O goleiro do Alecrim com curioso apelido (IX)

Santos e selecionado alagoano entram em campo na inauguração do estádio de Maceió que leva o nome "Rei Pelé". O goleiro Antônio Lima, o "Cocorote", lá atrás, com a tradicional camisa de cor preta

“Cocorote” era conhecido da torcida alecrinense quando é contratado por um mês em 1971

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Na pré-temporada de 1970 o Alecrim realiza amistosos antes da estreia no campeonato estadual na primeira semana de março.

O alviverde passa pela cidade cearense de Aracati e em Fortaleza vence o Ferroviário (2 x 1) numa das primeiras partidas no Estádio Elzir Cabral.

Em seguida excursiona por Alagoas: 1 – 4 CSE em Palmeira dos Índios (domingo, 25/1) e na capital, Maceió, surpreende: 3 x 1 Clube de Regatas Brasil (terça-feira, 27/1).

Por último 1 x 3 ASA em Arapiraca (domingo, 1/2), 1 x 3 Botafogo/PB (quarta-feira, 4/2), 1 x 1 Treze (sexta-feira, 6/2), 4 x 1 América/RN (domingo, 22/2) e 1 – 3 ABC (quarta-feira, 25/2)

Por isso quando é contratado pelo Esmeraldino para a permanência de um mês, entre novembro e dezembro de 1971, o goleiro sergipano Antônio Lima já era conhecido pela torcida alecrinense.

Ainda em 1970 “Cocorote” entra na história do futebol pela participação na inauguração do Estádio Rei Pelé, localizado no Bairro do Trapiche, origem do apelido “Trapichão”.

Aumentativo comum para os estádios construídos na época, pelo tamanho, geralmente com capacidade acima de 50 mil espectadores, iniciado com a abertura do “Mineirão”, oficialmente Governador Magalhães Pinto, inaugurado em 1965 na capital Belo Horizonte.

É o arqueiro da seleção alagoana 0 x 5 Santos (25 de outubro). Jogo com o recorde de público ainda não batido: 45.865 torcedores. Marcam Douglas, Pelé (2) e Nenê (2). Todos os gols no primeiro tempo.

Para inaugurar os refletores (28 de outubro) Cruzeiro 1 x 0 Botafogo. Na preliminar: ASA 1 x 0 CSA, gol de Adeilton Pereira dos Anjos, com Rubens Cerqueira (Caximbau) como o primeiro árbitro alagoano a apitar no Trapichão.

“Cocorote” ainda defende o selecionado alagoano contra o Porto (Portugal): 1 x 1 (11 de novembro).

 

A maquete do estádio "Trapichão", apelido vindo do bairro em que está localizado na capital alagoana, cujo nome poderia ter sido Governador Lamenha Filho

FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Educação Alagoas

Globo Esporte

História de Alagoas

Museu dos Esportes

Súmulas Tchê