José Vanilson Julião
Jornalista
O rompimento
pessoal e unilateral do presidente da Camara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RN),
que agora passa a declarar oposição ao governo da presidente Dilma Roussef, do
Partido dos Trabalhadores (PT), causou frisson
entre seus simpatizantes e inimigos declarados, principalmente nas redes
sociais, o tambor de reflexão do fanatismo político, partidário e filial.
A decisão do
parlamentar carioca, feita na esteira de denúncias de corrupção, tem causado
euforia nas hostes do ‘petismo’, mas somente o tempo determinará quais os
estragos que as duas situações vão causar, tanto para Cunha quanto para a
ocupante temporária do Poder Executivo nacional.
O momento é
delicado, mas a história apresenta momentos bem mais complicados da política brasileira,
envolvendo personagens bem mais importantes que as personalidades do momento.
É bom
lembrar que o imperador dom Pedro II, no II Reinado, foi deposto por um
marechal de confiança, o alagoano Deodoro da Fonseca, que passou a história
como o proclamador do regime republicano.
Durante o
período da I República ou República Velha o gaúcho Getúlio Dorneles Vargas saiu
do Ministério da Fazenda (1929) para, no ano seguinte, participar da Revolução
Liberal e derrubar o presidente Washington Luis.
Vargas, por
sua vez, após o término da II Guerra Mundial (abril/agosto de 45), foi deposto
em dezembro do mesmo ano pelos seus ministros generais, provocando a primeira
redemocratização no Brasil (1946).
O próprio
presidente João Belchior Goulart foi ‘traído’ pelas circunstancias nacionais e
internacionais, sendo deposto pelo golpe militar de 1964.
Lembro: todas
estas situações abrigam componentes, características e particularidades
diversas, influenciadas pelas diferentes situações da época.
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