Tropas do governo federal durante o quarto cerco ao arraial no Estado da Bahia
Os donativos para os soldados potiguares do 34 Batalhão que retornam da
campanha de Canudos
José Vanilson Julião
“A República” (outubro/1897) faz campanha de donativos para recepção do 34 Batalhão que havia embarcado em março para a Guerra de Canudos, e entre os colaboradores,
inclusive para uma nova bandeira, o dinamarquês Felipe Leinhardt e o inglês Samuel Hewett Agnew.
Somente
em 1902 é que
o britânico
aparece nas páginas
do tradicional jornal. Com uma nota de aniversário, a ser completado no dia seguinte, quinta-feira, 5 de
junho. Daí em
diante mais amenidades, como o anúncio, repetido várias vezes, da venda de um piano.
Uns
sete reclames depois sobre a venda do instrumento musical de corda S. Agnew
anuncia ‘alguns
utensílios
e trastes de casa”,
como mobília
e dois guarda-roupas de “amarelo”, uma cômoda
grande, uma mesa redonda (lastro de mármore), louças de porcelana e vidros (para serviço de mesa e jantar), um fogão inglês,
cadeiras, cortinas, candieiros, relógios de parede;
Objetos
de fotografias, lavatório
com louças
próprias,
tapetes, trem de cozinha (não
de ágata,
mas sistema inglês),
arame para cerca (seis pés
de largura), flores de jardins e muitas outras coisas “que seria longo enumerar, tudo em perfeito estado.”
Também depois de uma série de reclames aparece o último (segunda-feira, 11 de agosto) para a venda de uma cama
de ferro, com lastro de arama, um relógio de parede. Os interessados devem tratar no Hotel
Gelly.
Existente
desde a primeira semana de agosto do ano anterior, instalado na Rua Tarquínio de Souza 36 (Ribeira) a partir de 13 de fevereiro de
1888 – antiga
Rua do Comércio
e atual Chile – conforme
anúncio
na imprensa. Proprietária:
Anunciada de Carvalho Gelly.
Pelo
jeito o inglês se
prepara para deixar Natal, mas ainda há tempo do impresso registrar o aniversário da esposa, Emília Agnew. Também para o dia seguinte, 23 de agosto. E só.
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