O ex-botafoguense Garrinchinha faz a ponte para o Moto Club/MA
Garrinchinha no Moto Clube |
O ex-botafoguense Garrinchinha faz a ponte para o Moto Club/MA
Garrinchinha no Moto Clube |
No campeonato do Rio de Janeiro pela Portuguesa da Ilha do Governador
Depois
do perfil geral a série detalha a carreira do lateral canhoto Antonio Ribeiro
de Omena Filho (31/10/1934).
Antonio
vem a ser conhecido como Omena no Maranhão. Nas súmulas do Carioca (1960) pela
Associação Atlética Portuguesa, a lusa alviverde da Ilha do Governador, aparece com o primeiro nome de batismo.
Ele participa dos 11 jogos do turno. No returno apenas no primeiro com o elenco agora comandado pelo treinador Denoni Pereira Alves (13/3/1926), ex-meia do Madureira, Atlético Mineiro, América e Portuguesa. Também treina a seleção brasileira juvenil (1964).
Atua contra o irmão Paulinho apenas uma
vez. E marca o único gol na competição. Na derrota para o Tricolor.
Arbitragem: José Monteiro Francisco Ferreira e Joaquim
Barreira. Renda: Cr$ 259.709,00. Público:
6.496 (cadeira 204, arquibancada 6.229 e geral 63). Gols: Valdo 18, Maurinho 34, Escurinho 49, Valdo 69
e Antonio 77.
Fluminense: Castilho, Jair Marinho,
Pinheiro; Edmilson, Clóvis, Altair; Maurinho, Paulinho, Valdo, Telê e
Escurinho. Técnico: Zezé Moreira
Portuguesa: Wagner, Flodoaldo,
Gagliano; Antonio, Wilson, Tião; Pinheiro, Zezinho, Sabará, Hélio e Iêdo.
Técnico: Daniel Alves
Turno
Portuguesa
1 x 2 Flamengo – Maracanã (30/7)
Portuguesa
0 x 3 Botafogo – General Severiano (3/8)
Portuguesa
1 x 4 Fluminense – Maracanã (6/8)
Portuguesa
1 x 0 São Cristovão – Kosmos (13/8)
Portuguesa
3 x 1 Bonsucesso – General Severiano (20/8)
Portuguesa
2 x 0 Bangu – Moça Bonita (28/8)
Portuguesa
0 x 2 América – São Januário (3/9)
Portuguesa
1 x 2 Madureira – Kosmos (10/9)
Portuguesa
0 x 0 Olaria – Teixeira de Castro (17/9)
Portuguesa
2 x 2 Vasco da Gama – General Severiano (21/9)
Portuguesa
1 x 2 Canto do Rio – Teixeira de Castro (1/10)
Returno
Portuguesa
0 x 2 América – São Januário (8/10)
Fontes:
Blog do Marcão
Futebol
Maranhense Antigo
Súmulas Tchê
Irmão mais conhecido, Paulinho Omena, fez sucesso no Madureira, Botafogo e Fluminense
José Vanilson Julião
O carioca Antônio
Ribeiro de Omena nasceu no Bairro de Marechal Hermes (Zona Norte). Era
conhecido familiarmente como Badau. Aos 17 trabalhava na Marinha. Caçula de
quatro irmãos – Hildebrando, Iraci e Paulinho, a quem via jogar.
Em 1952, aos 18, chega
ao Madureira levado pelo irmão Paulinho. Permanece por oito anos no Tricolor
Suburbano: juvenil, aspirante e profissional. Era coringa: meia-esquerda,
zagueiro central e lateral-esquerdo.
Na Portuguesa carioca atua
no primeiro turno (11 jogos) com o treinador Daniel Alves (julho/setembro-1960).
Com o técnico Denoni entra apenas em um jogo do returno: 0 x 2 América (8/10).
No final de 1961, no
batizado de um amigo, soube que Garrinchinha estava querendo levar três
jogadores para o Moto Clube, para passar 20 dias em São Luís, capital
maranhense.
Vieram Omena, Zé Carlos
e Joubert. “Fiquei impressionado com a recepção. Jogávamos em time sem torcida e
de repente estávamos num time de grande torcida. O fascínio se tornou grande
responsabilidade”.
Desembarcaram no sábado
e no domingo enfrentam o Sampaio Corrêa. O Moto não ganhava havia dois anos. 1
a 0, gol de Nabor, amistoso (29/4/1962). Nos dois domingos seguintes o vence
pelo mesmo placar: 5 x 1.
Para não perder o emprego na Marinha volta ao Rio. O
presidente César Aboud foi buscá-lo a pedido da torcida, quando consegue a
transferência. Nas temporadas 62/63 não foi campeão. “Éramos unidos dentro e
fora de campo. Ficamos dois anos sem perde para o Sampaio”.
Casa com Lâmia Ayoub (1963). Relembra que foi um casamento regado a uísque. “Casei
com uma pessoa da alta sociedade. Na festa meus amigos da bola não puderam ser
convidados, exceto o técnico Rinaldi Maia.”
Campeão da Região Norte no Brasileiro de
Seleções (1962) em 1964 sai para o Sampaio, o que parecia impossível. Mudança que
traçaria outro rumo na carreira. No mesmo ano foi campeão e a torcida o apelida
de ‘Divina Dama’. Em 65 o bi. Sem vitória do Moto.
No ano do bi um fato inédito. Chateado por Coelho (MAC) ter feito um gol
irregular em cima dele num jogo contra o Sampaio, resolve dar um troco. Entra com
um alfinete e quando Coelho aparecia na área o espetava. Foi expulso. Por falta
de provas não é condenado pelo TJD.
Briga com dirigentes em causa própria e pelos
companheiros. O declínio começa após briga com Antônio Bento Cantanhede Farias,
diretor do Sampaio. “Fiquei sem jogar por seis meses. Não aceitava as condições
que me oferecia”.
No segundo semestre de 1966 está no
Ferroviário. Em 1967 no Maranhão. - O Moto me buscou, o Sampaio dá glórias e o
MAC conquista meu coração. Em 1969, aos 35, parar encerra a carreira. Com o
casamento abalado volta ao Rio.
Como técnico: auxiliar na Seleção Brasileira
sub-20 (1989), Alecrim (Natal/RN), Ferroviário, Ji-Paraná (Rondônia), Rio
Negro, São José e Tocantins.
Fonte
O professor de
Educação Física Hugo José Saraiva Ribeiro (Pinheiro/MA) escreve: "Sampaio
Corrêa, uma Paixão dos Maranhenses" (fevereiro/2011, "Memória
Rubro-Negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte" (setembro/2012) e
"Salve, Salve, meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético
Clube" (Setembro/2014). Republica no Blog Futebol Maranhense (28/5/2014)
o perfil “Omena, Divina Dama”, assinaturas Edivaldo Pereira Biguá e Tânia Biguá,
na seção "Onde Anda Você?" (O Estado do Maranhão – 22/2/1999)
Na sede da av. Rodrigues Alves: Véscio (e) Ribamar Cavalcante (c), Castilho (d) e Assis (sentado). Foto do acervo de Ribamar Cavalcante |
Castilho inspirou apelido |
Apesar da crise provocada pela pandemia do vírus corona o anuncio da paralisação completa do campeonato estadual deste ano causou surpresa. Se não acontecer retrocesso na decisão esta será a terceira vez na história que a competição começa e não termina. E a segunda causada por uma doença global, como aconteceu com a gripe espanhola ou Influenza, inclusive coincidindo com o primeiro conflito Mundial (1914/18).
A interrupção
anterior ocorreu na temporada de 1942, mas o motivo, ao contrário do que é
divulgado, não foi influencia da II Guerra (1939/45), mas por questão
administrativa e de briga política na Federação Norte-rio-grandense de Futebol,
no entra e sai do então presidente, o engenheiro civil Gentil Ferreira de Souza
(ex-prefeito) e na conseqüente substituição pelo a época oficial do Exército
José Porfírio da Paz.
Na ocasião
13 partidas haviam sido realizadas, com o Alecrim na liderança, quando foi divulgada na edição
dominical do jornal A REPÚBLICA (20 de agosto), o ofício da FNF, antes
última partida, dia 23, uma quarta-feira.
Com a intervenção na Liga Natalense de
Desportos, passara a ser Federação, sob os auspícios do recém criado CND –
Conselho Nacional de Desportos, uma das criações do regime instaurado pelo
presidente-ditador, o gaúcho Getúlio Dorneles Vargas. A intervenção catalisada pela a então
Confederação Brasileira de Futebol (CBD), atual CBF, destituiu Gentil Ferreira (dirigente
abecedista), que assinara o ato, alegando a necessidade de treinamento do elenco
potiguar para participação no Campeonato Brasileiro de Seleções.
Terminou sendo ele substituído pelo
mineiro Porfírio da Paz, autor do hino do São Paulo e um dos artífices, nos
anos 50/60, do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, no bairro do Morumbi, capital
paulista.
Não foram realizados oito jogos: Santa Cruz x Paysandu, América x Atlético, ABC x Alecrim, Paysandu x Atlético, ABC x Santa Cruz, Força e Luz x Alecrim, ABC x América e Paysandu x Força e Luz.
1918
No primeiro
campeonato natalense, como diziam, participaram ABC (29/6/1915), América (14/7/1915)
e Centro Esportivo Natalanse, de acrônimo CEN (4/6/1918, fundado pelo oficial
da Marinha Antonio Afonso Monteiro Chaves, sendo antecessor do rubro-negro
Clube Atlético Potiguar (CAP) a partir de 1941.
O Centro estava na primeira posição quando a competição é interrompida pela primeira vez faltando o segundo ABC x América pelo returno.
RESULTADOS/1942
17/5 - Alecrim 3 x 1 Atlético
17/5 - Santa Cruz 4 x 2 Força e Luz
7/6 - Paysandu 3 x 1 América
14/6 - ABC 10 x 0 Força e Luz
21/6 - Santa Cruz 3 x 1 Atlético
5/7 - Alecrim 2 x 1 América
12/7 - ABC 4 x 0 Paysandu
19/7 - Atlético 4 x 3 Força e Luz
26/7 - América 6 x 3 Santa Cruz
1/8 - Alecrim 2 x 2 Paysandu
9/8 - ABC x Atlético
16/8 - América 9 x 3 Força e Luz
23/8 - Santa Cruz 2 x 2 Alecrim
CLASSIFICAÇÃO
Alecrim: seis pontos
Santa Cruz: cinco pontos
ABC: quatro pontos
América: quatro pontos
Paysandu: três pontos
Atlético: dois pontos
Força e
Luz: zero ponto
Nota do
redator: outros detalhes na postagem de 15/8/2015