A introdução de Gilberto Freyre, de 30 a 45 linhas, já é um tratado ou tese de uma época peculiar |
José Vanilson Julião
“Uma vez por outra,
também por influência de amigos, comia o seu beef e bebia seu borgonha
no Hotel de i’Univers, do Leinhardt, à rua do Commercio, onde em 1870-80
se almoçava magnificamente com vinho de 3$000”
O leitor fiel e habitual, casual ou esporádico, que acompanha a saga do dinamarquês Felipe Leinhardt entre o Recife e Natal, dos anos 1870/1913, deve ter notado, algumas vezes, interrupções na sequência da novelesca série, para se retroagir ao passado.
Desta vez o redator é obrigado a fazer diferente, talvez, pela primeira vez.
Pula quatro
décadas, a partir de 1900, e explica a motivação da abertura com aspas e em negrito.
Trata-se de uma situação social de um contemporâneo do personagem estrangeiro, autor de memórias compiladas.
E prefaciada pelo bisneto Diogo de Mello Menezes, o qual encomendou uma longa
introdução ao primo e famoso escritor pernambucano Gilberto de Mello Freyre
(Recife, 1900 – 1987).
As “Memórias de um
Cavalcanti” é parte da coleção de ensaios e memórias “Brasiliana – Biblioteca Pedagógica
Brasileira”, com direção de Fernando Azevedo, sob encomenda da Companhia
Editora Nacional.
O volume em questão, de número
196, sai na virada de 1939/40, com o título “Memórias de um Cavalcanti – Felix Cavalcanti
de Albuquerque Mello – Trechos de um livro de assentos (1821/1901).
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