sexta-feira, 28 de outubro de 2022

A repercussão do passamento de Alberi

José Vanilson Julião

Sem medo de errar. Desde que frequento rede social nunca vi tamanha repercussão pela passagem terrena de uma personalidade em qualquer área da atividade humana. Como a morte do ex-jogador de futebol Alberi José Ferreira de Matos.

Até cometo o sacrilégio e arrisco dizer que nem mesmo o falecimento do lateral-esquerdo Francisco das Chagas Marinho, ocorrida antes da Copa do Mundo de 2014, guardadas as devidas proporções, pela maior fama deste no cenário futebolístico nacional, teve tanta comoção.

Enquanto a morte de Marinho Chagas meio que apanhou de surpresa seus fãs e admiradores, por ele se encontrar em um evento em João Pessoa, o estado de saúde de Alberi vinha sendo acompanhada desde agosto com os internamentos para tratamento, principalmente, do diabetes.

Pelo que vi na internet um dos primeiros a noticiar o passamento do “Negrão” foi o blog do polêmico jornalista Gustavo Negreiros (23h18) e logo em seguida o portal G1, o site do diário vespertino “Tribuna do Norte”, de Mossoró Carlos Santos, e outros.

Acionados pela curiosidade em verificar o que cada um informava sobre a longa carreira do pernambucano que fez história no futebol norte-rio-grandense entre o final dos anos 60 e meados da década de 80.

Todos, com detalhes a mais ou a menos, números, estatísticas e depoimentos de ex-colegas de profissão, companheiros nos clubes, dirigentes, comentaristas e até torcedores deram a opinião consagradora de um craque diferenciado. Apesar da restrição local e a deferência de uma meia dúzia de blogs, como o “Terceiro Tempo”.

Para autenticar e legitimar o que todos pensam do Alberi como um grande futebolista fui buscar na rede mundial de computadores um depoimento com distanciamento no tempo e desvinculado do vínculo emocional do momento. Que, acredito, poucos potiguares tomaram conhecimento.

O conceituado blog do pesquisador gaúcho de Viamão, J. B. Lopes (“A História do Futebol Brasileiro – Súmulas Tchê”) transcreve uma longa entrevista do ex-jogador potiguar com carreira em outros estados, Gilson Lustosa de Lira (Natal – 7/3/1948 – Rondonópolis, 24/7/2017), bicampeão pelo ABC (1970/71).

Gilson Lira, a quem é atribuído sem um levantamento oficial a contagem de pelo menos 600 gols (é o maior artilheiro do Rondonópolis, 199, e o maior do Mato Grosso, 285, na frente de Bife, 274), começou a carreira no Rio de Janeiro (bases do Fluminense e Bangu) e passou pelo Grêmio Maringá (68), Náutico (69), Grêmio Anapolina (1971), Galícia (1972), Operário/MT (1973/74), Comercial/MS (76/77), Friburgo e União Rondonópolis.

Em meio as perguntas de praxe do meio esportivo, familiar, amizades, o entrevistador pergunta quais os melhores jogadores com quem jogou citou três: Alberi, Ruiter e Bife. “Eram craques e me deixaram inúmeras vezes na cara do gol...”

José da Silva Oliveira, o “Bife” (28/9/1948 – 16/2/2007), fez carreira no Operário, Mixto, Nacional, São Bento, Porto e Belenenses, os últimos portugueses. O goiano Jorge de Carvalho, o “Ruiter” (não confundir com o pernambucano com o mesmo apelido que fez fama no Confiança e Santa Cruz), fez carreira no Centro-Oeste.

 

FONTES

Futebol do Interior

Olho no Esporte

O GOL

Portal Mato Grosso

Súmulas Tchê

 

 

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