José Vanilson Julião
Jornalista
O clamor de parte da opinião
pública, as críticas da oposição, o baixo índice de aprovação do governo, a
impopularidade da presidente, as manifestações contra o ‘petismo’ e as seguidas
denúncias de corrupção no seio da base aliada e má administração são os
principais ingredientes do caldo de cultura que podem favorecer um futuro
pedido de impedimento de Dilma Roussef (PT).
Entretanto todas estas
configurações não são suficientes para acionar o gatilho da aprovação do
impeachment presidencial pelos deputados federais, sendo preciso que eles se
deixem seduzir pelo apelo popular, ainda tímido na concepção deste repórter, ao
contrário do que aconteceu quando do caso do ex-presidente e senador alagoano
Fernando Collor de Melo.
Mesmo que o clamor da maioria
da população esteja chegando aos ouvidos dos parlamentares, a destituição legal
da presidente passa pelo estalido seco dos números, pois são precisos 342 votos
dos 513 deputados, sendo que, deste total o governo detém 214 dos deputados
situação, enquanto a oposição conta com bem menos, 125.
O fiel da balança passa a ser o
bloco composto por seis partidos, entre eles um da base aliada, o PMDB, ao lado
do PTB, PSL, PHS e PEN, que totalizam 152 votos.
O segundo bloco tem 38 votos e
conta com nove siglas: PRB, PTN, PMN, PRP, PSDCM PRTB e PTC. Todos considerados
agremiações pequenas ou nanicas.
Portanto o impedimento poderá
somente acontecer com a rebelião ou defecção de parlamentares aliados, com
apoio dos independentes.
Outra via
A chapa de Dilma estaria sendo
investigada por suposto abuso de poder e financiamento irregular de campanha.
Mas um pedido de cassação dificilmente será aprovado no Tribunal Superior
Eleitoral, que está dividida sobre o tema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário