Esposa de Vicente Farache Neto é unanimidade como patrona do pequeno estádio
José Vanilson Julião
As 17 horas da quarta-feira (9/11/1949) após longa enfermidade falece no Hospital Miguel Couto (depois Clínicas e posteriormente Onofre Lopes) dona Maria do Rosário Lamas (nascida em 1906), esposa desde 1935 do então juiz do Tribunal Regional Eleitoral e doublé de jornalista Vicente Farache Neto (1902 – 1967).
Nota de “A Ordem” declina
os nomes de todos os parentes da desaparecida (pai, irmãos e irmãs):
Elias (comerciante nascido
na Palestina, naturalizado chileno, era casado com dona Mercedes desde 1924 e falecido
em 15/8/1940), Amador, Carlos (cônsul e fundador da Rádio Educadora de
Natal/REN depois “Poti”), Afonso, Antônio (Tonho), Jacó, Francisco (um dos
primeiros narradores da REN e árbitro de futebol), Inês (mulher de Silvan
Arnaud), Emília (mulher do cônsul italiano Amadeo Grandi), Ana (mulher de
Valter Ferreira de Souza) e Ester (consorte de Geraldo Fernandes).
No “Diário de Natal” o
presidente Federação Norte-rio-grandense de Futebol, Carlos Bezerra de Miranda,
pelo ato administrativo 34/49, publica nota de pesar observando luto oficial e
bandeira da FNF a meio pau e minuto de silêncio no Estádio Juvenal Lamartine,
com jogadores com “crepe” na camisa em sinal de luto em jogo oficial Alecrim x
Potiguar (Parnamirim).
Em crônica no “DN”
(7/6/1950) o jornalista Roberval Pinheiro Borges já declina a homenagem como
patrona do estádio.
“A Ordem” (quarta-feira,
26/7/1950) informa que o vice-presidente do ABC, Orlando Gadelha Simas, anuncia
entendimento com o dirigente Arcelino Costa Leitão (presidente do Fortaleza e
futuro prefeito da cidade interiorana) para amistoso contra o rubro-negro Centro
Esportivo Açuense (CEA) em benefício da construção do estádio alvinegro, que
levará o nome de Maria Lamas Farache.
Dois anos após o
passamento da patrona o clube lança campanha financeira para a conclusão das
obras no estádio. Para tal fim adquire, por 60 mil cruzeiros, casa na praia da
Redinha para ser sorteada pela loteria federal no sorteio do Natal.
Com o licenciamento do
alvinegro o “Abecezinho”, com juvenis, aspirantes e alguns futuros titulares,
faz amistosos na temporada de 1952 até o primeiro semestre do ano seguinte,
quando o time principal novamente montado retorna com amistosos.
FONTES
A Ordem
Diário de Natal
O Poti
ABC FC
Natal de Ontem
Nosso Esporte
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