Banco
estatal de desenvolvimento econômico e social “patrocina” expansão da ideologia
“bolivariana” já em curso no cone sul
José Vanilson Julião
Jornalista
Em postagem
anterior o repórter fez um comparativo entre o que o Governo Federal dos
Estados Unidos da América investiu, por meio do Plano Marshall, na recuperação
de países europeus pós II Guerra, e constatou que, pelo menos relacionando os
U$ 13 bilhões gastos na Europa em quatro anos, aos índices inflacionários de 60
anos depois, o montante chega a 132 bilhões de dólares em 2006, sendo que o
rombo da Petrobras, em torno de 88 milhões, ultrapassa, em muito a metade deste
valor.
Assim
sendo também constata e a história é testemunha, que os EUA bancou sozinho a
recuperação de um continente devastado por um conflito de proporções
gigantescas. Com o término do conflito foi iniciada a chamada Guerra Fria,
pondo em lados opostos os países democratas aliados dos norte-americanos,
inclusive o Brasil, e os países do Leste Europeu, com a liderança da União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas. Ou o mundo capitalista x mundo comunista.
Com
isso, procurando evitar a influencia da ideologia “vermelha” nos países da
América do Sul – uma alusão a bandeira da URSS – logo após a Revolução Cubana,
no final dos anos 50, no começo da década de 60 os norte-americanos implantaram
o programa da “Aliança para o Progresso”.
Penso
que, atualmente, o Brasil realiza um projeto parecido ao contrário, financiando
pelo menos três mil obras em países vizinhos e no continente africano, sem que
os mesmos estejam passando ou passaram por uma guerra total. E tudo no maior
segredo.
Mas
numa rápida consulta na internet qualquer um pode verificar que os
investimentos são da ordem de pelo menos 7 bilhões de dólares nos programas
conhecidos a força de decisão judicial depois de acionamento do Ministério
Público.
Em pelo
menos 20 obras, com duas delas não revelados os investimentos, o custo total
chega a 6 bilhões e 376 milhões de dólares (descontada a época chega a metade do
gasto com o Plano Marshall). São construções tocadas por empresas brasileiras
na América do Sul (Argentina, Uruguai, Equador, Bolívia e Venezuela), América
Central (Panamá) e Africa (Moçambique). Em todos eles há um alinhamento
ideológico a esquerda. E fato.
A
seleção dos recebedores destes investimentos, porém, segue incerta: ninguém sabe
quais critérios que o BNDES usa para escolher os agraciados pelos empréstimos.
Boa parte das obras financiadas ocorre em países pouco expressivos para o
Brasil em termos de relações comerciais, o que nos leva a suspeita do caráter
político-ideológico de suas escolhas. A ausência de transparência é uma das
principais hipóteses de incidência dos desvios de finalidade.
E olhem
que passamos ao largo dos empréstimos totais de 414 bilhões de dólares,
iniciado ainda em 1998, durante uma das gestões do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, do PSDB, iniciador do perdão desenfreado de dívidas de outras
nações, principalmente as africanas, para contra o Brasil.
Entretanto,
a partir de 2006, no segundo governo Lula, estes empréstimos saltaram de 0,4%
do Produto Interno Bruto para 8,4% do PIB.
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