*Ionas Carvalho de
Araújo
A região Nordeste é conhecida historicamente por sua força no
campo político, graças à voz e a expressão das suas lideranças políticas a
nível nacional.
Entretanto, vem com o passar do tempo se enfraquecendo, isso
graças à carência de representantes desta classe, que tenham uma visão macro
dos problemas que atingem a nossa região e principalmente, que externem e
utilizem a coragem, tão peculiar e genuína dos nordestinos, no embate junto ao
Governo Federal, nas decisões governamentais que afetam e prejudicam o
Nordeste.
A resposta a esta fragilidade dá-se porque, infelizmente, os
atuais políticos estão tão preocupados em priorizar e particularizar tanto os
seus interesses locais dos seus Estados, que deixam de perceber que 90% dos
problemas são comuns a todos os Estados do Nordeste e que atacados
conjuntamente e organizadamente, independentemente das diferenças partidárias e
ideológicas, seriam mais fáceis de serem combatidos e
enfrentados.
Por isso, os Governadores do Nordeste tem se reunido
constantemente para uma troca de idéias sobre os problemas da região, mas
infelizmente os seus resultados são imperceptíveis ou até inócuos por falta de
voz e expressão desses atuais governadores.
O Nordeste chegava a falar grosso
perante a União quando teve, por exemplo, lideranças políticas como os
governadores Miguel Arraes de Alencar e Eduardo Campos à frente do governo de
Pernambuco, Tasso Jereissati e Ciro Gomes à frente do governo do Ceará, Antônio
Carlos Magalhães e Waldir Pires à frente do governo da Bahia, José Sarney no
Maranhão e por aí vai.
Por isso, vejo a urgente necessidade da classe política do
Nordeste primeiro, deixar o olhar paroquiano de lado e acreditar que podem
“MAIS” e, segundo, atuarem além das divisas com o propósito de resgatar a força
política da nossa região no cenário nacional, para assim acelerarmos de forma
eficaz e eficiente o crescimento e o desenvolvimento sócio econômico da nossa
região.
*Advogado, ex-prefeito
de Serra de São Bento e ex-deputado estadual do RN
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