terça-feira, 7 de abril de 2015

Final de tarde, começo de noite, homenagem aos colegas de profissão por meio de um tarimbado escritor

LIBERDADE DE IMPRENSA
                                                                                                       
*Adalberto Targino

É impossível falar-se em Estado Democrático de Direito desrespeitando qualquer um dos 30 (trinta) artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Resolução nº 217-a (III) da Assembléia Geral da Nações Unidas, de 10.12.48, que reconhece e defende a Justiça e a Paz Universal baseadas na dignidade, igualdade e liberdade de todos os seres humanos da terra.
Não há como pensar em democracia e respeito aos direitos humanos sem uma imprensa livre, capaz de receber e transmitir informações e idéias serenas e verdadeiras. Jamais  com interferências na vida privada dos indivíduos, da sua família, e com ataques à sua honra e reputação.
É preciso, que a nação e o Estado, instrumentalizados pela imprensa séria, pelo Judiciário, Ministério Público e o Clero, salvem a família, núcleo natural e fundamental da sociedade, que, atualmente se vê ameaçada pela licenciosidade dos costumes, por uma televisão corruptora, por programas de rádio pornofônicos  e pela invasão de literatura e músicas vazias ou cheias de exaltação aos maus costumes, ao lado do tráfico desenfreado de drogas e o surgimento de heróis de lama... atingindo os lares, as crianças e adolescentes.
Proteger a existência humana, combater a violência que ultraja a consciência da humanidade; sepultar a opressão e a tirania; promover a compreensão e a solidariedade; propiciar a alimentação, educação, moradia e saúde aos mais pobres; proteger as crianças e os adolescentes da lavagem cerebral de uma televisão libertina... Tudo isso constitui realmente defesa dos direitos da humanidade e a imprensa livre e altaneira é o porta-voz dessa massa humana sem vez e sem razão de viver...
A liberdade de imprensa se constitui numa ponte ideal onde os oprimidos pela força do poder e os marginalizados do processo sócio-econômico, encontram uma passagem para desaguar as suas reivindicações, clamar os seus direitos mais fundamentais, em busca de soluções.
A imprensa é forte como as raízes das grandes e portentosas árvores, tranquila e límpida como a correnteza das águas, mas que se transforma em ondas avassaladoras no seu mister quotidiano de defender as justas causas.
A sua força é tamanha que a temem os poderosos, os ditadores, enfim, todos aqueles que engendram caminhos para esmagar convicções, quando se deturpam idéias e fatos.
Ao contrário, os homens de bem, os governos austeros e competentes, que não têm medo da verdade, a elegem como prioritária, como fundamental na sua relação com o povo, não a intimidando, mas tornando-a mais forte e independente, como veículo de informação e de formadora de opinião pública.
Uma nação só é soberana, independente, transparente, quando existe uma imprensa igualmente soberana, independente, transparente, numa reciprocidade, sem permeio, sem outro compromisso a não ser com a verdade.

*O autor é Procurador do Estado e membro da Associação Brasileir de Imprensa e da Ordem    Internacional dos Jornalistas

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