domingo, 18 de junho de 2023

O meu nome é simplesmente Ribamar!

Eternizado primeiro na taça (2016)

José Vanilson Julião

A literatura é uma arte. E escrever biografia de qualquer personalidade em ramos diferentes da atividade humana é uma arte mais difícil ainda. É preciso ser um bom contador de história para prender o leitor.

E neste patamar posso dizer que estão os biógrafos do jornalista paraibano Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo e dos jogadores Manoel Francisco dos Santos e do uruguaio Danilo Nuñes Menezes.

Os jornalistas Fernando Morais, autor de "Chatô, o Rei do Brasil"; Ruy Castro, escritor de "Estrela Solitária, um Brasileiro Chamado Garrincha"; Rubens Manoel Lemos Filho, o exemplo potiguar, que estreia com "Danilo, O Último Maestro".

E sem qualquer indício de bajulação tenho que incluir o jornalista Kolberg Luna Freire Lima, já autor de "45, um tempo de futebol e um poema" (crônicas e memórias sobre o Estádio Castelo Branco/João Machado).

Esta conclusão se deve a biografia do ex-jogador, militar reformado e memorialista da bola, o macauense José Ribamar Cavalcante. "Ribamar", simplesmente o título da obra, reforçada pelo subtítulo "O Guardião da Memória do futebol potiguar."

A capa do livro (uma foto com texto complementar), as frases da "orelha", a apresentação do professor João Maria Fraga, a "Palavra do Autor" e a contracapa assinada pelo jornalista Rubens Lemos Filho - "O melhor de Ribamar Cavalcante é saber compartilhar" - resumem perfeitamente a personalidade do biografado.

Pelo que acompanhei o lançamento da biografia foi uma das mais divulgadas dos últimos tempos, em praticamente todas as mídias da capital, interior e até em blogs do Rio Grande do sul. E com sucesso de bilheteria e um best-seller, guardadas as devidas proporções em relação a grandes filmes e romances famosos, está esgotado.

Devo dizer que tive o privilégio de ser um dos primeiros a divulgar com exclusividade o pré-lançamento desta incrível iniciativa da Editora Primeiro Lugar, especialista norte-rio-grandense em literatura esportiva, e que engrandece tudo com uma edição primorosa do jornalista Rafael Morais, assessorado por Karine Nascimento (revisão) e Carol Palomo (capa).

Praticamente acompanhei os bastidores desta biografia escrita em tempo recorde depois de ser encomendada ao escritor Kolberg Freire, que soube narrar com maestria uma história de vida ligada a fatos históricos que, aparentemente, não tinham ou não tem nada a ver com as peripécias do personagem real.

O leitor pode ler o desenrolar dos acontecimentos em capítulos alternados, sem qualquer prejuízo, pela clareza e sequencias dos detalhes, concebidos como "flashbacks" em uma novela real.

Eu conhecia alguns detalhes da vida do biografado, por uma rápida entrevista que não acabou escrita, e pelo que me deparo sobre ele em pesquisas nos jornais dos a

José Ribamar de Oliveira, o "Canhoteiro"

nos 60/70.

Mas desconhecia a passagem envolvendo o jovem jogador e um treinador. É de morrer de rir...

Realmente "Zé de Hipólito" não é nome de jogador. Ribamar sim! Com este nome tivemos dois famosos.

José Ribamar Celestino, o "Maranhão"

Mais conhecidos pelos apelidos: José Ribamar Celestino, o "Maranhão", aquele mesmo do Vasco da Gama e ABC, e José Ribamar de Oliveira, o "Canhoteiro", que surgiu no Ferroviário cearense e fez fama no São Paulo.

Para esclarecimento de todos e matar a charada retiro do “Dicionário de Nomes Próprios":

"Ribamar: Significa “acima do mar” ou “próximo do mar”. De origem portuguesa, formado pela junção dos elementos riba, que significa “acima” ou “próximo”, e mar, que também pode ser entendido como sinônimo de oceano.

Na onomástica é considerado um nome toponímico, relacionado às pessoas que habitam regiões próximas ao litoral.

No Brasil é conhecido por São José de Ribamar, nome da terceira maior cidade do Maranhão e do santo católico que é considerado o padroeiro deste estado.

É muito comum o uso deste nome entre os brasileiros. As pessoas batizadas com este nome, normalmente, recebem apelidos de amigos e familiares, como Riba ou Ribinha."

 

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