1947.
Circulavam na capital potiguar três jornais. Todos vespertinos.
O “Diário de
Natal”, surgido oito anos e já incorporado a cadeia de mídia Associada, fundada
pelo jornalista paraibano de Umbuzeiro, Francisco de Assis Chateaubriand
Bandeira de Melo.
“A República”,
fundada em julho de 1889, pelo médico e político Pedro Velho de Albuquerque
Maranhão, que, com a queda da Monarquia, acabou no poder da província do
Império transformado em estado como o novo regime.
E “A Ordem”,
criado em julho de 35, pertencente ao Centro de Imprensa, ligado a Igreja
Católica. A edição 3.586 (terça-feira, 9/12) noticia a chegada na cidade do
jornalista carioca Carlos Lacerda, o achado de um diamante de 18 quilates em
Goiás, o incêndio e queda de avião da FAB no Estado do Rio.
Além de outros
assuntos, inclusive militares, e uma greve geral no Chile, a capa do impresso
fundado pelo professor Ulisses Celestino de Góis dá espaço para informar sobre
solenidade do encerramento do ano escolar no Teatro Carlos Gomes, atual
“Alberto Maranhão”, com a presença do governador Sílvio Piza Pedrosa.
Mais abaixo,
sob o título em duas colunas, “Bacharelandos do Ginásio 7 de Setembro”, a lista
com os 28 estudantes concluintes, que iriam receber diplomas ou certificados na
noite seguinte no auditório do estabelecimento particular de ensino, tendo como
paraninfo o professor José Saturnino de Paiva.
São oito
alunas. Entre os alunos Amauri Sampaio Marinho, depois bacharel em Direito, professou
universitário, advogou para o industrial húngaro Imre Fried, dono da Movelaria
Globo, e chegou a presidente do Conselho Deliberativo do clube homônimo que
substituiu o América entre 60/64 no campeonato estadual de futebol.
E Everaldo
Lopes Cardoso. Muitos crêem que ele surgiu na crônica esportiva na Rádio Poti,
a “Pioneira”, implantada no começo da década de 40 como a Rádio Educadora de
Natal, do famoso acrônimo REN.
O ex-juvenil
americano e muito depois aposentado como funcionário da Previdência Social,
começa na verdade no diário matutino “Tribuna do Norte”, fundado no meio do ano
de 1950 pelo então deputado federal Aluizio Alves, tendo como um dos cotistas
acionário o futuro governador Dinarte de Medeiros Mariz.
Na edição da
quarta-feira, 24/2/57, com a coluna “Sal...picos”, Everaldo já demonstra a
perspicácia do repórter que perdura por quase seis décadas.
Em 30 de junho
do mesmo ano faz parte da equipe que publica edição especial da TN em homenagem
ao aniversário de fundação do ABC. Está ao lado de Vicente Farache Neto, José
Ubirajara Macedo, Jaime Vanderlei e Klaus Nóbrega.
Na
quarta-feira, 3 de julho, publica o artigo assinado “Quem descerá?”. Sobre o
rebaixamento de um clube no campeonato citadino.
Em 1958
ingressa no “Diário” e na bagagem leva o título da coluna que criara na “Tribuna”,
conforme a edição da sexta-feira, 17 de outubro, no Associado.
A esta altura
também atua na “Poti”, com o programa "Instantâneos Esportivos". Em
16 de agosto de 1960 assina a coluna “Galho de Urtiga”, no Diário, com o mesmo
já diferenciado estilo de três anos antes.
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