Hugo Manso assessora reitoria da UFRN em inquérito que acaba indiciando sem indicar “subversivos”
JOSÉ VANILSON JULIÃO
Nos primeiros 15 dias de fevereiro o major Hugo Manso
Maciel tem residência, na Rua Potengi (Petrópolis), visitada por um amigo do
alheio, e a polícia apreende com um preposto do larápio, em Ponta Negra, um
saco contendo um aparelho telefônico (prefixo 2890), dois cortes de tropical
inglês e uma máquina fotográfica.
E logo depois, após o golpe militar "antirrevolucionário" na virada de março
para abril de 1964, o futuro presidente do América, o major da Aeronáutica Hugo
Manso Maciel, aparece como assessor militar da reitoria da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte na apuração de “possíveis atividades subversivas de
estudantes latino-americanos matriculados nas diversas unidades” da instituição.
A comissão constituída em 4 de junho é composta por
Genário Alves da Fonseca (presidente), Antônio Pípolo e José Ildefonso Emerenciano
(membros), a partir de portarias baixadas (65, de 29 de maio e 70, de 3 de
junho), como recomendação do telegrama 149 (27 de maio) do Ministério da
Educação.
Segue o noticiário na imprensa (“Diário de Natal”,
segunda-feira, 27/7) sobre o assunto sem muitas novidades, com prorrogação do
inquérito, até a conclusão sem apurar culpabilidade de ninguém, mas indiciando
como “suspeitos” 32 alunos, 12 professores e dois funcionários.
De novo o nome do agora tenente-coronel Hugo Manso
Maciel some das páginas dos jornais e reaparece, novamente, em mais uma nota
social, desta feita pelo jornalista Paulo Macedo (terça-feira, 24/10/1968).
No segundo dia de dezembro de 1968 faz parte em
documento da comissão de representantes do Condomínio Edifício Canaçu, ao lado
de Felipe Neri da Trindade e Walter Araújo. Trata-se edital de convocação para
uma assembleia geral.
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