Outra entrevista sobre "MAIS QUERIDO" também confirma "furo" do blog

Durante sete décadas o alvinegro procurou definir desenho do uniforme para  padrão original  de listras verticais

Depois da entrevista a uma rádio, ao caderno “Viver” da “Tribuna do Norte”, a reportagem da jornalista Mirella Lopes, para o “Saiba Mais” (13/8/2024), é a terceira em que o escritor Adriano de Souza conta mais detalhes sobre o livro de mais de 100 anos de história do ABC Futebol Clube, agora com a exclusividade do site publicar três, uma  inédita de cinco dos  fundadores, das 200 imagens da obra de 420 páginas.

Imagens inéditas de cinco fundadores

“Tentei fugir do pitoresco, muito presente na escrita do futebol, de modo geral. Minha pretensão era fazer um livro diferente dos que a gente costuma ver sobre o tema que, mesmo quando conta a história de um clube, o faz de forma restrita, parcial... ‘foi fundado dia tal, numa reunião com fulano’... também tem essa mania de estatística dizendo que ganhou tantos campeonatos, teve artilheiros em tais anos, venceu tantos títulos... Eu não queria contar a história do ABC com base em recorte, mas por um fio cronológico até 2023.

A história não existe num vácuo, não é uma coisa estanque, desvinculada da história, daquele lugar e daquele tempo. O que acontece no clube reflete o que tá acontecendo lá fora, ou até produz, em parte, fora do âmbito do clube. A história do ABC não existe descolada da história da cidade, do estado. O livro tem essa pegada desde o começo.

A partir de 1915, quando surgem os primeiros clubes que, de fato, vão se manter como ABC e América, e com o surgimento de dois clubes de remo que ainda existem até hoje, que são o ‘Náutico’ e o ‘Esporte’ permitiu a organização da primeira Liga Desportiva e das primeiras competições, não só de futebol, mas também de remo, ciclismo, atletismo.

Não tem como contar a história do ABC sem falar do maior rival porque dessa rivalidade existente desde o começo foi fundamental para garantir a sobrevivência desses dois clubes e a institucionalização do futebol aqui, com a institucionalização da Liga, com a promoção dos primeiros campeonatos estaduais, com o intercâmbio com clubes, da Paraíba, Pernambuco e Ceará, os estados mais próximos.

A história do América está, também muito bem contada no livro com base nas memórias do escritor Esmeraldo Siqueira, que era irmão de dois dos fundadores do América. Ele conta o choque que tomou ao ver o primeiro jogo de futebol em Natal, quando tinha por volta de 7 ou 8 anos de idade.

Era a primeira partida organizada do ABC contra o Natal Futebol Clube (objeto de recentes reportagens do blog), um time que hoje não existe mais, e o ABC ganhou por 3 X 1, acho. Em seguida, veio o segundo jogo oficial do ABC, que foi contra o América, e que ganhou por 4 x 0...”

A partir dos anos 70 o ABC começou efetivamente a entrar em campo com desenho original da camisa