José Vanilson Julião
Ênio, primeiro da última fila |
Rezam os alfarrábios da imprensa que o título de reportagem mais curto e sucinto da história, de um jornal carioca, seria este: "Podre pé do Papa!".
Mas achei um
muito mais curtíssimo. "Ênio fugiu!". Da página esportiva do jornal
Associado "Diário de Natal" (11 de setembro de 1950).
O personagem
de tão inusitada manchete foi o centroavante Ênio Augusto da Silva (Recife,
13/12/1928), oriundo do Sport no final do primeiro semestre como reforço americano.
O alvirrubro começa a temporada vencendo o ABC em torneio
amistoso, mas começa irregular o campeonato em busca do tri.
Empata o primeiro jogo (Alecrim), perde o segundo (RAC), vence o terceiro (Atlético) e perde o quarto (Santa Cruz/RN).
O atacante pernambucano estreia em amistoso contra o próprio RAC (para quem perde no turno) e participa de apenas um jogo oficial.
Acumula quatro gols, dois em cada jogo.
A fuga do jogador recifense, que havia
embolsado "luvas", provoca o alerta na urgência do profissionalismo
no futebol potiguar.
Mas que somente viria a ser implantado em
1954, mesmo assim com "sistema misto", no qual também era aceito o
atleta amador.
A imprensa da
época relata que ele se manda para o rubro-negro Moto Club de São Luís, a capital maranhense.
Começa no
Estudantes do Recife (1947), Sport (1950, 54 e 1957), Flamengo, Ferroviário/CE (1958)
e Asas do Recife (participante do Torneio Coronel Alberto Murad em 1959).
Pelo rubro-negro
carioca são dois empates, em dois gols, contra o XV de Novembro de Jaú (8 de
março), interior paulista, e América carioca (1/3/1953).
FONTES
Almanaque do
Ferroviário
A Ordem
Diário de Natal
Diário de
Pernambuco
Tribuna do Norte
Fla Estatísticas
Súmulas Tchê
Nenhum comentário:
Postar um comentário