O goleiro Itamar (camisa escura) e o arqueiro Diniz (camisa mais clara) na abertura do "Nogueirão"
José Vanilson Julião
Como centro das
atenções o goleiro Miguel Ferreira de Lima, proporcionalmente, fala pouco, em
relação ao burburinho das lembranças.
As vezes, pela
equidistância na mesa, o repórter interrompe em três ou quatro momentos com
assertivas sobre a carreira, o que veremos adiante na conclusão da série.
Neste interim, com o
aparecimento das fotos inéditas envelopadas e postas na madeira, alguém dispara
que alguém foi também jogador.
O repórter espicha as
orelhas e pergunta de chofre: - Quem? Você? Direcionada ao estratégico
convidado, ainda bem, sentado ao lado.
- Eu fui jogador do
Potiguar e Baraúnas, responde Diniz Matias de Araújo,
engenheiro agrônomo aposentado.
Está apresentado o
maior furo de reportagem do encontro com Miguel na cafeteria na tarde
ensolarada da sexta-feira.
Não tem como não indagar:
- Você participou da inauguração do Estádio Professor Manoel Leonardo Nogueira
(como enfatizam os repórteres de Mossoró)?
Pois não é que esteve
presente. E apanha o celular para mostrar uma fotografia com ele no elenco da
seleção da Liga local que enfrenta o Ceará Sporting na abertura da praça de
esportes.
A imagem,
coincidentemente, é a mesma que pesquei em rede social para ilustrar uma série
de reportagens sobre abandono e história do primeiro grande estádio de futebol
do Rio Grande do Norte.
- Como era jogo
festivo todo mundo entrou em campo, gaba-se Diniz Matias, contrariando a ficha
técnica disponibilizada nos jornais da época.
Mas ele está mesmo
perfilado na turma em pé, com a camisa de goleiro cinza, presente do arqueiro
paraibano criado no Rio Grande do Norte. Em 4 de junho de 1967.
“O jogo foi 2 x 0
para o Ceará, mas poderia ter sido empate, perdemos duas penalidades máximas”,
arremata, orgulhoso da exclusiva revelação, Diniz Matias.
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