Destroier Piauí passou por Natal antes da eclosão da I Guerra Mundial. Marinha com fome de bola!
José Vanilson
Julião
O adolescente
carioca Nilo Murtinho Braga chega em Natal provavelmente após as férias
escolares do ano anterior.
Está entre os onze
atletas que vão entrar no amistoso, com bilhete a 500 réis, contra os
marinheiros do Destroier Piauí (terça-feira, 11 de junho de 1918), comandados
pelo capitão-de-corveta Pedro Max Fernando Frontin.
O correspondente
potiguar da seção “O Diário no Rio Grande do Norte” indica a lista prévia:
Monteiro, Catumbi, Arari Silva de Brito (o participante do sarau na casa de
Câmara Cascudo com o escritor Mário de Andrade), Oscar Siqueira, Barroso,
Chico, Nilo Murtinho Braga, Lauro, Luciano e Mimi.
Entre o final do
segundo semestre do ano anterior e os dois primeiros meses do ano seguinte o navio,
do tipo contratorpedeiro (CT Classe Pará), permanece no ancoradouro interno do
porto do Recife.
A embarcação de 17,15
metros, deslocamento de 560 toneladas (640 com plena carga), movida por duas
caldeiras a vapor (140 toneladas de carvão) e dois motores, desenvolvia
velocidade de 1.600 milhas a 15 nos.
Com 104
tripulantes fica até pelo menos 19 de fevereiro na capital pernambucana. De
acordo com a informação da movimentação portuária diária do “Diário de
Pernambuco”.
Encomenda do
almirante Alexandrino Faria de Alencar o vazo de guerra foi construído no
estaleiro inglês “Yarrow”, lançado ao mar em 11/7/1908, incorporado em 31/12/1909
e desativado em 28/7/1944.
É da mesma classe dos CT Bahia, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraíba e Santa Catarina. Todos da Divisão Naval de Operação de Guerra (1914/18).
FONTES
Diário de Pernambuco
Navios de Guerra
do Brasil
Poder Naval
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