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domingo, 25 de março de 2018

‘Patrulha Maria da Penha’ serve para campanha política


Denúncia em tom de desabafo é contraponto ao lançamento oficial

Programa lançado pela Polícia Militar, com déficit de 8 mil homens, com aval da secretária de Segurança, delegada Sheila Freitas.
O projeto estaria mal planejado e estruturado. A “Maria da Penha” atenderá ao interesse político da deputada estadual Cristiane Dantas, mulher do vice Fábio (suposto pré-candidato ao Poder Executivo), e do governador Robinson Mesquita de Faria.
Este projeto está sendo pautado em uma lei mal formulada e carente de regulamentação (Lei nº 10.097, de agosto de 2016).
A Secretária de Segurança Pública ordenou que a Polícia Militar “formasse” mulheres para trabalhar nesta missão.
Mesmo sem a devida estrutura e com condições precárias de trabalho, o comandante Geral da PM, diga-se de passagem, subordinado totalmente ao governador, visto que este é quem o nomeia, não teve a devida coragem de expor a incapacidade da instituição em participar desse programa.
Ele simplesmente baixou a cabeça e recebeu a ordem. Comportamento muito comum nesta instituição militar, a qual é comandada pela politicagem.
Delegada Sheila Freitas escalou somente a Polícia Militar para cumprir o serviço da patrulha.
Serviço este que resumirá basicamente em uma investigação se o agressor está ou não cumprindo a medida de proteção.
Não seria o trabalho de investigação competência da Polícia Civil? Por que não incluir o efetivo da Polícia Civil?
Logicamente que, para não se indispor com a categoria, é mais fácil passar a responsabilidade para a PM, visto que o comandante não poderá negar essa ordem, pois, caso contrário, ele estará exonerado da função no dia seguinte. 
De 19 a 23 de março de foram ministradas palestras que totalizaram 20 horas de conversa com algumas policiais militares femininas.
Não houve a participação de policiais civis, nem muito menos das Forças Armadas (?), conforme foi publicado no site da PM.
Totalmente despreparadas para o serviço, essas policiais integrarão uma patrulha que começará a funcionar sem qualquer planejamento e estrutura. 
Todo esse teatro servirá para enganar mais uma vez a população e passará uma falsa sensação de segurança a mulher agredida, tendo em vista que a atuação da patrulha resumirá somente em visitar essas mulheres que estão com medida de proteção e preencher um formulário que buscará informações sobre o comportamento do agressor.
A atuação da PM não beneficiará a população em nada, pelo contrário, com o déficit de efetivo, o serviço primordial da polícia será ainda mais reduzido, deixando a sociedade cada vez mais desprotegida.



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