segunda-feira, 25 de março de 2024

O "Mister Magoo" da "Tribuna do Norte" (IX)

Mussoline faz do jornalismo ponte para divulgar o colecionismo de selos postais

José Vanilson Julião

Selo americano "retrata" Hitler

Cinco anos após a fundação (setembro de 1939) - pelos idealistas Valdemar Araújo, Djalma Maranhão, Aderbal de França e Rivaldo Pinheiro - e depois repassado ao empresario Rui Moreira Paiva, "O Diário" é comprado pelo jornalista paraibano Assis Chateaubriand.

A negociação em 1944 é conduzida pelo diretor do grupo Associado em Fortaleza, o capixaba João Calmon, futuro senador da polêmica da Rede Globo e o grupo de mídia americano Time Life.

Em 1945 o jovem de 22 anos, José Mussoline Fernandes (1923 – 1997) já está agregado ao staff redacional e burocrático condutor do periódico somado ao condomínio famoso liderado pelo “O Jornal”, o cabeça da cadeia desde o final dos anos 20.

Somente em 1947 o impresso adquirido acrescenta o "de Natal" no cabeçalho, frontispício ou linha data da capa (primeira página).

Justamente no mesmo ano em que Mussoline Fernandes e o amazonense Luiz Maria Alves, diretor a partir dos anos 60 com a saída de Edilson Cid Varela para a mais nova cria de A. Chateaubriand, o "Correio Braziliense", na recém fundada capital federal, Brasília, em 1960.

Fernandes e Alves são os repórteres fotografados na recepção, no aeroporto de Parnamirim (distrito da capital potiguar), ator de cinema americano Tyrone Power, que acaba passando 48 horas no RN quando se destinava de férias ao continente africano.

Se as cinco reportagens (uma em agosto) da cobertura da estadia do astro de Hollywood não teve as assinaturas de nenhum dos dois, a essa altura, na primeira quinzena de setembro de 1947, Mussoline já assinava pelo menos por uma terceira vez uma coluna sobre filatelia (colecionismo). O título: "No Mundo dos Selos".

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