quarta-feira, 18 de junho de 2025

Exclusivo: os jogadores gêmeos do América/RN (V)

América: Dico, Josebias, Abel, Raminho, Jerônimo Felipe (Gerim), Severo, Pedro Dieb, Dedé, Wallace, Gilvandro e Gilvan Vieira

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Os irmãos gêmeos Paulo e Pedro Abraão Dieb, nascidos em 14 de junho de 1930, começaram juntos nos times de garotos e adolescente que disputavam torneios internos no América Futebol Clube.

Segundo o memorialista José Ribamar Cavalcante Pedro Dieb até faz parte do elenco bicampeão na categoria de aspirantes (1946/47).

O certo é que já faz parte do grupo titular ou principal na campanha do bicampeonato (1948/49) em duas decisões com o ABC.

Anda conquista mais dois títulos seguidos pelo alvirrubro (1951/52), sendo que o segundo da série sem a participação do alvinegro, licenciado por um ano.

O falecido jornalista esportivo Everaldo Lopes Cardoso, na coluna "Apito Final" ("Tribuna do Norte", 16/5/2008), em duas notas (“Os "turcos"), diz que Paulo foi bem menos ativo clube.

Levantamento inédito feito pelo repórter confirma a situação. São constatados no máximo três jogos de Paulo.

Já Pedro, entre 1947/55, atua 151 vezes com a camisa vermelha do grêmio da Rua Rodrigues Alves e faz 48 ou 49 gols, a confirmar a exatidão da artilharia.

Paulo falece em São Paulo, capital (9/7/2017). Pedro em João Pessoa, capital paraibana (26/11/2007). Informações exclusivas da sobrinha Ângela Dieb.

EXCLUSIVO: os jogadores gêmeos do América/RN (IV)

América no desfile que antecede a competição com jogo eliminatório na abertura da temporada no Estádio Juvenal Lamartine (1955): Castilho, Pedro Dieb, Wilton, Abel, Gilvan, Josebias, Gilvandro, Artêmio, Dico Gavião, Raminho e Osir.

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O comerciante Moisés Abraão Dieb é eleito presidente do rubro-negro Sport Clube de Natal em 1954. E assume a Federação de Pesca Amadora (fundada em junho de 1961).

Enquanto Pedro e Paulo Abraão, mais outro familiar, Jamil Pedro Dieb, aparecem como remadores do Centenário e tradicional agremiação do bairro da Ribeira.

E o primeiro até mesmo no rival das regatas, o alvinegro Centro Náutico Potengi, com sede na mesma Rua Chile, separadas apenas por uma edificação.

Os irmãos gêmeos Paulo e Pedro – além de se dedicarem ao futebol – também participam de provas náuticas no estuário do Rio Potengi.

Antes participam da primeira eliminatória da corrida de "São Silvestre", organizada pelo diário vespertino "A Ordem", com apoio do jornal paulistano "A Gazeta Esportiva".

E posteriormente da "Corrida da Fogueira" com a participação do jogador americano Pedro Humberto de Medeiros, então soldado do 16 RI (Regimento de Infantaria).

terça-feira, 17 de junho de 2025

EXCLUSIVO: os jogadores gêmeos do América/RN (III)


JOSÉ VANILSON JULIÃO

O casal Elias Salem Dieb/Celestina gera a seguinte prole: Maria Salem Duarte (1914 – 1978), Emílio Salem Dieb (13/6/1911 – 10/12/1960), Amélia Salem Fernandes (1917), Nazira Salem Luz (1917), Antonia Salem Silva (1922 – 2016) e Ana Salem de Miranda (1924 – 2016).

Martha (de Sá Leitão) Wanderley Salem (Açu, 29/8/2011 – Natal, 28/8/2009) casa com Emílio S. Dieb (12//12/1938). Passam a residir em Mossoró. Em 1947 o casal chega em Natal para morar na Ribeira.

“Numa bela casa ao lado da praça que hoje leva seu nome: Praça das Mães Professora Martha Salem. Morou também na Rua Princesa Isabel, Trairi, Rodrigues Alves, Coronel Estevam e Praça Marechal Deodoro” (Minervino Wanderley Neto, maio de 2013).

Mas o curioso é que no começo do primeiro quinquênio dos anos 30 já morava em Natal um representante do clã: José Elias Dieb.

Ele publica 32 anúncios para a venda de ponto comercial no bairro do Alecrim (Avenida Presidente Bandeira), no jornal diário vespertino “A Ordem” (junho/julho de 1936).

“Vende-se uma bem conhecida loja na Av. 2, começo da linha (bonde) de Lagoa Seca, sendo um ótimo ponto para qualquer negócio. O proprietário resolve vender por motivo superior.”

Na segunda metade da década de 30 (março de 1939) e início de 40 o futuro comerciante Moisés Abraão Dieb aparece em notas sociais de aniversário.

Como estudante do ATheneu, auxiliar de comércio na firma de Carlos B. Lamas (cônsul chileno fundador da Rádio Educadora de Natal (REN) em 1939 e depois Poti nos anos 40) e sargento do Exército.

Nos anos seguintes (a partir de 1954) é diretor da Federação Norte-rio-grandense de Futebol nas administrações de Fernando Nesi e João Cláudio de Vasconcelos Machado. E também presidente da Federação de Pesca Amadora no anos 60 começo de 70.

Casado com Cecy de Oliveira Dieb é o pai do vereador e arquiteto Sérgio de Oliveira Dieb, assassinado em 28 de outubro de 1995, crime alvo de pronunciamento do senador pernambucano Roberto Freire (PPS), em 4 de novembro do mesmo ano, no Senado.

 

FONTES/IMAGEM

A Ordem

Jornal de Natal

Blog do Flávio Marinho

Blog Fernando Caldas

Natal de Ontem

Senado Federal

EXCLUSIVO: os jogadores gêmeos do América/RN (II)

Elias Salem Dieb inicia o ramo
da região nordestina pelo
vizinho estado do Ceará

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Quando fiz a série de reportagens (outubro/novembro de 2023) sobre a origem dos Wanderley, a partir de um alemão durante a ocupação holandesa em Pernambuco (século XVII), já tinha tomado conhecimento do parentesco do jornalista Minervino Wanderley com o ramo Dieb originado do Oriente Médio (ou Próximo Oriente).

E recentemente ele põe em rede social uma rara imagem do avô paterno, Elias Salem Dieb, nascido em 1882, durante o domínio da região pelo Império Otomano (Turquia), e falecido em Fortaleza (10 de dezembro de 1949), de colapso.

Segundo duas reportagens da imprensa cearense o emigrante Elias Salem Dieb se fixa em Limoeiro do Norte, como agricultor e comerciante.

O pai Elias casa 33 anos com Celestina (1883 – 1949), ambos aos 33 anos. Geram os filhos Oliveira Maia, Emílio, Antônio, Ademir Fernandes, Carlos Silva, Nazira e Terezinha.

É no interior do vizinho estado que nasce o filho Emílio Salem Dieb (Redenção, 1916 – Natal, 1960), depois radicado temporariamente em Mossoró. Ele casa com Marta Wanderley em Açu (1938), a mãe de Minervino.

HOMENAGEM

Elias Salem Dieb é patrono de rua no Bairro Planalto Treze de Maio, Lei 192 (12/01/1981), sancionada pelo prefeito João Newton da Escóssia.

E também de uma escola municipal, na zona rural de Mossoró, no assentamento “Recanto da Esperança”, reinaugurada nas datas de 19/8/1999 e 20/3/2009.

 

FONTES/IMAGEM

Assú na Ponta da Língua

Blog do FM

Diário Oficial de Mossoró

O Povo

Family Search

Jornal de Fato

Prefeitura de Mossoró

Relembrando Mossoró

Senado Federal

Geraldo Maia

Álbum de Família (Minervino Wanderley)

segunda-feira, 16 de junho de 2025

EXCLUSIVO: os jogadores gêmeos do América/RN (I)

Pedro Abraão Dieb, o segundo na última fila, no elenco do Rio Grande do Norte convocado para o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais em 1954

Pedro Abraão Dieb (detalhe)

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O jornalista Minervino Wanderley, editor do site "Pense numa notícia", publica em rede social uma fotografia do avô paterno Elias Salem Dieb, e, por isso, logo me vem à memória nomes familiares e bem conhecidos da sociedade natalense.

Como o do professor de Fisiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e diretor do América/RN (1988/89), Marcelo Antonio Dieb Vieira, nascido em 1951, falecido aos 69 (sábado, 12/12/2020) por complicação do Covid.

E o vereador Sérgio de Olliveira Dieb, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), nascido em 23/6/1950, com ficha (1985) no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), como pertencente a cúpula do Partido Comunista do Brasil (PCB).

Com o detalhe de que ao menos outros três membros desta grande família de descendentes de emigrantes libaneses também estão inseridos na história do futebol do Rio Grande do Norte.

Dentro e fora de campo nos anos 40/50. Um deles como dirigente de clube e secretário da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF).

E mais dois como atletas na primeira eliminatória da corrida de "São Silvestre" em Natal (12 de dezembro de 1948) e como jogadores do América.

 

FONTES/IMAGENS

A Ordem

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Blog No Ataque

Morada da Memória

Portal da UFRN

Acervo José Ribamar Cavalcante

domingo, 15 de junho de 2025

Presente do blog para o aniversário do botafoguense

 

Arian faz aniversário na véspera da estreia do Botafogo no campeonato mundial de clubes nos EUA

Aniversário de botafoguense é assim: tem que ter o bolo confeitado com o desenho do escudo do "Glorioso".

O homenageado já uma figurinha carimbada no blog "Jornal da Grande Natal". Como amigo da família do redator, também torcedor do Botafogo de Futebol e Regatas, não poderia ser diferente.

Mais uma vez Arian Felix da Silva comemora idade nova, 87 primaveras, entre os familiares neste domingo.

Ao lado da esposa, dona Ana, as filhas, genros, noras, netos, e os filhos Arijoy (o flamenguista) e Arijório (este alvinegro com nome do antigo goleiro do clube da "estrela solitária" dos anos 60: Ari Jório).

Arian é botafoguense histórico na cidade de Cerro-Corá, a 190 quilômetros de Natal, sendo morada de uma legião de alvinegros. (José Vanilson Julião)

sábado, 14 de junho de 2025

Experiente jornalista recomenda biografia do treinador Yustrich (VIII)

Moisés está no meio do elenco Tricolor campeão do torneio municipal em 1938

Antônio Felipe Jorge

Jota Valdeci

Especial

Depois do meia oriundo do Botafogo, Martim Silveira, mais dois jogadores do futebol carioca são contratados pelo Boca Juniors.

Os zagueiros Moisés Alves do Río (Rio de Janeiro, 27/6/1913 – 18/5/2000) e Antônio Felipe “Bibi” Jorge (Rio de Janeiro, 11/2/1910 – 18/5/2000).

Moisés começa no Flamengo (63 jogos). Retorna ao Distrito Federal para o Fluminense (1937).

Felipe também inicia no rubro-negro (73 jogos). Com a chegada de Domingos da Guia ao clube “xeneize” retorna para o Rio.

Depois de passagens rápidas pelos argentinos Independiente de Avellaneda e Club Atlético Platense (região metropolitana de Buenos Aires).

Uma “figurinha” de “Bibi” na rede vale cem dólares (560 reais). Na capital argentina casa com a atriz Maria Esther Gamas, mãe da atriz e comediante Maria Rosa Fugazot.

 

FONTES/IMAGENS

Clarín

ESPN

Flaestatistica Flunomeno

La Historia do Boca Juniors

Página 12

Vision Azul y Oro

Experiente jornalista recomenda biografia do treinador Yustrich (VII)

Martim Silveira, campeão carioca em 1930 e 1932, é o terceiro em pé antes da fusão

Martim (circulado) na Copa de 1934

Gaúcho do Botafogo foi primeiro contratado pelo clube mais popular do futebol argentino

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O meia gaúcho Martim (José?) Mércio da Silveira (Bagé, 21/4/1911 – Rio de Janeiro, 26/5/1972) começa na juventude no “Anglo-Brasileiro”.

Passa ao Guarany da cidade natal (1929), Botafogo/RJ (1929/32 e 34/40 com 227 (ou 226) jogos e 20 gols) e Boca Juniors (com 31 jogos 1933).

Pelo selecionado nacional (27 jogos: sete oficiais e 21 amistosos com três gols) participa da Copa do Mundo (um jogo em 1934 e três jogos em 1938).

É escolhido “o crack absoluto” (8/4/1939) em consulta popular da revista “Globo Sportivo” e ganha de prêmio um automóvel “Hudson”.

Como primeiro brasileiro contratado pelo Boca estreia em 19/2/1933 (amistoso) com a primeira partida oficial (13/4) e a despedida em 12 de dezembro do mesmo ano.

Segundo o site “Phanteon” Silveira é o 2.324 jogador mais popular em consultas na Wikipedia em vários idiomas, o 477 no Brasil e o 238 do futebol brasileiro.

Martim Silveira no campeonato mundial na França (1938) posa atrás do goleiro Batatais do Fluminense


FONTES/IMAGENS

Folha de São Paulo

Globo Sportivo

Jornal do Brasil

Datafogo (Cláudio Falcão)

Federação Internacional de Estatísticas e História de Futebol

FIFA

La Historia de Boca Juniors

Mundo Botafogo (Ruy Moura)

Museu do Futebol

Música do Gol

O Gol

Palavra Acesa

Phanteon World

Terceiro Tempo

Wayback Machine (Internet Arrchive)

"Vermelho de Paixão" fora do ar de vez


Na segunda semana de abril (dia 11) do ano passado o mais acessado espaço midiático da rede, o preferido do torcedor americano, encerra as atividades com informações do e sobre o América Futebol Clube de Natal.

O anúncio havia sido feito pelo fundador, o servidor do Judiciário Sérgio Roberto de Araújo Fraiman. Desde então ainda se podia acessar para se tirar alguma dúvida ou rever reportagens e imagens antigas.

Mas a semana passada o "Vermelho" sumiu de vez da internet. O "VP" deixa órfão os pesquisadores como importante fonte de consulta. O redator, por precaução e atento, não tem do que reclamar.

Tem 1.600 páginas de "word" com 99 por cento das fichas técnicas e súmulas do América desde 1915 (claro que algumas necessitam de dados complementares).

Ainda no primeiro semestre de 2024 quem também encerrou as atividades foi "Tribuna Americana", de Kennedy Diniz.

Restando o terceiro blog com maior dedicação ao alvirrubro potiguar, o "Gente Americana" ou "Torcedor Alvirrubro Potiguar", de Osmar Ferreira de Souza.

O "Mecão Voz e Vez”, criado pelo doutor José Medeiros, continua sem novos comentários desde fevereiro do ano passado, quando embirrou com a Sociedade Anônima Futebol.

O "Vermelho" anunciou o encerramento perto de 28 milhões de visualizações. Estava no ar desde dezembro de 2008, ano em que o responsável deixou de se dedicar ao site oficial.

 

 

 

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Experiente jornalista recomenda biografia do treinador Yustrich (VI)

Elenco do Boca Juniors campeão argentino na temporada de 1934 O bi veio em 35

RELAÇÃO DOS BRASILEIROS DO BOCA JUNIORS DE BUENOS AIRES, CAPITAL ARGENTINA, POR ORDEM DE CHEGADA

JOGADORES

1) Martín Mercio Silveira, meio-campista, 1933, 28 jogos

2) Moisés Alves do Rio, lateral-direito, 1934/35, 38 jogos, um gol, dois títulos

3) Felipe Jorge (Bibi), lateral-esquerdo, 1934, 31 jogos, um título

4) Domingos da Guia, lateral-direito, 1935/37, 58 jogos, um título

5) Amalfi Yesso, Médio-esquerdo, 1948/49, 15 jogos, dois gols

6) Heleno de Freitas, centroavante, 1948, 17 jogos, sete gol

7) Edson Dos Santos, lateral-direito, 1960/63, 24 jogos, um título

8) Paulo Valentim, centroavante, 1960/65, 115 jogos, 71 gols, dois títulos

9) Orlando Peçanha Carvalho, zagueiro, 1961/65, 120 jogos, três títulos

10) Mauro Raphael (Maurinho), ponta-esquerda, 1961/62, dez jogos, um gol, um título

11) Almir Moraes Albuquerque, atacante, 1961/62, seis jogos, um gol, um título

12) Dino Sani, meio-campista, 1961, 14 jogos, quatro gols

13) Walter Da Silva, meio-campista, 1962/63, dois jogos, um título

14) Emanuelle Del Vecchio, centroavante, 1963, seis jogos, três gols

15) Ayres Moraes Albuquerque, ponta-direita, 1963/65, 26 jogos, três gols, dois títulos

16) Eduardo Teixeira Lima (Lima), ponta-esquerda, 1968, oito jogos

17) Heraldo Bezerra, ponta-esquerda, 1977, dois jogos

18) José Rodrigues Neto, lateral-direito ou lateral-esquerdo, 1982, onze jogos

19) Luís Tófoli (Gaúcho), centroavante, 1991, dois jogos

20) Fabián Figueiredo Santos (Charles), centroavante, 1992, cinco jogos, um título

21) Jorge Henrique Amaral de Castro (Jorginho Paulista), lateral-esquerdo, 2001, 15 jogos

22) Edílio Cardoso, ponta-direita, 2003, um jogo

23) Pedro Iarley Lima Dantas, atacante, 2003/04, 37 jogos, seis gols, dois títulos

TÉCNICOS

1) Vicente Ítalo Feola, 1961, 23 jogos (11 vitórias, cinco empates, sete derrotas)

2) Dino Sani, 1984, 16 partidas (sete vitórias, quatro empates e cinco derrotas)

Experiente jornalista recomenda biografia do treinador Yustrich (V)

Moisés Alves e Felipe "Bibi" Jorge: contemporâneos do goleiro J. E. Yustrich no Boca Juniors

A explicativa e longa reportagem do “Página 12” sobre brasileiros do Boca Juniors

“A contratação do Dermival Lima de Almeida, o “Baiano”, que o presidente do Boca, Mauricio Macri, anunciou com muito alarde, surpreendeu a todos.

Este lateral-direito que diz ter boa marcação e uma clara vontade de se projetar no ataque, bem como um bom soco para cobranças de falta, é um mistério para quem não o conhece e espera vê-lo em campo, demonstrando.

Quem o viu jogar ou mesmo o treinou, como o treinador do Real Madrid, Vanderlei Luxemburgo, não menos do que nas seleções do seu país, define-o como um jogador com estilo próprio.

“Baiano” será o 24º brasileiro a vestir a camisa do Boca desde que o meio-campista Martín Mercio Silveira inaugurou a lista em 1933.

Precisamente nos anos 30, em que o profissionalismo acabaria abalando a estrutura do futebol argentino, causando mudanças significativas.

Seriam quatro os brasileiros que ao longo década viriam ao Boca para triunfar. Silveira, 28 jogos, foi seguido por Moisés Alves do Rio, lateral-direito, que jogou entre 1934 e 1935 para conquistar dois títulos e marcar um gol em 38 jogos;

Felipe Jorge, lateral-esquerdo, que conquistou um título com 31 jogos disputados; e o mais significativo da década, Domingos Antônio da Guia, um zagueiro excepcional do Vasco da Gama, peça-chave da espinha dorsal do lembrado campeão do Boca de 35 e, como resultado da qualidade de jogo, figura absoluta entre os torcedores, apesar de ter disputado apenas 56 jogos.

Durante a década seguinte, em que o clube estabeleceria os objetivos na inauguração de seu estádio, que mais tarde se tornaria famoso por ser inexpugnável, havia apenas dois jogadores do Brasil: Heleno de Freitas, 7 gols em 17 jogos em 1948, e Amalfi Yesso, que jogaria 15 jogos entre 1948 e 1949 e marcaria dois gols.

Sem contratações daquele país durante os anos 50, onde a rivalidade entre as seleções, produto de admiração e poder, ia explodir até assumir as dimensões que hoje se conhecem, a década de 60 seria a da explosão mais significativa em termos de desembarque de brasileiros, com dez jogadores.

Entre os que se destacaram o atacante Paulo Valentim, autor de 71 gols em 115 jogos, dois títulos acumulados e a graça de ter marcado dez gols contra o River, o que lhe rendeu a estatura de ídolo; Orlando Peçanha Carvalho, capitão e zagueiro completo, titular da seleção brasileira, atuou em todas as posições de defesa entre 1961 e 1965, com 120 jogos e três títulos;

Dino Sani, meio-campista, que disputou 14 jogos em 1961, com quatro gols marcados, e acabaria dirigindo o Boca em 1984 em 16 jogos com sete vitórias, quatro empates e cinco derrotas.

Eles se juntam a Edson Dos Santos, 1960/63, sem gols em 24 jogos; Mauro Raphael (Maurinho), ponta-direita, dez jogos entre 1961 e 62, um gol;

Almir Moraes Albuquerque, 1961 e 62, seis jogos e um gol; Walter Da Silva, meio-campista central, jogou dois jogos entre 1962 e 63; Emanuelle Del Vecchio, centroavante, 1963, seis jogos, três gols; Ayres Moraes Albuquerque, zagueiro, meio-campista e ponta-direita, disputou 26 jogos e marcou três gols entre 1963 e 1965; Eduardo Teixeira Lima, ponta-esquerda, 1968, oito jogos.

Durante os anos 70 e 80 apenas dois chegaram para vestir a camisa azul e dourada: Heraldo Bezerra, ponta-esquerda, 1977, dois jogos, e José Rodrigues Neto, zagueiro que disputou 11 jogos em 1982.

Luís Tífoli, o “Gaúcho”, havia chegado em 1991 para substituir Gabriel Batistuta, que disputava a Copa América no Chile, e disputou apenas dois jogos;

o enigmático Fabián Figueiredo Santos, “Charles”, centroavante que se aproximou de Diego Maradona e foi considerado fenômeno. Mas nada disso aconteceu, cinco jogos e foi um verdadeiro fiasco.

Já sob o mandato de Macri, em 2001 o Boca voltou a importar brasileiros. O primeiro a chegar foi Jorginho Paulista, lateral-esquerdo, marcador de 2001, que disputou apenas 15 jogos e passou sem dor ou glória; Edilio Cardoso, um jovem ponta-direita, que em 2003 disputou um jogo, a vitória por 2 – 7 sobre o Central.

E, o mais lembrado pelos torcedores mais jovens, entre os quais despertou raiva e admiração, Pedro Iarley Lima Dantas, atacante, que disputou 37 jogos entre 2003 e 2004, conquistou dois títulos, campeão mundial e local, e foi o herói na vitória por 2 a 0 sobre o River no Monumental.”

Experiente jornalista recomenda biografia do treinador Yustrich (IV)

Juan Elias Yustrich com a esposa na capa da famosa revista argentina "El Gráfico"

Capa da biografia do "Yustrich" brasileiro
recomendada e com prefácio do
jornalista José Maria de Aquino

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Como a circulação do livro foi dirigida e distribuída grátis no lançamento e pós, na última semana de maio em Porto Alegre, é claro que não li a biografia do goleiro e treinador brasileiro Dorival Knippel, o "Yustrich", escrita pelo jornalista gaúcho José Luís Costa.

Mas por curiosidade resolvi verificar o que se tem da carreira do famoso e polêmico personagem em apanhado na rede e mais alguns detalhes do goleiro argentino Juan Elias Yustrich, pivô do apelido ganho pelo polêmico técnico alvo da obra inédita.

A relação do arqueiro Yustrich do Boca Juniors de Buenos Aires com jogadores brasileiros também se dá pela contemporaneidade dele com atletas cariocas do clube da camisa azul com a grande faixa diagonal amarela.

Inclusive o jornal da capital argentina “Página 12” (3/1/2005) atualiza a lista de 23 para 24 jogadores e treinadores brasileiros no Boca divulgada em 27 de dezembro do ano anterior pela versão em espanhol do site do canal esportivo “ESPN”.

O goleiro da popular agremiação do bairro de “La Boca” foi contemporâneo de um quarteto de defensores oriundos do futebol carioca entre 1932/1937.

Pela ordem: Martin Mercio Silveira (primeiro contratado em 1933), Moisés Alves do Río (o nome completo é assim mesmo) e Felipe Jorge (apelido “Bibi”), substituído pelo Domingos Antônio da Guia.

 

FONTES

El Gráfico

Sport Ilustrado

ESPN

História do Boca

Página 12