O paquete Alagoas conduziu a família imperial ao exílio dois dias depois da deposição Isabel, Pedro II e a família
José Vanilson Julião
O navio “Alagoas” é construído na Inglaterra (1884) para ser operado pela
Companhia Brasileira de Navegação a Vapor (surgida em 1837) – depois Lloyd Brasileiro (fundado em 1894) – até ser incorporado a Armada (Marinha de Guerra).
Antes de trazer o nosso herói, Ramiro Gomes Pedrosa, do Rio de Janeiro, o então Distrito Federal, para a provinciana capital potiguar,
entra na história patrícia por conduzir ao exílio a família do imperador deposto pelo golpe de 1889, dom Pedro
II.
O séquito imperial embarca no paquete dia 17 de novembro, o
“mais novo e moderno”, requisitado pelos golpistas republicanos, dois dias
após a deposição do monarca, incluindo a Princesa Isabel.
Com o comando do “capitão-de-longo-curso” José Maria Peixoto, comboiado pelo encouraçado Riachuelo do capitão-tenente Alexandrino Faria de Alencar. Chega a Lisboa
em 7 de dezembro.
E posteriormente a embarcação é usada pelos rebeldes na Revolta da Armada (1893/94),
sob o comando do primeiro-tenente José Augusto Vinhais.
Depois serviu de quartel para a
Escola de Aprendizes Marinheiros da Ilha do Governador. Em 1922 o casco serve
como alvo de treinamentos para os gigantes encouraçados Minas Gerais e São Paulo. Naufragando em 22 de fevereiro.
Paquete era a denominação dos antigos navios de luxo de alta velocidade, geralmente movido a vapor. Vem do inglês “packet boat” (“navio dos pacotes”)
Cabine imperial no "novo e moderno" vapor Alagoas para o transporte da família de dom Pedro II |
FONTES/IMAGENS
A República
Assembleia Legislativa/SP
Marinha do Brasil
Poder Naval
Wikipedia
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