O meia Laís/Foto: El Gráfico/Argentina
José
Vanilson Julião
O
ex-jogador do Fluminense Arthur Antunes de Moraes e Castro (Rio de Janeiro,
11/11/1889 – Maringá, 20/12/1963), o “Laís”, foi quem fez o convite para o
teste e aprovação do player Floriano Peixoto Corrêa, mas quem caía com a grana
era a turma de ricaços e milionários do tricolor.
O
antigo meia (113 jogos e dois gols) e depois treinador e árbitro (apitou Brasil
2 x 0 Ferencváros – 10/7/1929) foi campeão carioca em sequência (1917/19) e pelo
selecionado nacional atuou nove vezes (1921/22), sendo campeão da Copa Roca.
Laís
foi quem manteve os primeiros entendimentos para que Floriano Peixoto deixasse
o Exército e se alojasse na sede do clube, no bairro das Laranjeiras, na Zona
Sul. Certamente com o aval de Ramiro Gomes Pedrosa.
A
fama de mão aberta do aristocrata potiguar se alongou no tempo e chegou ao
livro “O Negro no Futebol Brasileiro”. Diz o autor (Mário Filho): - ...Nunca os
jogadores do Fluminense haviam passado tão bem. O diretor Ramiro Pedrosa andava
inventando coisas para agradar os jogadores: almoços, jantares, presentes,
passeios...
“Depois do treino levava os jogadores para a Toscana, quase sempre estava com um monte de entradas de teatro no bolso, do São José, do São Pedro, do Trianon, do República, do Lírico ou do Municipal”, relata o jornalista pernambucano na obra lançada em 1947.
FONTES
CBF
Seleção
Brasileira – 1914/2006: Antônio Carlos Napoleão e Roberto Assaf
O Negro no Futebol Brasileiro – Mário Leite Rodrigues Filho (1947)
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