97
Ban Ki-moon (Coréia do
Sul): 2007/2016
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