quinta-feira, 1 de junho de 2023

Jogador do ABC participa da fundação do Treze (XXIX)

O ABC (alvinegro) e o Centro Esportivo Natalense/CEN (tricolor) no campinho do Tirol

As meninas desfilam com a bola no “ground” da Hermes da Fonseca

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O caso não é inédito, explorado com competência por outros profissionais e pesquisadores, mas o blog requenta pela exposição recente do time feminino em referência ao histórico de uniformes do alvinegro potiguar.

O “Globo Esporte”, em reportagem “A História do Futebol Feminino no Brasil” – dos anos 20 até 2019 – relacionando fatos importantes ocorridos nos dois principais centros (Rio de Janeiro e São Paulo) e no Rio Grande do Norte.

O GE faz uma linha do tempo com acontecimentos. Como a proibição da prática do futebol com a regulamentação do Conselho Nacional de Desportos (CND) pelo Ministério da Educação (14/4/1941).

Pelo decreto-lei (3.199, artigo 54) delineia de forma geral que “as mulheres não deveriam praticar esportes que não fossem adequados a sua natureza”. Não citado nominalmente, o futebol se enquadrava.

Em 1965 o documento oficial é republicado (Capitulo IX: Disposições Gerais e Transitórias): - Às mulheres não se permitirá de esportes incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o CND baixar as necessárias instruções ás entidades desportivas do país”.

Em 1970 é revogado. Em 1983 aparece a primeira regulamentação. Como pioneiros da “modalidade” surgem os clubes Radar (Rio), Juventus (São Paulo) e o SAAD do interior paulista. Em 1988 aconteceu o Mundial experimental (China) com 12 seleções e o Brasil fica com o terceiro lugar (nos tiros livres direto da marca do pênalti).

Em seguida faz balanço do selecionado nacional, que participa da primeira Copa oficial (1991, mas cai na primeira fase com uma vitória (Japão) e derrotas para os Estados Unidos e Suécia. Na primeira Olímpiadas (Atlanta/EUA) com a modalidade (1996) o Brasil fica em quarto: perde a medalha de Bronze para a Noruega (0 x 2).

Melhora de posição com o terceiro lugar na Copa dos EUA (1999) novamente contra as norueguesas (ganha nos tiros livres). É eliminada nas quartas-de-finais em 2003. No ano seguinte medalha de Prata nas Olímpiadas na Grécia. Dois anos depois a meia-atacante Marta Vieira da Silva é eleita a melhor do mundo.

2007: campeã no Pan do Rio. Em setembro perde para a Alemanha a final da Copa do Mundo (China). Mas no final do ano a alagoana Marte é novamente a melhor do mundo. Em 2008 a sina continua: medalha prateada nas Olímpiadas de Pequim. Enquanto marta é a terceira melhor do mundo pela terceira vez.

Em 2009 o Santos é campeão da primeira Copa Libertadores com a modalidade. O Peixe também conquista a Copa do Brasil feminina. E Marta é tetra como a melhor do planeta. E penta (2010). Ganha mais um Pan. Em 2016 quarta na Copa. Já estava ficando chato para Marta: sexta melhor da Terra (2918)!

PIONEIRISMO POTIGUAR

Os times femininos do ABC e Centro Esportivo Natalense (CEN), ambos da capital do Rio Grande do Norte, começaram a dar o ar da graça graças a Biblioteca Nacional (Brasília/DF). A disponibilização da hemeroteca eletrônica com antigos jornais e revistas de todas as unidades da federação possibilitou a situação.

O ressurgimento das meninas futebolistas dos dois clubes (um alvinegro e o outro tricolor) para a eternidade da história pelas fotografias dos elencos pousados para a revista carioca “Vida Sportiva” (20 de março de 1920).

O assunto é tão vasto, importante e interessante que o JORNAL DA GRANDE NATAL, para não ser repetitivo e enfadonho (e não esticar ainda mais o texto), indica a excelente reportagem de Aira Bonfim (História do Sport) e todas as fontes disponíveis abaixo.

O que mais chamou a atenção dos repórteres, além, é claro, da prática da prática do esporte inventado pelos homens, é a participação da jogadora Jandira Carvalho de Oliveira, aquela mocinha que veio a ser a primeira-dama quando o marido, João Café Filho, assume a presidência com o suicídio do gaúcho Getúlio Dorneles Vargas (1954).

 

O CEN de Jandira Carvalho de Oliveira Café

FONTES

Tribuna do Norte

Globo Esporte

Trivela

TV Cabo Mossoró

Brasil de Fato

Arquivos do Futebol

História do Futebol

História do Sport

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