domingo, 17 de setembro de 2023

O Botafogo germina no bonde, floresce na escola e cresce na rua

Meio de transporte coletivo da época virado no centro do Rio na Revolta da Vacina


José Vanilson Julião

Uma frase “escondida” numa reportagem da então importante “Revista do Esporte” (edição 335 – 7/8/1965) indica que o Botafogo Futebol Clube é idealizado bem antes da troca de bilhetes nos bancos escolares.

Atualmente a inusitada revelação passa ao largo de todos que abordam em qualquer pretexto como aconteceu a fundação do hoje Botafogo de Futebol e Regatas com a fusão com o Clube de Regatas Botafogo.

Esta não tão inédita e esquecida situação tem crédito e não pode ser contestada. Afinal de contas partiu de um dos fundadores do alvinegro, o advogado Flávio da Silva Ramos, quando dos 61 anos de aniversário do “Glorioso”.

A reportagem da revista semanal especializada em esporte (1959/1970) fundada pelo jornalista Anselmo Domingos – sucessora da primeira “Manchete Esportiva” – ocupa duas páginas com quatro fotografias do ilustre botafoguense.

E o subtítulo e o título do texto não assinado não poderia ser tão sugestivo, enfático e esclarecedor: “O fundador FLÁVIO RAMOS revela: Botafogo nasceu num bonde”. Quando relata a história de que todo bom botafoguense apaixonado deve conhecer.

Envolvendo, em resumo, dona Chiquitota (deu nome definitivo ao clube), fundadores, o primeiro uniforme todo branco, o primeiro jogo, a crise de 1911 e as abaladas finanças e quase falência (1942), coincidentemente ano da fusão com o Regatas.

O paragrafo completo: - A ideia de criar um clube foi minha, numa conversa com Emanoel Sodré, no banco de um bonde, após termos assistido um jogo. Ele acolheu a ideia e a coisa ficou assim.

Na escola, durante a aula de álgebra, trocamos bilhetinhos, lembrando nomes de amigos nossos que poderiam fazer parte da diretoria do clube...

NOTA DO REDATOR: a informação preciosa é “encontrada” quando procuro mais notícias do Raul Barreto de Albuquerque Maranhão. 

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