quarta-feira, 31 de julho de 2024

Treino do trio paraibano agrada ao treinador alvinegro

Pedro 40 é o terceiro/Acervo Ribamar Cavalcanti

No Estádio Juvenal Lamartine José Prudêncio Sobrinho (diretor), José Alfran (médico), Pedro 40 e Zózimo (massagista) na comemoração dos 54 anos do ABC (29/6/1969)

A chuvarada da noite da sexta-feira (13/6/1969) deixou o campo – uma mistura de grama rala e barro – do Estádio Juvenal Lamartine – encharcado.

Mas torcida comparece em bom número para ver os titulares golearem os reservas (7 x 1). Com gols de Alberi, Burunga, Zito (cada um duas vezes), Almeida (o “João Galego”), Xavier e Ivo para os suplentes.

Os fanáticos abecedistas até deixaram nas bilheterias 400 cruzeiros para ver a seguinte formação do time principal: Floro, Cândido, Cid (Piaba), Genival, Ivan Matos, Arandi, Edmilson (Ferreira), Zito, João Galego, Alberi (César) e Burunga.

Os novatos paraibanos – Zito, Ferreira e César – agradaram o treinador Pedro Teixeira da Silva (o popular “Quarenta”), o dirigente José Prudêncio Sobrinho e, claro, parte da torcida, como anuncia a “Tribuna do Norte” (domingo, 15).

Botafogo paraibano homenageia o antigo ídolo "Zito Camburão"

Diploma, troféu e camisa personalidade são entregues ao antigo atacante do ABC de Natal

Cronista esportivo Serpa di Lorenzo

O torcedor do Botafogo paraibano, historiador, cronista esportivo, professor e bacharel em Direito, Francisco de Assis Di Lorenzo Serpa, em seus "Causos & Lendas do Nosso Futebol", um dos responsáveis pela homenagem ao atacante José Jeremias da Silva Filho, o "Zito Camburão" (1947 - 2021), conta mais um pouco da história de um dos três reforços do ABC anunciados na segunda semana de junho de 1969 para o restante do campeonato potiguar.

Numa das excelentes crônicas, reproduzidas por sites de João Pessoa, diz que em 1965, na seleção amadora de Santa Rita, ao lado do então atleta e depois radialista Eudes Moacir Toscano, "Zito" chamou a atenção dos dirigentes do Santos da capital, José Walter Marinho Marsicano ("Tererê"), presidente do clube por 30 anos, e Renato Queiroz.


No Botafogo estreia no mesmo ano, no antigo Estádio Olímpico José Américo, no Bairro dos Estados, e marca dois gols no Campinense. Em 1968 o presidente Assis Camelo busca os reforços no Recife – Toinho, Édson, Jailson e Roberto -, oriundos do Clube Náutico Capibaribe e sob o comando do treinador potiguar Francisco Barbosa Gomes ("Caiçara"), conquistou o título estadual e retoma hegemonia do futebol perdida para Campina Grande.

Naquele ano ele também passou a jogar de ponta esquerda, sempre aproveitando a sua velocidade e chute forte. Em 1969, faltando três rodadas para o Botafogo conquistar o bicampeonato, transfere-se para o ABC, sendo o vice-campeão estadual.

Quando exercia o cargo de vice-presidente social do Botafogo (quinta-feira, 4/6/2014), Serpa di Lorenzo, antes de Botafogo x Sousa, no Estádio José Américo de Almeida Filho, entregando diploma de honra ao mérito, o “Troféu Nininho o Fiapo de Ouro” (o patrono é o antigo e falecido jogador com este apelido) e uma camisa do clube com o nome escrito nas costas.

Do vice-presidente do Departamento Amadro, Franco da Nóbrega, Zito recebeu o Diploma, enquanto o conselheiro, o vereador Zezinho, entregou a camisa oficial com o nome gravado. O Presidente Nelson Lira fez a entrega da Comenda Nininho – O Fiapo de Ouro. (José Vanilson Julião)

Ex-presidente botafoguense Nelson Lira


FONTES

A União

Botafogo FC

Click PB

Globo Esporte/PB

Na Mídia PB

"Zito Camburão", o mais conhecido dos reforços alvinegro

"Zito" (primeiro em pé) no Botafogo/PB, apelidado de "Belo" e "Maravilha do Contorno" 

Botafogo/PB (1967): Zito Camburão, Vicente, Dissor, Valdeci Santana, Saulo, Valdeci Pereira, Telino, Fernando, Valdo, ? e Lúcio Mauro

"Zito" homenageado pela diretoria em 2014

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O atacante César Augusto Viegas de Azevedo (1947 – 2024) e o jovem Ferreira são os desconhecidos do momento (junho de 1969).

O mais conhecido “Zito Camburão”, apelido de José Jeremias da Silva Filho (Santa Rita/PB, 29/12/1947 – João Pessoa, 1/6/2021).

Era filho do zagueiro “Dedé da Moenda”, do antigo Onze Esporte Clube. “Zito” – não é o do Santos tampouco o do Santa Cruz do Recife – começou a carreira no Santa Cruz da cidade natal.

"Zito", nos anos 60, em pose para a posteridade

Do “Tricolor do Canavial” (1960), pelo qual é campeão municipal (1963), segue para o pequeno Santos (1965/67), do presidente e treinador José Walter Marinho Marcicano (“Tererê”).

AAinda passou pelo Maranhão Atlético Clube (MAC), Moto Clube, Caxias e Imperatriz (Maranhão), Confiança, ASA de Arapiraca (Alagoas) e o piauiense Parnaíba. Parou em 1974.

Em 2014 foi homenageado pelo clube da estrela vermelha. Internado no Abrigo Morada Aconchego e na sexta-feira (18) é transferido para a UPA (Bairro dos Bancários).

Com infecção, hipertensão arterial sistêmica, e insuficiência respiratória. Há três anos havia sofrido um AVC, conforme informação do filho, o professor e jornalista Wagner Lima.


FONTES/IMAGENS

Botafogo/PB

Botashow

Click/PB

Espaço PB

Esporte do Vale

Futebol Nacional

Jornal da Paraíba

Paraíba Já

PB Esportes

Só Esporte

TV Torcedor

O furo parte do concorrente do jornal Asssociado

"Zito Camburão" (no centro da linha atacante) numa formação do campeão paraibano de 1968

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Para ser justo e fiel a história do futebol a primeira notícia sobre a contratação do trio de jogadores paraibanos partiu do diário matutino “Tribuna do Norte” (quarta-feira, 11 de junho de 1969).

Depois de perder o primeiro turno o alvinegro resolve se reforçar para o restante do campeonato estadual: “Amorim traz hoje novos craques para o ABC: Zito, César e Ferreira”. Foi o título da reportagem da TN (página sete).

O jornal do ainda não cassado deputado federal Aluízio Alves informa que o diretor de futebol José Prudêncio Sobrinho (ex-goleiro abecedista nos anos 50) envia a João Pessoa, como emissário, o dirigente Alberto Amorim.

Na lista prévia, claro, Zito, César (União) e Ferreira. Sobre a característica do primeiro: - Versátil atacante, joga em todas as posições ofensivas, é brigão de área, dentro de 15 dias encerra o contrato com o Botafogo e recebe passe livre.

De César: - O estilo de jogo lembra Alberi, excelente ponta-de-lança útil para fazer o “pião” no ataque. Quanto a Ferreira nada de mais importante, apenas lembra que é um novato que despontou no Botafogo (após aparecer no União em 1967).

Até sobre Daniel, que andou pelo principal rival, o América, andou fazendo refeições, dormindo e participando de treinos táticos na concentração de Morro Branco, mas não interessava ao treinador Pedro Teixeira da Silva, mais conhecido como Pedrinho Quarenta.

Na data anterior o “Diário de Natal” anuncia atrasado a chegada dos paraibanos e no mesmo dia (sexta-feira, 13/6) da convocação a “Tribuna” também com menos estardalhaço: “Zito e César as atrações do treino do ABC esta noite”.


FONTES/IMAGEM

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Blog do professor Zezinho

terça-feira, 30 de julho de 2024

"ABC chama torcida para ver César, Zito e Ferreira"

"Decinho", responsável pelo "furo"

José Vanilson Julião

Sem a considerável e justificável fama do meia-atacante pernambucano Alberi José Ferreira de Matos e do meia uruguaio Danilo Nuñes Menezes, somente para citar dois ídolos da história recente do alvinegro, dos anos 60/70, a reportagem reaviva a memória coletiva da torcida sobre o quase desconhecido atacante César Augusto Viegas de Azevedo (1947 – 2024), falecido na segunda-feira em João Pessoa.

O ponto de partida para se conhecer a breve passagem de um ano e seis meses de “César” pelo ABC, com o intervalo de um empréstimo ao Força e Luz no primeiro semestre de 1970, é o título acima, sequestrado da reportagem (página oito) do “Diário de Natal” (sexta-feira, 13 de junho de 1969), com a convocação para torcida ver o trio de novos contratados em treino no “Juvenal Lamartine” (Tirol).

“Para mostrar a torcida que ninguém está dormindo os homens do alvinegro fazem questão que a “Frasqueira” (apelido tradicional da torcida desde meados dos anos 50) vá ao estádio esta noite para ver de perto os novos reforços”, o primeiro parágrafo da reportagem da chegada do ponta-de-lança César, do extrema direita Zito e do volante Ferreira (este é um interessante caso à parte para ser destrinchado).

O ponta-direita conhecido por atuar pelo Botafogo de João Pessoa em Natal pelo Torneio Norte-Nordeste “Nordestão para o grupo dos clubes da região”. Os demais desconhecidos. Estes são alguns dos primeiros pormenores de César Augusto no futebol potiguar até 1973, que serão alvo de explanação a partir de dicas do ex-cunhado Edson Bezerra Mota, o "Decinho".

Falece na Paraíba antigo jogador alvinegro e esmeraldino


José Vanilson Julião

Faleceu na capital paraibana o funcionário público municipal aposentado Cézar Augusto Viegas de Azevedo (Cabedelo/PB, 12/10/1947 – João Pessoa/PB, 29/7/2024).

A notícia do passamento via rede social partiu do parente afim, o ex-cunhado Edson Bezerra da Mota (“Decinho”), morador do Conjunto Jiqui (Neópolis), Zona Sul de Natal.

Edson Bezerra informa que César vinha doente e acamado há uns cinco anos, com problema em um joelho, e desde então “se recusava a se submeter a cirurgia”.

Como ponta-esquerda e nome de guerra "César" substitui Soares e conta uma participação no clássico amistoso: América 1 x 1 ABC (domingo, 6/12/1970).

Pelo Alecrim no campeonato estadual: 0 x 3 América (domingo, 13/5/1973). Substitui um tal de Mário Sérgio no decorrer da partida.

No currículo: União de João Pessoa (1967/70) – clube fundado pelos gráficos do jornal do mesmo nome – Força e Luz de Natal (1970), ABC (1970), Guarany/CE (1971), Parnahyba/PI (1972), Alecrim (73), Ferroviário de Natal, o piauiense Picos e Nacional/Cabedelo.

 

FONTES

A União

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Súmulas Tchê

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Pai do cestinha Oscar ensina alemão em Natal

7 de Setembro: sede da Rua Seridó/Natal Antiga

José Vanilson Julião

Entre a sexta-feira (1 de fevereiro) e dia 27 do mesmo mês o “Diário de Natal” publica cinco anúncios do “Curso de Linguagem Alemã” no Ginásio 7 de Setembro (a partir de 4 de março), localizado na Rua Seridó (Petrópolis), com as matrículas e informações em três locais e bairros diversos:

Sociedade de Construção Civil (Socil), na Avenida Duque de Caxias (Ribeira) com a senhorita Elga Luiza Kramer; Mercearia Colombo, na Av. Deodoro (Cidade Alta) com a senhora Helena Bezerra; Rua Almirante Aristides Guilhem (Alecrim) com a senhora Jandira Bezerra Schmidt.

Jandira vem a ser a mãe do futuro basquetebolista Oscar Daniel, campeão dos Jogos Pan-americanos, participante de cinco Olímpiadas e recordistas de pontos, e atualmente palestrante de sucesso, e com duas biografias.

A essa altura Oscar completa dois aninhos de idade, certamente com festinha na rua da Base Naval, onde mora o oficial farmacêutico Oswaldo com a esposa, a parelhense Jandira Bezerra, com raízes em tradicionais famílias da Região do Seridó.

Estabelecimento de ensino

O Ginásio 7 de setembro já funcionava, digamos, por esforço do criador. Mas 1943 é um ano importante. É o que se constata de nota no diário vespertino católico “A Ordem” (terça-feira 19) sobre comunicado do professor Osvaldo Fernandes de Oliveira.

A Divisão de Ensino Secundário havia concedido inspeção prévia feita pelo inspetor Euclides Fernandes Gurjão, inclusive presidente do primeiro exame de admissão. Nove dias depois publica anúncio do “Artigo 91” com exames para os dois sexos e as matrículas com valor alterado: de 150 cruzeiros para 100.

Pai do cestinha Oscar em competições de atletismo

Professor Jahyr Navarro da Costa

José Vanilson Julião

O presidente da Federação Norte-rio-grandense de Desportos, Humberto Nesi, anuncia pelo jornal “Diário de Natal” (sexta-feira, 19/6/1952) a competição de atletismo no estádio do América, na Rua Campos Sales, no bairro do Tirol.

O programa do dia seguinte relaciona provas, inclusive eliminatórias, em corrida de 100 metros, arremesso de peso, salto em altura, arremesso de disco, salto em altura e arremesso de dardo.

Quando parece o nome do farmacêutico oficial da Aeronáutica, Oswaldo Heini Schimidt, pelo alvinegro Centro Náutico Potengi, pai do futuro famoso cestobolista Oscar, em três modalidades: peso, dardo e salto em altura.

Entre os competidores: Valter Grandi (filho do italiano Amadeo Grandi), o dentista e depois médico e professor universitário Jahyr Navarro da Costa e Mário Lira Filho, descendente do prefeito interino e vereador patrono de rua no bairro das Quintas.

Além de Manoel Francisco Lamas, ex-goleiro juvenil do alvirrubro, árbitro de futebol e um dos primeiros narradores esportivos da Rádio Educadora de Natal (depois “Poti” ao ser adquirida pelos Diários Associados), ao lado de Manoel Fernandes de Oliveira, o Leléo, irmão do jornalista e professor universitário Marcelo Fernandes, fundador da revista mensal “RN-Econômico”, ao lado de Marcos Aurélio de Sá, fundador dos desativados semanário “Dois Pontos” e do diário vespertino “O Jornal de Hoje”.

O trivial na cobertura da presença do cestinha Oscar

Dias, Oscar e diretores da Fecomercio/Joana Lima

O foco do meu final de semana foram os jogos do América/RN (Série D) e ABC (Série C), mas também fiquei de olho se apareceria alguma reportagem mais substancial da presença em Natal do ex-jogador do basquete Oscar Daniel Bezerra Schmidt, nascido nesta capital, como convidado de honra da abertura dos XXII Jogos dos Comerciários na noite da sexta-feira (26) no Palácio dos Esportes.

O cestinha Oscar Schmidt participou no cerimonial com uma fala para os atletas sobre a importância da prática esportiva. A abertura contou com o desfile das equipes nas nove modalidades, tocha olímpica, hino nacional cantado pelos alunos do projeto social Sesc Cidadão e sorteio de brindes para os atletas presentes no ato.

O prefeito de Natal, Álvaro Dias, participou da solenidade ao lado do presidente da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio/RN), Marcelo Queiroz.

Nove modalidades estão sendo disputadas: futebol society, futsal, natação, vôlei masculino, vôlei de praia, xadrez, queimada, basquete e intergames. As competições se prolongam desta terça-feira (30) a 31 de agosto.

Oscar é o único jogador na história do basquete mundial a marcar mais de 1.000 pontos nos Jogos Olímpicos em cinco edições. Depois de ser campeão mundial de clubes pelo paulista Sírio (1979).

Era o maior pontuador da história (49.737 pontos. Este ano foi superado pelo americano LeBron James: 49.760 pontos em jogos oficiais. (José Vanilson Julião)

Novo sócio do grupo dos clubes da faixa diagonal (final)

A agremiação "granadeira" azul e branca, o Galícia de Salvador, cinco vezes campeão baiano

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O Retrô veio se somar a um dos pioneiros com a faixa diagonal não mencionado em nenhuma das reportagens: o alvinegro Danúbio de Montevidéu.

O “verde” Werden Bremen (alemão) é um caso à parte: não tinha a faixa transversal no peito na cor vermelha, representativa da cidade, somente depois adotada.

A do Vasco da Gama vem do remo e não tem nenhuma influência do River Plate. Começou a ser usada timidamente no começo dos anos 30 e efetivada na década de 40, branca ou preta, conforme o padrão de jogo em substituição a vestimenta totalmente negra.

O clube baiano "granadeiro" azul e branco de Salvador, o Galicia, começa a usar a faixa diagonal em 1936 três depois da fundação (1 de janeiro de 1933).

A Associação Atlética Ponte Preta, a "Macaca" do famoso acrônimo AAPP (sempre me lembra AABB), em 1944.

Ocasionalmente e historicamente: Atlético Goianiense, Internacional (Porto Alegre), Paraná Clube, Universitário de Lima (Peru), El Nacional, Torino (Itália), Lyon (França), Tottenham (Inglaterra), etc.

Entre as seleções representativas os seguintes países: Estados Unidos da América, Bélgica, Holanda, Espanha e Guatemala.

O primeiro artigo (2016) está entre as cinco postagens mais acessadas desde 2015, perdendo o posto para a recente série da abordagem do passamento do goleiro alvinegro Caetano Luís Bonfietti Fávaro (1960 – 2024).

 

FONTES

Galícia

Globo Esporte

Mantos do Futebol

Museu do Futebol

Paixão da Gama

Rádio Carioca Futebol

Revista Vascaína

Salvador Galega

Sou Mais Vasco

Super Vasco

Trivela

Vaskipedia

domingo, 28 de julho de 2024

Novo sócio do grupo dos clubes da faixa diagonal (II)


ABC EM BUSCA DE UM PADRÃO DEFINITIVO PARA AS CAMISAS ALVINEGRAS

JOSÉ VANILSON JULIÃO


Ao contrário do América, que começou azul e virou vermelho em 1918, o ABC passou ao menos 70 anos procurando o desenho adequado ao uniforme para as cores alvinegra.

Em poucos mais de sete décadas, a partir do ano da fundação (1915), a agremiação preta e branca usou camisas variadas no layout.


Nos primeiros 15 anos os jogadores vestiram camisolas de desenho curiosos até para a época. Mas sempre com a predominância da cor branca (geralmente com calção preto).

Essa constância do alvo predominante durou nos anos seguintes, principalmente no período de 30/40. Porém na década de 50 procurou alguma definição, entretanto não chegava a um acordo.

Nos anos 60/70 chegou até a usar uma camisa igual, sem o escudo, ao Vasco da Gama (com a faixa preta diagonal). Ou com listras verticais finas ao modo do paulistano Corinthians.


E no começo da década seguinte com faixas horizontais, semelhante ao carioca Campo Grande, Clube homônimo da "zona rural" (oeste) do Rio de Janeiro.

Neste último caso, principalmente, durante a primeira participação na elite do campeonato brasileiro ou nacional (1972).

Foi por esta época, durante a conquista do tetracampeonato estadual (1970/73) que começou a ficar mais permanente o uso daquele que é considerado o uniforme número um, todo alvo com o escudo.

A partir daí o uniforme número dois passou a ser a jaqueta listrada de cima abaixo com pequenas modificações.

 


FONTES

A Cigarra

A República

A Ordem

Tribuna do Norte

ABC

Anotando Futból

No ataque

Zé Duarte

 

Novo sócio do grupo dos clubes da faixa diagonal (I)

O Retrô com o novo padrão de uniforme e a faixa diagonal/Folha de Pernambuco: Renato Gomes

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Antes da bola rolar para América/RN 1 x 1 Retrô Brasil pela primeira partida da segunda fase da Série D (sábado 27), na Arena das Dunas, um detalhe me chamou logo a atenção.

O clube do Recife, de escudo azul com detalhes amarelos, entra em campo com um novo desenho das camisas com predominância da primeira cor: uma faixa diagonal dourada.

A exemplo de clubes mais tradicionais: Vasco da Gama, Ponte Preta (Campinas), Tuna Luso (Belém do Pará), River Plate (Buenos Aires/Argentina) e Rayo Valencano (Madrid/Espanha)

Além das agremiações relacionadas seleções nacionais também usam a faixa diagonal cruzada, do peito a cintura, e o exemplo mais conhecido é o selecionado peruano.

O assunto foi até alvo de uma reportagem inédita neste blog (sábado, 10 de dezembro de 2016) com o título "Seleto grupo dos clubes com faixa diagonal".

Como "novidade" a inclusão do polonês Warszawa (antigo Druzyna Legjonawa), 11 vezes campeão nacional, com 18 Copa local, Copa da Liga (2002) e quatro Supercopa local.

Descendência do estrangeiro intendente em São José de Mipibu

Galeria dos intendentes municipais e prefeitos no município da região metropolitana da capital


JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após quase três meses de “interregno”, por questões de ordem técnica alheia à vontade do fundador Franklin Jorge e do editor Alexsandro Alves, a revista “Navegos” volta a publicar artigos exclusivos de sites estrangeiros e de colaboradores nacionais, em especial colunistas potiguares.

Franklin Jorge insinuou para que escrevesse um comentário sobre este feliz e necessário retorno do site. Baseado nos excelentes articulistas, de fora e do Rio Grande do Norte, digo que o “Navegos” estava fazendo muita falta. Pois é a única mídia eletrônica editada a partir de Natal que está fora da “bolha” esquerdista local.

Como presente aos fiéis e novos leitores, como é de meu alvitre sempre trazer novidades, faço minha reapresentação com um adendo a uma inédita série de reportagens, feita o ano passado, sobre a permanência do cônsul norte-americano Lyle Nelson no município de São José do Mipibu nas duas últimas décadas do século XIX e nas duas primeiras do século XX.

Para relembrar: a pesquisa sobre o curioso personagem começou com a percepção de que o nome dele, como patrono de uma rua em São José do Mipibu, aparece errado em endereços na internet. “Sile” e não “Lyle”. O logradouro em questão na realidade é “Rua Intendente Lyle Nelson”.

Túmulo de Miguel Ribeira Dantas: o barão

A partir daí o levantamento indica que o natural do Estado de New Jersey, na Costa Leste dos Estados Unidos da América, além de representante consular do país, exerceu a função para a coroa holandesa. E confirma que ele foi eleito, com 140 votos, intendente para o período 1892/96.

Lyle Nelson é um dos cinco estrangeiros residentes no território norte-rio-grandense que assina a ata da Proclamação da República na capital da então província depois estado com o golpe que feriu a monarquia brasileira.

As informações recentes são de que o casal Lyle Nelson (1847 – 1919) e Salviana Ribeiro Dantas (26/5/1867 – 3/9/1945), filha de Antônio Basílio Ribeiro Dantas (1808 – 1874), filho do Barão do Mipibu, Miguel Ribeiro Dantas (1799 – 1881), gera oito filhos.

Os descendentes, cinco mulheres e quatro homens, pela ordem de nascimento: Antonieta (1899), Joel Samuel (1901 – 1958), Reginaldo (1905 – 1977), Helena (1910), Mary, Lila, Guilherme e Elisa Jane.

Rua Intendente Municipal Lyle Nelson, nas imediações do centro, com a grafia errada em site de busca


NOTA DO REDATOR: texto original do site "Navegos" republicado pelo blog O ALERTA (São José de Mipibu)

sábado, 27 de julho de 2024

O barco do amor com nome de romance

Personagem de romance do escritor francês é o nome da embarcação que conduziu os atletas brasileiros

O romancista Guy de Maupassant

José Vanilson Julião

Não assisti o desfile de abertura das Olímpiadas.

Vi de relance uma reportagem ufanista de um jornal natalense sobre a estadia da governadora do Rio Grande do Norte em Paris.

Acompanhada do prefeito de Timbaúba dos Batistas, no interior potiguar. Cidadezinha a pouco mais de 200 quilômetros da capital (Natal).

Foi lá que as bordadeiras desenharam as jaquetas jeans com temas da flora e fauna nacionais encomendadas pela marca "Riachuelo".

O que me chamou a atenção mesmo foi a fotografia do desfile no Rio Sena disponibilizadas em sites nacionais pela agência de notícias e Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Em meio as manchetes e legendas piegas e cafonas. O nome do barco. Passou desapercebido pelos jornalistas nacionais.

"Bel Ami" ("Caro Amigo"), personagem do segundo romance do francês Guy de Maupassant (1850 – 1895), publicado em 1885.

A exibição contínua da mulher do presidente

O livro "A História de um Canalha: Um romance" narra a Ascenção corrupta de um jornalista (bem sintomático atualmente) e de um pobre ex-oficial de cavalaria nas colônias africanas.

Será que a exibicionista primeira-dama Rosângela Silva, a "Janja", encontrou o grande amor, o sapo encantado, nas águas do famoso riacho?

As andanças dela pelo velho continente tem sido alvo constante de críticas dos internautas.