As obras-primas da reportagem esportiva na coletânea lançada pelo experiente J. M. de Aquino |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
50 anos após a conquista da “Taça Almir Albuquerque” o leitor que tiver acesso ao diário “Tribuna do Norte”, edições da terça e quarta-feira (13 e 14/11/1973), poderá pensar que nada de importante acontece nestes dois dias referentes a história do América Futebol Clube.
A cobertura da TN
fala do jogo do alvirrubro contra o Fortaleza na noite da quarta, mas não
menciona nada, nem uma linha sequer, da entrega do troféu ao capitão
alvirrubro, o zagueiro gaúcho Luiz Carlos Scala.
Naquele tempo, e
testemunhei isso como ouvinte das resenhas esportivas de todas as cinco emissoras
de Natal, havia uma cobertura ranzinza do grupo de comunicação dos Alves contra
o time vermelho em favor do ABC.
A excelente
campanha americana na primeira participação no campeonato nacional, em substituição
ao ABC, punido com suspensão pela CBD, era fichinha para os modos da Rádio
Cabugi e TN em comparação a excursão caça-níquel alvinegra.
Rosaldo Aguiar |
O leitor norte-rio-grandense, da capital e interior, somente ficou sabendo da estadia do jornalista José Maria de Aquino – representante oficial da revista semanal PLACAR – pelo concorrente dos Associados, o “Diário de Natal”.
NO DN
O “Diário” gasta
tinta para citar o nome do J. M. de Aquino quatro vezes na cobertura da chegada
do tricolor cearense. “A solenidade de entrega será muito simples”, disse o repórter
da PLACAR na redação, salientando que a organização ficou com o correspondente
Rosaldo Aguiar.
Na noite anterior
ao jogo a diretoria americana ofereceu um coquetel ao representante da revista
semanal de circulação nacional com as presenças de muitos repórteres de rádio e
jornais locais, além da única estação de televisão, a estatal TV Universitária
(canal cinco).
O DN diz que José
Maria de Aquino agradeceu a homenagem e elogiou o desempenho do América e da
importância da conquista da “Taça”.
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