Presidente nacional do Democratas divulga nota sobre união das duas siglas
José Vanilson Julião
Jornalista
Se depender de uma “nota de
esclarecimento” divulgada há pouco, pelo presidente do diretório nacional do
Democratas, o senador potiguar José Agripino Maia, a fusão com o Partido
Trabalhista Brasileiro é, praticamente, irreversível.
A Comissão Executiva Nacional do DEM
deliberou, por 21 votos a 4, pelo prosseguimento dos entendimentos com o PTB,
com vistas a uma possível fusão entre as duas siglas ou agremiações partidárias.
Na mesma reunião ficou
anunciado que, caso se viabilize a fusão, por acordo entre os dois partidos,
vão ser mantidos, na Câmara dos Deputados e no Senado, os atuais e respectivos líderes,
o deputado federal Mendonça Filho (PE) e Ronaldo Caiado (GO).
Com a mencionada deliberação abre-se a
perspectiva de busca de consenso para o comando regional nos estados, nos quais
remanescem divergências e abertura de discussão sobre regras de governança
partidária nos planos nacional, estadual e municipal.
Resta agora saber, com as próximas deliberações,
em Brasília, capital federal, qual será o nome do próximo e novo partido.
Antecedentes
O DEM é um sucedâneo mal
ajambrado do extinto Partido da Frente Liberal (PFL), filho do PDS (Partido
Democrático Social), que por sua vez saiu das entranhas da Aliança Renovadora
Nacional (Arena), criado com a instalação do bipartidarismo, em 1965, um ano
após o golpe militar de 1964, ao lado do Movimento Democrático Brasileiro, do
qual saiu o PMDB, um dos atuais aliados do Partido dos Trabalhadores (PT).
O PTB surgiu com a redemocratização
do País, em 1946, com a queda do Estado Novo do ditador-presidente, o gaúcho
Getúlio Dorneles Vargas. Na época, além do partido trabalhista, foram criados
outros partidos, como o Social Democrata (PSD) e a União Democrática Nacional
(UDN).
Com o regime militar todos
foram extintos. Somente a partir do final dos anos 70, começo de 80, com a
reabertura política, o PTB ressurgiu do limbo em que se encontrava.
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