Pesquisa sobre goleiro abecedista colocou Edésio Leitão como colaborador na imprensa esportiva
José Vanilson Julião
Bem jovem no Santa Cruz/PE
Feito o levantamento sobre o arqueiro pernambucano Diógenes Ferreira
Prado (Santa Cruz, Sport e ABC) a surpresa maior foi a revelação de Edésio
Leitão como colaborador de uma revista esportiva, coincidentemente dirigida
pelo gráfico personagem da série.
“Qual a sua impressão sobre a liga infantil dos esportes?”. A pergunta
da enquete promovida pelo “Diário da Manhã” (domingo, 4/8/1940) ao adolescente
de 16 anos, Edésio Leitão (7/4/1924), “sport-man”, diretor do departamento
juvenil do América do Recife.
“...Sobre os dirigentes é a melhor possível pela cooperação dos
abnegados, o tenente Americo Lins, Maurício Carneiro, Ilo Just (antigo goleiro
do Santa Cruz), Diógenes Pomposo, Gutemberg Barbosa... O campeonato de 1939
compensou os esforços, pois foi disputado com animação...”
Como curiosidade Leitão é quem oferece “uma linda gravata” a quem fizer
o primeiro gol de uma das agremiações em jogo da competição (“Diário de
Pernambuco” (sábado, 7/9) no domingo no campo do Odeon (Afogados).
Outro fato curioso: na penúltima semana de outubro (DP – sexta-feira,
18) estava envolvido no lançamento da “Folha Esportiva” (oito páginas), com
circulação na terça, quinta e sábado, com notícias de basquete, voleibol, polo
aquático, box, ping-pong, xadrez, remo, natação, futebol, comentários...
Na primeira semana de março do ano seguinte é exonerado do departamento
juvenil do “Campeão do Centenário”, mas continua colaborando, inclusive como árbitro.
Em abril o jornal Associado noticia o aniversário do zagueiro-direito amador do
alviverde (“goza de grande conceito entre os companheiros”).
De repente some do noticiário do centenário impresso e reaparece na
coluna “Nos Bastidores Esportivos” como treinador em estreia no campeonato
profissional pelo alvinegro Flamengo contra o Náutico (sábado, 25 de outubro de
1947) depois de comandar o Sampaio Correa de São Luís.
O treinador "Palmeira" em clube pernambucano
Em abril de 1949 está dirigindo o “Great Western”. Com a conturbada
saída de José Mariano Carneio Pessoa, o “Palmeira”, “o jovem dinâmico,
competente e malicioso treinador” comanda o Santa Cruz na primeira vitória (2 a
1) na série de três partidas contra o Sport pelas finais do Estadual (domingo,
23/10).
Entra março de 1950 dirigindo o Tricolor em amistoso contra o Confiança
de Aracaju. Em dezembro, após a conquista do campeonato potiguar pelo ABC
(título repetido no “super” campeonato de 1959 decidido com o América e Santa
Cruz em fevereiro/1960), se manda em fevereiro seguinte para o Guarany de
Salvador.
Com fama consolida, e explicada a carreira aqui relatada pelo “DP”, a
partir daí ganhar “canecos” em vários estados nordestinos, principalmente na
Paraíba, com os clubes de Campina Grande: Treze e Campinense. Treinou o Central
de Caruaru (1977), Guarany de Sobral/CE (1981) e o alagoano Penedense (1984).
A homenagem e reconhecimento pós morte vem com o Projeto de Lei (12 de
abril de 1993) do vereador José Luiz Júnior com nome de rua no Distrito
Industrial na cidade que adotou e viveu por 34 anos.
Também foi treinador do América/RN (1968) e Corintians de Caicó. E
responsável pela ida do ABC para o clube Coral do atacante Sebastião Tomáz de Aquino,
o “Paraíba”, aquele do atentado a bomba no aeroporto do Recife. E de Odilon
Costa de Almeida Júnior do alvinegro para o Sport Recife em 1971.
O treinador famoso rodou por vários clubes nordestinos: MA, PE, RN, PB, CE, PI, AL e BA
FONTES
Almanaque do Ferroviário
A Ordem
Diário da Manhã
Diário de Natal
Diário de Pernambuco
Diário de São Luís
Folha de Pernambuco
Tribuna do Norte
Placar
Blog do Sorrentino
Blog do Marcão
Botões para Sempre
Cacá Medeiros Filho
Câmara de Vereadores
Futebol Maranhense Antigo
Guia Mania
História do Futebol
Memórias do Santa Cruz
Museu Virtual do Esporte de Campina Grande
Retalhos Históricos de Campina Grande
Vovôpédia
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