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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Nenhum ex-presidente brasileiro acompanha os signatários de língua espanhola, em carta que pede eleição justa na Venezuela

José Vanilson Julião
Jornalista

Já tinha lido o título da postagem do jornalista Paulo Tarcísio de Albuquerque Cavalcanti, no seu blog (“Jornal do RN”), repercutida na rede social Facebook. Porém, somente no começo da noite desta quinta-feira, é que decidi ler o conteúdo por completo.

- 27 ex-presidentes ibero-americanos que assinaram e escreveram, em conjunto, uma carta ao presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, pedindo-lhe que as eleições legislativas previstas para 6 de dezembro sejam "livres, justas e imparciais".

Consideram imprescindíveis que o processo eleitoral tenha a participação de observadores internacionais a fim de que o pleito transcorra num clima de total confiança e de transparência.

Os ex-presidentes encaminharam cópia da carta ao papa Francisco (líder da Igreja Católica e chefe do Estado do Vaticano), ao presidente Barack Obama (Estados Unidos da América), e ao secretário geral da Organização dos Estados Américanos, Luis Almagro.

O principal detalhe que percebi: nenhum dos quatro ex-presidentes brasileiros assinou à missiva: José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio da Silva (pela ordem dos mandatos).

O segundo detalhe. O único país de Língua Portuguesa não assinou a carta. A maioria de Língua Espanhola sim, exceto a Argentina, e claro, a Venezuela. Sete dos 10 países sul-americanos estão na lista. Exceto as Guianas (inglesa, francesa e holandesa).

O terceiro detalhe. O documento tem um signatário da pátria mãe dos “hermanos”, a Espanha.

Quarto detalhe: o único país de língua espanhola da América do Norte também está no rol: o México.

Quinto detalhe: a América Central complementa com El Salvador, Costa Rica e Panamá.

Ficaram de fora Honduras e Guatemala, além de Cuba, esta a principal ilha do Mar das Antilhas ou Caraíbas.

O quadro demonstra o isolamento do governo do presidente Maduro. É uma questão de tempo para ele cair ou pedir o boné.

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Na lista um espanhol (José Maria Aznar), um paraguaio (Juan Carlos Wasmosy, um peruano (Arlejandro Toledo), um boliviano (Jorge Quiroga), dois mexicanos (Felipe Calderón e Vicente Fox), dois uruguaios (Julio Maria Sanguinetti e Luis Alberto Lacalle), dois salvadorenhos (Alfredo Cristiani e Armando Calderón), três panamenhos (Mireya Mosco, Nicolás Ardito-Barletta e Ricardo Martinelli), três chilenos (Sebastián Piñera, Eduardo Frei e Ricardo Lagos), três colombianos (Andrés Pastrana, Álvaro Uribe e Belisário Betancur), quatro equatorianos (Osvaldo Hurtado, Luciano Gutierrez, Sixto Durán e Gustavo Noboa), cinco costa-riquenhos (Miguel Ángel Rodriguez, Rafael Ángel Calderon, Laura Chinchilla, Oscar Árias e Luis Alberto Monge).


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