JOSE VANILSON JULIAO
Nas redes sociais sempre se encontra algo interessante. Basta procurar. Principalmente fotografias isoladas de jogadores antigos, elencos posando para os flashes e textos informativos sobre jogos, atletas, clubes e competições.
Em alguns casos os assuntos caem de mão beijada, pelo acaso de navegar pela internet, e um deles se refere a declaração de simpatizante de um clube licenciado ou extinto. Fato raro, raríssimo, se conta nos dedos de uma só mão, acaba de ser localizado.
Durante postagem do torcedor do ABC, Carlos Magno (irmão do chargista potiguar Cláudio, que sai da “Tribuna do Norte” para a "Folha de São Paulo"), aparece um fã do antigo Santa Cruz, o segundo com este nome em Natal, predecessor do homônimo da cidade norte-rio-grandense na Região do Trairi e do atual, que disputa o quadrangular classificatório para as finais do campeonato estadual deste ano.
Francisco Nogueira, esse torcedor-símbolo de
uma época, comenta a simpatia pelo tradicional tricolor na página
"Memorial Alvinegro", e despertou a curiosidade do repórter, que não
resistiu e comentou: - Você merece uma reportagem.
O antigo "Santa", com as cores
vermelha, preta e branca – as mesmas do clube mais popular do Recife – nos anos
40/50 batia de frente contra os favoritos ABC e América, época em que o Alecrim
ainda era considerado um clube pequeno (a torcida cresce com os títulos de
63/64 e 68).
No período o Tricolor abocanhou o "caneco" de 1943, 2 a 1, de virada sobre o alvirrubro, ficou com o vice em pelo menos outras duas ocasiões, sendo que em uma delas teria sido garfado pelopela justiça desportiva (1950), em rumoroso caso envolvendo o ABC e o União (do então distrito de Parnamirim emancipado oito anos depois), quando estava em primeiro lugar e acaba ultrapassado em um ponto.
O canto do cisne tricolor acontece em 1959,
quando o América vence o turno, o Santa Cruz o returno e o alvinegro o
terceiro.
O conhecido "super campeonato"
entrou por janeiro/fevereiro do ano seguinte, o ABC conquista o tri e logo em
seguida o alvirrubro entra no licenciamento de seis anos.
O Santa Cruz, após um primeiro licenciamento
temporário no começo da década, retorna e sai para sempre depois do campeonato
de 1966, com pedido oficial no começo do segundo semestre de 1967.
Até ensaia um retorno em 1970 durante um
jogo-treino com o famoso clube amador Real Madrid do Baldo, que teve como
treinador Pedro Teixeira da Silva, o "Quarenta" (campeão pelo
esmeraldino), tendo o falecido repórter policial curraisnovense Elitiel Bezerra, o Pepe dos
Santos, como competente relações públicas.
Este jogo amistoso aconteceu no antigo campo
do Hospital João Machado, na Avenida Alexandrino de Alencar, na Vila São José.
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