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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Farra com dinheiro público faz Brasil imitar os programas dos EUA (Plano Marshall e Aliança para o Progresso) ao contrário e ocupar espaço político na América Latina

Banco estatal de desenvolvimento econômico e social “patrocina” expansão da ideologia “bolivariana” já em curso no cone sul

José Vanilson Julião
Jornalista

Em postagem anterior o repórter fez um comparativo entre o que o Governo Federal dos Estados Unidos da América investiu, por meio do Plano Marshall, na recuperação de países europeus pós II Guerra, e constatou que, pelo menos relacionando os U$ 13 bilhões gastos na Europa em quatro anos, aos índices inflacionários de 60 anos depois, o montante chega a 132 bilhões de dólares em 2006, sendo que o rombo da Petrobras, em torno de 88 milhões, ultrapassa, em muito a metade deste valor.
Assim sendo também constata e a história é testemunha, que os EUA bancou sozinho a recuperação de um continente devastado por um conflito de proporções gigantescas. Com o término do conflito foi iniciada a chamada Guerra Fria, pondo em lados opostos os países democratas aliados dos norte-americanos, inclusive o Brasil, e os países do Leste Europeu, com a liderança da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Ou o mundo capitalista x mundo comunista.
Com isso, procurando evitar a influencia da ideologia “vermelha” nos países da América do Sul – uma alusão a bandeira da URSS – logo após a Revolução Cubana, no final dos anos 50, no começo da década de 60 os norte-americanos implantaram o programa da “Aliança para o Progresso”.
Penso que, atualmente, o Brasil realiza um projeto parecido ao contrário, financiando pelo menos três mil obras em países vizinhos e no continente africano, sem que os mesmos estejam passando ou passaram por uma guerra total. E tudo no maior segredo.
Mas numa rápida consulta na internet qualquer um pode verificar que os investimentos são da ordem de pelo menos 7 bilhões de dólares nos programas conhecidos a força de decisão judicial depois de acionamento do Ministério Público.
Em pelo menos 20 obras, com duas delas não revelados os investimentos, o custo total chega a 6 bilhões e 376 milhões de dólares (descontada a época chega a metade do gasto com o Plano Marshall). São construções tocadas por empresas brasileiras na América do Sul (Argentina, Uruguai, Equador, Bolívia e Venezuela), América Central (Panamá) e Africa (Moçambique). Em todos eles há um alinhamento ideológico a esquerda. E fato.
A seleção dos recebedores destes investimentos, porém, segue incerta: ninguém sabe quais critérios que o BNDES usa para escolher os agraciados pelos empréstimos. Boa parte das obras financiadas ocorre em países pouco expressivos para o Brasil em termos de relações comerciais, o que nos leva a suspeita do caráter político-ideológico de suas escolhas. A ausência de transparência é uma das principais hipóteses de incidência dos desvios de finalidade.
E olhem que passamos ao largo dos empréstimos totais de 414 bilhões de dólares, iniciado ainda em 1998, durante uma das gestões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, iniciador do perdão desenfreado de dívidas de outras nações, principalmente as africanas, para contra o Brasil.

Entretanto, a partir de 2006, no segundo governo Lula, estes empréstimos saltaram de 0,4% do Produto Interno Bruto para 8,4% do PIB.

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