sábado, 25 de novembro de 2023

Ascendência do presidente João Café Filho (I)

João Bosco Campos localiza nomes do tetravô, pais e avós na freguesia no Vizeu/Portugal

"Campo" no Vizeu

Na posse como sócio do Instituto Histórico e Geográfico (29/3/1989) o maior legado do historiador João Bosco Campos para a cultura potiguar acontece com palestra sobre os 90 anos de Café Filho e abordagem do tema os ascendentes do ramo Fernandes Campos Café desde o século XVII.

A pesquisa é iniciada no começo dos anos 80. São consultados arquivos paroquiais e cartoriais de Ceará-Mirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, São Paulo do Potengi e Natal; acervo do IHG e do Arquivo Distrital de Vizeu (Portugal). Na ocasião, concluída e não publicado, é divulgada em primeira mão.

Ao mesmo tempo que iniciava outra gigantesca pesquisa sobre o Senado da Câmara: vereadores, juízes ordinários, procuradores e o perfil biográfico dos 500 servidores (1611/1823).

Eis a leitura de João Bosco Campos com pequenas adaptações imperceptíveis:

"Em 26 de abril de 1714 (Freguesia do Campo) o padre cura João de Seixas batiza Domingos, filho de Felipe Francisco e Isabel Fernandes (faria 31 anos dia 10 de junho e completaria dez anos de casamento dois dias depois).

Ele e os irmãos João, Maria e Manoel contam com o carinho do avós paternos Antônio Simão e Izabel Paiz (os maternos, Manoel e Ana Fernandes são falecidos).

Em 25 de agosto de 1718 falece o pai. Chega 1734 e Domingos é encontrado em território potiguar como demarcador de terras.

Quatro anos depois é passada a "Provisão de Meirinho do Mar e Execuções da Fazenda Real. No ano seguinte adota o nome da freguesia natal: Domingos João Campos.

Em Natal enamora-se de Rosa Maria de Mendonça, 18, criada pelo casal Hilário de Castro Rocha e Maria Magdalena de Mendonça, moradores da sesmaria do Jundiaí.

O casamento acontece na capela local, sob invocação de Nossa Senhora da Conceição, em 25 de novembro de 1745, oficiado pelo padre João Gomes Freire.

São testemunhas o capitão-mor Francisco Xavier de Miranda Henriques (governador da Capitania) e o provedor da Fazenda Real Ignácio Souza Branco.

Como demarcador viaja quatro vezes ao Seridó e para Alexandria (Oeste). Vereador por três vezes e na última governa a Capitania interinamente, por ser o vereador mais velho.

Ainda foi juiz ordinário. arrematador de contratos e senhor do engenho Jundiaí (1960) recebe o título ou patente de alferes (similar ao primeiro-tenente).

Pai de dez filhos, nove homens e uma mulher, duas oito chegam a vida adulta e sete constituiem famílias. Falece entre 1794 e 1797, ano do falecimento da esposa.

O terceiro filho, Manoel Fernandes Campos, o testamenteiro, é batizado em 22 de julho de 1749 no Jundiaí.

Por duas vezes vereador em Natal, sargento-mor, morador do "Socavão" (Jundiaí). Onde era grande produtor de farinha de mandioca.

Nunca casou formalmente, porém constitui família com Mariana da Costa, filha de Antônio Melo de Oliveira e Clara Rabelo Vieira, de origem cearense."

(SEGUE NA PRÓXIMA POSTAGEM) 

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