sexta-feira, 26 de maio de 2023

Jogador do ABC participa da fundação do Treze (V)

Esposa de Vicente Farache Neto é unanimidade como patrona do pequeno estádio

José Vanilson Julião


As 17 horas da quarta-feira (9/11/1949) após longa enfermidade falece no Hospital Miguel Couto (depois Clínicas e posteriormente Onofre Lopes) dona Maria do Rosário Lamas (nascida em 1906), esposa desde 1935 do então juiz do Tribunal Regional Eleitoral e doublé de jornalista Vicente Farache Neto (1902 – 1967).

Nota de “A Ordem” declina os nomes de todos os parentes da desaparecida (pai, irmãos e irmãs):

Elias (comerciante nascido na Palestina, naturalizado chileno, era casado com dona Mercedes desde 1924 e falecido em 15/8/1940), Amador, Carlos (cônsul e fundador da Rádio Educadora de Natal/REN depois “Poti”), Afonso, Antônio (Tonho), Jacó, Francisco (um dos primeiros narradores da REN e árbitro de futebol), Inês (mulher de Silvan Arnaud), Emília (mulher do cônsul italiano Amadeo Grandi), Ana (mulher de Valter Ferreira de Souza) e Ester (consorte de Geraldo Fernandes).

No “Diário de Natal” o presidente Federação Norte-rio-grandense de Futebol, Carlos Bezerra de Miranda, pelo ato administrativo 34/49, publica nota de pesar observando luto oficial e bandeira da FNF a meio pau e minuto de silêncio no Estádio Juvenal Lamartine, com jogadores com “crepe” na camisa em sinal de luto em jogo oficial Alecrim x Potiguar (Parnamirim).

Em crônica no “DN” (7/6/1950) o jornalista Roberval Pinheiro Borges já declina a homenagem como patrona do estádio.

“A Ordem” (quarta-feira, 26/7/1950) informa que o vice-presidente do ABC, Orlando Gadelha Simas, anuncia entendimento com o dirigente Arcelino Costa Leitão (presidente do Fortaleza e futuro prefeito da cidade interiorana) para amistoso contra o rubro-negro Centro Esportivo Açuense (CEA) em benefício da construção do estádio alvinegro, que levará o nome de Maria Lamas Farache.

Dois anos após o passamento da patrona o clube lança campanha financeira para a conclusão das obras no estádio. Para tal fim adquire, por 60 mil cruzeiros, casa na praia da Redinha para ser sorteada pela loteria federal no sorteio do Natal.

Com o licenciamento do alvinegro o “Abecezinho”, com juvenis, aspirantes e alguns futuros titulares, faz amistosos na temporada de 1952 até o primeiro semestre do ano seguinte, quando o time principal novamente montado retorna com amistosos.

 

FONTES

A Ordem

Diário de Natal

O Poti

ABC FC

Natal de Ontem

Nosso Esporte

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