Li na rede social manifestos de indignação, com alguma
razão, sobre especulações a cerca das circunstancias do assassinato do
estudante universitário caicoense Máximo Augusto de Medeiros, 23, provavelmente
acontecido na madrugada da sexta-feira, feriado do Dia do Trabalho (1/5).
O corpo foi encontrado na manhã do domingo, na zona
rural, entre os municípios de São Gonçalo do Amarante e Macaíba, na região
metropolitana da capital potiguar (Grande Natal). A estrada do Arisco fica na comunidade
Jacobina, a margem da rodovia estadual que liga as duas cidades.
Diante da situação de mistério que envolve a morte do
rapaz acredito que o delegado de Homicídios, Fábio Rogério, não descartará
nenhuma hipótese, pista ou antecedente para elucidar o caso, depois que ele foi
anunciado, oficialmente, no final da manhã desta segunda-feira (4), pela
Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol).
Certamente que o titular da Dehom terá como ponto de
partida depoimentos dos freqüentadores dos locais onde o jovem foi visto, dados
de telefonemas e os depoimentos de familiares e amigos, para que o caso não
caia no esquecimento e se transforme em mais um assassinato sem solução, como
se fosse um crime perfeito, apesar da situação de casualidade ou
momentaneidade, sem qualquer indício, pelo menos até agora, de premeditação.
Máximo saiu com os amigos de uma boate no bairro de Ponta
Negra. Em seguida foi para outra casa noturna, também na zona Sul, com o
próprio carro. Em seguiu partiu desta segunda boate acompanhado de
uma pessoa portando um capacete sobre o punho. Percebendo algo estranho, o
segurança chegou a questionar se estava tudo bem com o rapaz. Diante do
quadro o repórter presume que o desconhecido pediu uma carona, sendo seguido
por mais alguém de motocicleta.
Uma das primeiras ações do delegado foi localizar um
motel, no qual vítima e o principal suspeito
do crime teriam entrado, próximo a boate onde a vítima teria sido vista pela
última vez. A Dehom tem as imagens do circuito interno para tentar localizar
quem estava acompanhando o estudante.
O automóvel, do modelo Fiat Palio e de cor branca, placa
OWC-8357, ainda não foi encontrado.
O enterro de Máximo, estudante do curso de Administração
da Universidade Potiguar, aconteceu na manhã desta segunda-feira (4), no
Cemitério de Nova Descoberta. Deixou os pais e duas irmãs. A data de sua
morte coincidiu com outra tragédia. Uma irmã morreu em um acidente
automobilístico ao caminho do aniversário dela há 19 anos.
CRIMES SEM SOLUÇÃO
O caso do estudante Máximo Augusto me faz lembrar o
assassinato do professor de Educação Física e treinador de futebol das bases do
América, o parnamirinense Antonio Basílio, cujo corpo foi encontrado no Açude
do Vilar, a margem de uma rodovia federal, periferia da cidade de Macaiba. O
carro dele foi encontrado na Avenida Duque de Caxias, no bairro da Ribeira,
proximidades do Teatro Alberto Maranhão e da então Secretária de Segurança
Pública (Praça Augusto Severo).
Outro caso foi o do empresário Lenilson Costa, um dos
sócios do Armazém Cacique, localizado na Rua Mário Negócio, no bairro das
Quintas. O corpo foi encontrado numa lagoa, a margem de uma rodovia estadual,
no município de Monte Alegre. Ao lado uma roupa intima feminina. Assim o caso
ficou conhecido como o “Crime da Camisola”. Costa havia saído de casa para uma
reunião da maçonaria na cidade de Nova Cruz (Agreste). O carro dele foi encontrado
em um estado da Região Centro-Oeste.
O terceiro caso emblemático é o do também empresário e
incentivador cultural Chico Miséria. Tinha uma loja de roupas masculinas. A “Hombre”.
Era localizada na Avenida Deodoro, na Cidade Alta (Centro), em frente ao Cine
Rio Grande. (JVJ)
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