José Vanilson Julião
Com o primeiro número
lançado em 1955 no segundo ano de circulação da revista “Manchete Esportiva” Mário
Filho contava com página inteira para contar seus casos.
Na edição 47 (13 de
outubro de 1956) ele logo no título deixa tudo claro sobre o assunto em pauta: “O
Saudosista” (no caso o torcedor).
Em 11 tópicos (parágrafos)
numerados. Mas o que interessa mesmo ao redator está no terceiro.
Escrito em bloco. Da
primeira linha a última (mas o redator preferiu separar em frases).
Quando o focado principal é o Raul Barreto de Albuquerque Maranhão:
- ...Mesmo assim não
é fácil entender o sucesso espantoso que fez o chute à Maranhão. Quem o
inventou seria depois o doutor Raul Barreto de Albuquerque Maranhão.
Não havia ainda o
apelido, tão brasileiro, em futebol. Nem se chamava o jogador brasileiro pelo
primeiro nome.
À inglesa, usava-se o
sobrenome. Daí o doutor Raul Barreto de Albuquerque Maranhão chamado, como
jogador, de Maranhão.
O Maranhão tinha um
chute muito forte, mas gostava mesmo era de rebater para cima.
A bola subia, chegava
a ficar pequenininha lá no alto e era um pasmo geral.
Muita gente procurava
imitar o Maranhão, chutar à Maranhão, como se dizia.
Hoje não é mais o
chute à Maranhão, é balão de São João, é bola à São Pedro ou para São Pedro.
E quem se meter a fazer isso leva vaia.
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