José
Vanilson Julião
Jornalista
O superintendente de futebol do
Sport Clube Corinthians Paulista, Andrés Sanches, prega um boicote das equipes
brasileiras a Copa Libertadores da América do próximo ano, alegando o baixo
valor das cotas e da premiação paga.
Caso a estapafúrdia idéia do
dirigente corinthiano venha a se tornar real, no que não acredito, não será a
primeira vez que times nacionais não participem da principal competição
profissional do continente sul-americano.
Em 56 edições da “Taça”, com a
primeira sendo realizada em 1960, apenas nas temporadas de 1966, 69 e 1970 o
Brasil não contou com representantes entre os dez principais países da América
do Sul.
Assim os brasileiros não
participaram da sétima, nona e décima edições da ‘Copa Libertadores’, da qual
participam representantes do Brasil, Argentina, Uruguai (os maiores
vencedores), Paraguai, Colombia, Chile, Peru, Bolívia, Venezuela e Equador.
Em 1966,
pela primeira vez, participaram do torneio os vice-campeões nacionais, pois até
então participavam somente os campeões de cada país. Por entender que tal
modificação descaracterizava a competição, o Brasil não participou, assim como a Colômbia.
Em 1969 o Brasil não inscreveu times por discordar de aspectos do
regulamento. A Taça Brasil, tradicional indicadora dos representantes, estava
atrasada por problemas com o calendário e a edição de 1968 não acabaria a tempo
(só terminaria em 1969, após o início da ‘Libertadores’ desse ano), e a CBD
resolveu indicar pela primeira vez os clubes do Torneio Roberto Gomes Pedrosa.
No entanto os mesmos desistiram.
Em 1970 o
País não inscreveu times, alegando insatisfação com
o calendário do torneio, que, no entender da CBD, prejudicava a preparação da
Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1970 e a excessiva violência dos
adversários, que colocava em risco a integridade física de seus atletas.
Desta forma deixaram de participar o campeão e o vice da Taça
Brasil de 1965 (Santos e Vasco da Gama) e 1968 (Botafogo e Fortaleza), além do
primeiro e segundo colocados do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Taça de Prata)
de 1969 (Palmeiras e Cruzeiro).
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