quarta-feira, 5 de junho de 2024

A bola brasileira no campeonato mundial de 1950

O time do Fluminense no Estádio Castelo Branco/João Machado (amistosos em Natal/1974) com Aluízio Menezes de Melo

JOSÉ VANILSON JULIÃO

SUPERBALL


A inovação do cronista Aluízio Menezes de Melo (torcedor do tricolor carioca) dá um tímido toque de modernidade no texto esportivo da imprensa potiguar. Com a menção da dona do espetáculo, o esférico, a redonda, agora com nome famoso.

“Os cinco atacantes corais estiveram soberbos. Gondim, Joãozinho, Chico, Amauri e Shelita. Formando um quinteto que fez “diabruras com a Superball”.

Foi o que escreveu no diário vespertino católico "A Ordem" (sexta-feira, 19/1/1951). Ao descrever o jogo Santa Cruz 5 x 2 Riachuelo. Ainda pelo campeonato estadual do ano anterior. O título foi tomado na marra ao tricolor potiguar pelo TJD.

“Saquinho (Rivaldo de Oliveira Paula), o meia coral, já havia, com leve toque de direita, enviado a Superball para o fundo da meta”. Também relatou Aluízio Menezes para o mesmo jornal (segunda-feira, 31/8/1953).

O gol do posterior atacante do América de Natal – com passagem pelo aspirante do Fluminense – resultou na vitória pela contagem mínima sobre o ABC (também pelo campeonato local).

A marca “Superball” é considerada a primeira bola de futebol fabricada no Brasil. Foi a fornecedora oficial da Copa do Mundo (1950).

Em um museu no Estado do Texas (Estados Unidos) há um exemplar da maior zebra da história: a vitória do selecionado norte-americano sobre (1 a 0) sobre o inglês. Na sub-sede do Recife.

Pelo segundo campeonato mundial em território nacional (2014) a imprensa lembrou o pioneirismo do empresário carioca Jaime Moreira Leite. Uma loja, com o nome da bola (não mais fabricada), sobrevive em Niterói. Com outros donos.

A Superball Duplo T possuía 12 gomos e inovou ao adotar o fim da costura aparente e o uso de uma câmera inflada, como as bolas atuais, com válvula de enchimento. A costura era interna e não havia mais a abertura e o cadarço.

Rivaldo de Oliveira Paula, o "Saquinho", na foto do América campeão potiguar, é o segundo em pé.


FONTES/IMAGENS

A Ordem

Diário de Natal

Diário de Pernambuco

O Globo

Blog No Ataque

Museu do Futebol

Acervo José Ribamar Cavalcante

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