Pelé numa das primeiras imagens com a camisa do Santos Futebol Clube |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
Uma nota de duas linhas no jornal
carioca especializado é a fonte de uma gafe histórica
Pouco mais de um mês da chegada do adolescente Edson ao Santos e a menos de 30 dias
para completar 16 anos o “Jornal dos Sports” (quarta-feira, 12/9/1956)
publica curiosa nota envolvendo o apelido da novidade da Vila Belmiro.
Com o mesmo procedimento ocorrido com
o aparecimento do "Pelé" norte-rio-grandense na imprensa natalense
(agosto de 1951) o redator consulta várias vezes a fonte impressa para não ter
nenhuma margem de dúvida sobre a curiosidade.
O detalhe esquisito mesmo é a seção de “De Norte a Sul”
(página 10) informar que o São Paulo cede para a Ferroviária os jogadores
Tarcísio, Almeida e “Pelé”. Pelo resto do ano, em nenhuma edição, aparece novamente a alcunha do novato.
E o mais incrível:
a gafe acontece cinco dias depois do amistoso (7/9) Santos 7 x 1 Corinthians
(Santo André), no qual veste pela primeira vez a camisa branca do Peixe, a número
15, e marca um gol.
Provavelmente a confusa notinha aconteceu por causa de um “ruído” de
comunicação entre a fonte paulista e o receptor na redação do “JS”.
Naquele tempo, quando não era por telegrama, via agências noticiosas, o
telefone era o meio mais usado para transmissão de notícias de última hora.
Também é possível, pelo acúmulo do noticiário, o responsável pela coluna
não assinada ter demorado em publicar a novidade e se atrapalhou.
Afinal de contas o “Santos” bem que pode ter sido confundido com o “São”
do Tricolor paulista.
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