Felinto Rodrigues (repassou a emissora para a Assembleia de Deus) ao lado de Marcos Aurélio de Sá
José
Vanilson Julião
Durante a
pesquisa e formulação do texto de resgate da memória do famoso narrador
esportivo maranhense Audir Frazão Doudment, que por quatro anos disputou audiência
na capital potiguar, indiquei aleatoriamente que ele saiu da Rádio Nordeste por
volta de 1979.
Agora
tenho praticamente o período exato. A saída provavelmente acontece em meados da
temporada do ano anterior. Pois o então controlador da emissora, o empresário
Felinto Rodrigues Neto, implanta uma nova programação.
Este
intervalo de tempo, entre a quebra do acordo com o radialista com passagens por
várias capitais nordestinas, e a importação da programação semelhante a da
Cultura de Salvador, encontro numa reportagem da extinta revista RN-econômico,
fundada pelos jornalistas e professores universitarios Marcos Aurélio de Sá e
Marcelo Fernandes de Oliveira dez anos antes.
A
entrevista é publicada na edição de setembro de 1979 no impresso de circulação
mensal, que passaria a semanal anos depois e antes de sair de circulação no
começo dos anos 2000.
A
programação eminentemente musical da emissora com então estúdios no bairro da
Cidade Alta (Centro) é implantada provavelmente em outubro de 1978, pois a
pesquisa quadrimestral do Ibope de fevereiro seguinte já indica a Nordeste AM
em segundo lugar na audiência.
Posição
que, tudo indica, mantém, ate a divulgação de que alcanca a primeira colocação
pelo menos entre julho/agosto.
O que o
redator não sabia, apesar de ter acompanhado ao largo a mudança de programação,
e que para mudar a grade da emissora Felinto Rodrigues havia encomendado uma
pesquisa para detectar com estatística a preferência do ouvinte.
Ciente do
gosto popular para uma programação mais musical, com pouca ou quase nenhuma
intervenção de um locutor, disc-jockei ou comunicador, investe em equipamentos
e implanta o objetivo que da certo em tempo recorde.
Eu já
conhecia o tipo de programação semelhante a veiculada pela emissora da capital
baiana, pois a sintonizava em ondas curtas por volta de 1974.
Devo
lembrar que, com a distribuição da nova grade nos períodos matutino, vespertino
e noturno, impossibilitando a permanência da equipe esportiva comandada por
Audir Doudment, outros locutores foram aproveitados e permaneceram, outros
sairam, e alguns foram revelados, como o falecido amigo Inaldo Farias, que veio
dos carros de som de Ajosenildo Alves, conhecido pela publicidade de lojas do
Alecrim.
Inaldo era
tão eclético que acabou substituindo, por volta de 86/87, o radialista Ubiratan
Camilo de Souza no programa "Patrulha da Cidade" da Rádio Cabugi,
depois Globo e agora Jovem Pan.
Aliás, nos
anos 90 Inaldo recebe convite do senador Carlos Alberto de Souza e passa a
fazer parte do cast da TV Ponta Negra (primeira emissora comercial do Rio
Grande do Norte), afiliada da rede paulista Sistema Brasileiro de Televisão
(SBT), criada a partir da concessão do canal tomar o da TV Tupi e que virou,
primeiro, a TV S, a do Silvio Santos.
Lembro
disso tudo, principalmente sobre as rádios, em virtude de ter passado duas
vezes como estagiário informal na equipe deDoudment com apoio do plantonista
titular, meu amigo falecido Wilson Gomes de Azevedo.
Givaldo Batista, Inaldo Farias, Mário César, J. Gomes, Milton Duarte, Gilson Moura e Heberth de Souza no elenco dos programas “Aqui Agora” e “Patrulha Policial”.
FONTES/FOTOS
TV Ponta Negra
RN-Econômico
Canindé Soares
Jornal da
Grande Natal
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