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terça-feira, 30 de junho de 2015

Editora Abril passa por crise, mas a revista ‘Veja’ independe de propagada federal para sobreviver

José Vanilson Julião
Jornalista

Numa das principais redes sociais, o Facebook, tenho lido afirmações de simpatizantes do Partido dos Trabalhadores, alguns deles jornalistas, sobre a crise real que envolve uma das mais tradicionais e maiores editoras de revistas brasileiras, a Abril.
Da mesma forma alguns propagam que o governo federal, capitaneado pela presidente do momento, a petista Dilma Roussef, deixe de investir verbas de propaganda ou publicidade institucional, inclusive de interesse público, na revista semanal de informações “Veja”, da citada editora paulista.
Esta campanha incipiente contra a empresa editorial da capital paulistana praticamente começou a partir do surgimento da operação ‘Lava jatos’, em março do ano passado, e que, logo depois, ficou conhecido como o escândalo do ‘petrolhão’, devido envolver um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro dentro da Petrobras, a estatal nacional prospecção, exploração de petróleo e comercialização de combustíveis e derivados.
Neste artigo faço uma espécie de ‘jornalismo comparado’ e demonstro que, bem antes de estourar o escândalo envolvendo doleiros, empreiteiras, diretores da petrolífera (indicados pelos partidos de sustentação da gestão do PT) e políticos, inclusive deputados federais, senadores e filiados da legenda do ex-presidente Lula da Silva, a revista fundada em meados da década de 50 independe de propaganda governamental para sobreviver.
Pego aleatoriamente a edição do dia 6 de novembro de 2013. São 146 páginas. Somente há publicidade de empresas privadas. São 57 propagandas de páginas inteiras. Sem contar pelo menos três institucionais da editora. E anúncios menores. Inclusive a contra capa e a página anterior tem conteúdo propagandístico. Assim com a segunda página e as primeiras cinco subseqüentes.

Nesta edição há apenas duas chamadas de capa para as reportagens internas. A principal manchete fala da ‘estética do risco’ para as mulheres. Em cima chamada para uma matéria especial sobre Cuba, demonstrando que o dinheiro brasileiro ajuda a sustentar o regime dos irmãos Castro e detalha o desastre econômico e social da ditadura comunista na famosa ilha do Mar das Antilhas ou Caraíbas, onde somente “existem dois tipos de pessoas: os dirigentes e os indigentes.”

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