sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Ramiro Gomes Pedrosa "imita" Raul Maranhão como personagem de Mário Filho

O meia Laís/Foto: El Gráfico/Argentina

José Vanilson Julião

O ex-jogador do Fluminense Arthur Antunes de Moraes e Castro (Rio de Janeiro, 11/11/1889 – Maringá, 20/12/1963), o “Laís”, foi quem fez o convite para o teste e aprovação do player Floriano Peixoto Corrêa, mas quem caía com a grana era a turma de ricaços e milionários do tricolor.

O antigo meia (113 jogos e dois gols) e depois treinador e árbitro (apitou Brasil 2 x 0 Ferencváros – 10/7/1929) foi campeão carioca em sequência (1917/19) e pelo selecionado nacional atuou nove vezes (1921/22), sendo campeão da Copa Roca.

Laís foi quem manteve os primeiros entendimentos para que Floriano Peixoto deixasse o Exército e se alojasse na sede do clube, no bairro das Laranjeiras, na Zona Sul. Certamente com o aval de Ramiro Gomes Pedrosa.

A fama de mão aberta do aristocrata potiguar se alongou no tempo e chegou ao livro “O Negro no Futebol Brasileiro”. Diz o autor (Mário Filho): - ...Nunca os jogadores do Fluminense haviam passado tão bem. O diretor Ramiro Pedrosa andava inventando coisas para agradar os jogadores: almoços, jantares, presentes, passeios...

“Depois do treino levava os jogadores para a Toscana, quase sempre estava com um monte de entradas de teatro no bolso, do São José, do São Pedro, do Trianon, do República, do Lírico ou do Municipal”, relata o jornalista pernambucano na obra lançada em 1947.


FONTES

CBF

Seleção Brasileira – 1914/2006: Antônio Carlos Napoleão e Roberto Assaf

O Negro no Futebol Brasileiro – Mário Leite Rodrigues Filho (1947)

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