Consulta

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Falece Osmary, zagueiro do Ferroviário/RN e Centenário/Parelhas

Ferroviário: Domiciano, Toinho, Nenem, Erivan, Osmari, Floro (jogou no ABC e América), Carlinhos, Macaíba, Sebastião (depois Alecrim e ABC), Roberto Rufino Magalhães (médico aposentado na Fundação Sesp, atual Funasa, em Açu) e Babá (jogou no América no retorno do licenciamento em 1966 e hoje e pastor evangélico).

Osmary dos Santos Pinheiro, o "Barry"

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Quarta-feira 14/5: falece o antigo zagueiro do Ferroviário de Natal e do Centenário de Parelhas (interior do Rio Grande do Norte).

Pelo tricolor (vermelho, verde e branco) da capital potiguar entrou em campo com destaque nos campeonatos estaduais de 1964/65.

Depois de um rápido teste no Fluminense do Rio de Janeiro, entre agosto/setembro de 1965, passou ao Centenário parelhense e ser conhecido pela corruptela de “Barry”.

O auditor fiscal aposentado Osmary dos Santos Pinheiro, 82, era de Currais Novos. Filho de Oscar de Lima Pinheiro (30/10/1918 - 29/3/1971), amazonense de Barcelos, conhecido como "Oscar Flamengo".

Óbvio: Oscar era torcedor fanático do rubro-negro carioca. Veio aos 20 anos em Currais Novos para trabalhar na “Mesa de Rendas”, atual Coletoria Estadual.


Foi um dos principais desportistas locais, dirigindo times como o Currais Novos e o Brejuí Esporte Clube.

Foi administrador do Royal Cinema, instalou o primeiro serviço de autofalantes e publicou o jornal “A Voz do Seridó”

Fundou o Centro Esportivo Curraisnovense, instituição que deu origem ao Aero Clube. Foi vereador e secretário na administração do prefeito e médico Mariano Guimarães.

Deixou um dos grandes legados: o Estádio Cel. José Bezerra, obra que teve início por iniciativa dele.

Foi proprietário de bar e confeitaria, além de um bazar de variedades, e dirigiu o Tungstênio Hotel.

Foi a primeira pessoa a ser sepultada no recém construído Cemitério Público Nossa Senhora de Fátima.

É homenageado no bairro Manoel Tomaz de Araújo (Rua Vereador Oscar de Lima Pinheiro, ao lado do da Receita Federal), e no bairro Walfredo Galvão (IPE), a Oscar Flamengo.

 

FONTES/IMAGENS

A Ordem

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Documenta Currais Novos

João Bezerra Júnior (Currais Novos)

Portal do Curimataú

Terra da Xelita

Totoró, Berço de Currais Novos (Joabel R.)

Arquivo Público de Currais Novos

Acervo José Ribamar Cavalcante

Fotografias raras no futebol do clube centenário (VIII)

Og Pozzoli (1930 - 2017) e uma das preciosidades da coleção de carros antigos em São Paulo

Famoso colecionador de automóveis antigos colaborou com o licenciado Santa Cruz

JOSE VANILSON JULIÃO

No aniversário de 21 anos do Santa Cruz (7/11/1955) começa a construção da sede própria na praia do Meio, no entorno da Avenida Circular (Presidente Café Filho).

Era uma obra ousada para época. Inclusive com uma escola no previsto terceiro pavimento para as crianças da comunidade.

Além de apartamentos de veraneio para os sócios. Tudo isso com o apoio de duas centenas e meia de sócios-proprietários.

Entre eles os 12 jogadores dissidentes que saíram do rubro-negro Sport Club de Natal para fundar o tricolor coral Santa Cruz Esporte Clube.

E mais alguns atletas que chegaram depois, nos anos 40/50, assim como personalidades influentes na sociedade natalense da época.

Estes personagens estão na lista de ao menos duas centenas e meias de nomes divulgadas na reportagem de página inteira do então diário vespertino e depois semanário “O Poti” (domingo 6).

Como curiosidade da lista – detectada muito antes e somente agora divulgada pela oportunidade do assunto – está o nome de um dos maiores colecionadores de carros antigos do Brasil.

No caso Og Pozzoli (27/10/1930 – 17/11/2017), nascido em Itaboraí, no Estado do Rio, filho de um ator pernambucano, e com parte da criação na capital do Rio Grande do Norte.

Ele partiu de Natal em 1956 para São Paulo. Dirigindo um antigo automóvel ano 1937, o primeiro item ou exemplar automotivo colecionável de um total 170 ou 200 carros (fontes diversas).

Quem quiser saber mais basta digitar o nome no “Google” que aparecerá várias reportagens sobre o curioso personagem e o hobby de colecionador das máquinas de quatro rodas.

 

FONTES/IMAGEM

O Poti

Tribuna do Norte

Acelerando por aí...

Auto Esporte

Exame

Quatro Rodas

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Fotografias raras no futebol do clube centenário (VII)

Alberto Galvão de Moura (sentado) recebe título de cidadão pernambucano em março de 2008, um ano antes do desaparecimento, na Assembleia Legislativa, ladeado pelos familiares

Sebastião Ribeiro Rufino

A mini biografia do antigo jogador do Sport Club de Natal e do Santa Cruz Esporte e Cultura lida em plenário pelo deputado estadual Sebastião Ribeiro Rufino (ex-árbitro de futebol) como justificativa para o projeto de lei concedendo cidadania pernambucana ao potiguar Alberto Galvão de Moura.

“Alberto Galvão de Moura durante sua juventude revelou seu talento artístico no teatro e, sendo um dos fundadores do Centro Estudantil Potiguar, onde como diretor artístico, foi organizador de diversas atividades no Teatro Carlos Gomes, atual Teatro Alberto Maranhão, em Natal.

Chegou ao Recife em setembro de 1939. No ano seguinte no Teatro Santa Isabel, participou da peça "Noite de Estrelas", dirigida pelo saudoso Valdemar de Oliveira e em 1942 estreou no Teatro de Amadores de Pernambuco – TAP, na peça Canção da Felicidade, também sob a direção de Valdemar de Oliveira.

Outra grande paixão é os esportes. Quando jovem, além do remo e do tênis, o futebol era o esporte de sua preferência. Em Natal, no ano de 1934 ajudou a fundar o Santa Cruz Esporte e Cultura cujo o lema era "Esporte pela Pátria Unida" no qual participou como jogador, tesoureiro, presidente e sócio proprietário.

Na Capital Pernambucana, integrou-se ao Sport Club do Recife, como diretor de futebol profissional, desenvolveu uma trajetória de realizações plenamente vitoriosas, quando o clube conquistou vários Campeonatos Estaduais e do Norte-Nordeste.

No biênio de 1963/1964 foi vice-presidente do Sport Clube do Recife, tendo participado do Conselho Deliberativo do clube em várias gestões. Integrou o Conselho Arbitral, participando da gestão que edificou o Palácio dos Esportes Rubem Moreira, sede da Federação Pernambucana de Futebol, sita à Rua Dom Bosco, Boa Vista - Recife.

Em 1972 em reconhecimento aos serviços prestados ao Futebol Pernambucano recebeu o Título Benemérito da FPF – Federação Pernambucana de Futebol.

No âmbito profissional, além de outras atividades desenvolvidas, exerceu o cargo de auditor na SUDENE – Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, sendo transferido para o cargo de contador na SUVALE – Superintendência do Vale do São Francisco, em 1970.

Em 1979 foi Assessor da Supervisão Regional em várias empresas do Grupo Diários Associados e em 1980 assumiu o cargo de Chefe de Divisão no extinto BANDEPE e, posteriormente, diretor financeiro do BANDEPREV.

Em 1986 retornou à CODEVASF como auditor e após relevantes serviços prestados ao Estado de Pernambuco, aposentou-se em 1990. Agora em março (4/3/2008) Alberto Galvão Moura, completa 90 anos de idade, dos quais 69 anos de sua vida dedicados ao Estado de Pernambuco.”

Fotografias raras no futebol do clube centenário (VI)

Delegação do Sport Club Recife no Torneio de Nova York (1963). José Ramos (massagista), Valter, Laxixa, Tomires, Fioti, Bentancor, Adelmo, Baixa, José Mariano Carneiro Pessoa, o "Palmeira" (técnico), Nenzinho, Djalma Freitas, Adonias Moura (jornalista), Alemão, Garrinchinha, Leduar, Alberto Galvão de Moura (o quarto sentado), Antônio Palmeira (dirigente), Abílio, Dirceu, Juths (Paulista. Foi treinador do Alecrim) e Fescina

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Considerações sobre os jogadores dissidentes do rubro-negro Sport Club de Natal (surgido em 1915 com foco no remo), que fundaram o tricolor coral Santa Cruz natalense, o segundo com este nome após o Santa Cruz Football Club, surgido em 1924, conforme informação do pesquisador Arthur Pierre dos Santos Medeiros, autor de uma excelente plaqueta lançada recentemente sobre o futebol potiguar entre os anos 1915/30.

O leitor casual ou fiel do blog pode se lembrar dos nomes de alguns dos 12 atletas sócios-fundadores listados pelo jornal diário vespertino “O Poti” e mencionados em artigo do cronista esportivo Aluízio Menezes de Melo na mesma edição (domingo, 6/11/1955).

O pernambucano Aristófanes da Trindade (1918 – 1997) trabalhava como gerente de uma firma em Natal quando participa da fundação tricolor da capital potiguar. Recentemente ele foi figurinha carimbada numa série de reportagens (fevereiro/março) sobre o Santa Cruz do Recife, como presidente da delegação na chamada “excursão da morte” pelo Norte-Nordeste, iniciada em janeiro de 1943 em amistoso contra o América do Rio Grande do Norte.

O Norte-rio-grandense Alberto Galvão de Moura (7/3/1918 – 25/8/2009), economista, saiu de Natal em 1939, fixa-se na capital pernambucana e nos anos seguintes se torna um dos mais importantes dirigentes, diretor e conselheiro do Sport Club Recife.

Dos atletas mencionados na histórica crônica de Aluízio Menezes, em três colunas de jornal, o que a levou a ser concluída em outra página do impresso, um dos mais conhecidos é Waldemar Matias de Araújo, que, para quem não sabe ou prestou atenção, cinco anos depois da fundação do Santa Cruz, está envolvido com o surgimento do “Diário de Natal”, repassado no segundo quinquênio da década de 40 para os Diários Associados do jornalista paraibano Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.

Leônidas Bonifácio, outro citado, era da equipe de regatas e como atleta exemplar depois de sair do Sport Club de Natal, passar pelo Santa Cruz, fez sucesso como defensor do América de Natal. Reinaldo Praça dispensa maiores comentários pela longevidade no ABC e América deste os anos 20.

Da equipe do Sport que enfrentou o ABC (30/9/1934), e perde por 1 x 2, entram em campo, seguramente, Leônidas Bonifácio, Waldemar Araújo, Geraldo Magela de Vasconcelos, Ponciano Damasceno, Reinaldo Praça e Alberto Galvão de Moura.

Fotografias raras no futebol do clube centenário (V)

Já veteranos a legenda da imagem do River Plate natalense com alguns dos jogadores que saíram do Sport Club de Natal para fundarem o tricolor coral Santa Cruz, licenciado em 1967

“Um pouco da história do grêmio das três cores”

Aluízio Menezes de Melo

O POTI (domingo, 6/11/1955)

... Estamos nos primeiros dias de novembro de 1934. Um grupo de rapazes, radicados ao Sport Club de Natal, naquela época possuidor de respeitável equipe de futebol – seguindo o exemplo de outra plêiade de jovens que deixara o Fluminense para criar o departamento de futebol no Flamengo –, idealizou a fundação de uma nova agremiação esportiva, para fazer parte da Associação Riograndense de Atletismo (ARA).

Eram eles: Alberto Galvão de Moura, Waldemar Matias de Araújo, Antônio Fernandes Filho, Álvaro Mesquita Açucena, Aristófanes da Trindade, Francisco das Chagas Carvalho, Geraldo Magela de Vasconcelos, José Peixoto, Leônidas Bonifácio, Ponciano Damasceno, Reinaldo Praça e Reinaldo José Iglesias (os relacionados como sócios-fundadores na reportagem especial de página inteira do segundo jornal da cadeia dos Associados na capital do Rio Grande do Norte).

Acertadas as providências surgia no dia 7 de novembro daquele ano o Santa Cruz Futebol (Esporte?) Clube, em cuja equipe militavam muitos dos elementos citados. De início, como era natural, tudo correu bem. Alguns insucessos por pouco não quebraram o entusiasmo da rapaziada...

... Sempre que o Santa Cruz ia jogar lá estavam envergando o vistoso uniforme coral: Chagas, um goleiro elegante, cavalheiro e espetacular; Waldemar, um zagueiro que sempre crescia de produção no segundo tempo; Antônio Fernandes, ponta-esquerda perigoso possuidor de respeitável petardo; Magela, jogador cerebral somente igualado pelo mano “Piolho”; Ponciano, craque de jogadas eletrizantes; além de Leônidas e do velho Praça...

Fotografias raras no futebol do clube centenário (IV)

Imagem da lápide no túmulo do antigo atleta
do ABC, América, Sport Club de Natal e Santa
Cruz Esporte e Culura/Acervo Chico Potengi

Prestem atenção aos nomes dos dirigentes do Santa Cruz Esporte e Cultura. Uma parte deles está na lista dos fundadores do tricolor como dissidentes do rubro-negro Sport Club de Natal.

E a maioria podem ser os personagens das duas fotografias raras publicadas nas duas primeiras reportagens desta, mais uma, série inédita.

Assunto a ser dissecado na próxima postagem com o mencionado artigo do cronista esportivo Aluízio Menezes de Melo. (JVJ)

Com uma página completa dedicada ao aniversário de 21 anos (7/11) do licenciado Santa Cruz Esporte e Cultura o então diário vespertino e depois semanário “O Poti” (domingo, 6/11/1955) relaciona os principais dirigentes do tricolor na época: diretoria efetiva, diretores auxiliares e sócios fundadores:

Evaldo Maia (presidente), José Pires de Oliveira (primeiro vice-presidente), Marcelo Carvalho (segundo vice-presidente), Alberone Fernandes (diretor-secretário), Hênio Melo (primeiro-secretário), Paulo Viveiros (orador oficial), José Fernandes Martins (diretor-tesoureiro), Geraldo Cabral (primeiro-tesoureiro, Wilson Oliveira (diretor-social), Og Pozzoli (diretor de festas), Amaury Fernandes (diretor-jurídico), Waldemar de Araújo (diretor de propaganda), Euclides Lira (superintendente técnico de atividades amadoras), Lázaro Cabral (diretor de esportes), Aluízio Menezes de Melo (diretor de futebol), Oscar Nogueira (diretor de basquetebol), Raimundo Q. Costa (diretor de voleibol) e Arialdo Pinho (diretor de patrimônio).

Diretores auxiliares: Pedro Paulo Bezerra, José Wilson Lins Caldas, Antônio José Damasceno Lucas, Luiz Carlos Abbott Galvão, Geraldo Lira, João Barreto de Medeiros e Alinio Azevedo.

Os 12 sócios-fundadores: Alberto Galvão Moura, Waldemar Araújo, Antônio Fernandes Filho, Álvaro Mesquita Açucena, Aristófanes da Trindade, Francisco das Chagas Carvalho, Geraldo Magela de Vasconcelos, José Peixoto, Leônidas Bonifácio, Ponciano Damasceno, Reinaldo Praça e Reinaldo José Iglesias.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Fotografias raras do futebol no clube centenário (III)

Tricolor deu trabalho ao ABC e América. Com o alvirrubro fez a final e conquistou o único campeonato com o elenco principal em 1943, quando vence por 2 a 1 no "Juvenal Lamartine"

Arte do site "História do Futebol" com escudo
e uniformes baseados na fotografia acima

Fundação do antigo Santa Cruz é a pista para a identificação dos jogadores do Sport Club de Natal

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Na véspera do aniversário de 21 anos do licenciado eterno (1967) Santa Cruz Esporte e Cultura o então diário vespertino e depois semanário “O Poti” (domingo, 6/11/1955), surgido em julho do ano anterior, publica uma página inteira com reportagens dedicadas ao tricolor.

As reportagens da página três é encimada com o título “Santa Cruz: Uma potencia que surge no esporte potiguar”. São disponibilizados no centro do “espelho” o artigo “UM POUCO DA HISTÓRIA DO GRÊMIO DAS TRÊS CORES”.

O texto do cronista esportivo e Bacharel em Direito Aluízio Menezes de Melo (diretor de futebol) é ladeado a esquerda por um “box” sobre a madrinha do clube, Zenóbia Fernandes Colares Moreira, que participara, recentemente, do concurso Miss Brasil.

E abaixo quadro da diretoria com relação dos 18 membros efetivos, incluindo, ainda, sete diretores auxiliares e 12 sócios-fundadores (as duas excelentes pistas para indicar quem são os antigos jogadores que participaram da fundação do tricolor pelos dissidentes do Sport Club de Natal).

A direita uma fotografia com a legenda ‘FACHADA PRINCIPAL DO MAGESTOSO EDIFICIO-SEDE que o Santa Cruz Futebol Clube está construindo na aprazível praia de Petrópolis. Projeto do arquiteto Arialdo Pinto”.

Ainda a relação dos nomes de dezenas de sócios-proprietários, uma foto com andamento da obra da sede, mais três quadros com a programação da festa de aniversário e duas leis municipais, uma reconhecendo o clube de utilidade pública e outra com a doação do terreno.

O artigo de Aluízio Menezes de Melo no segundo jornal da cadeia Associada na capital do Rio Grande do Norte traça um histórico do Santa Cruz, fundado com inspiração nas cores e no nome do similar mais antigo do Recife, a capital pernambucana.

 

FONTES/IMAGENS

O Poti

História do Futebol

 

Fotografias raras do futebol no clube centenário (II)

Outra raríssima do Sport Club de Natal no "Juvenal Lamartine" nos anos 30

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O rubro-negro Sport Club de Natal – cores e nome inspirados no Sport Club Recife – é fundado em novembro de 1915.

Dias após o rival e alvinegro Centro Náutico Potengi (ambos são dedicados exclusivamente ao remo e as regatas).

Com a consolidação do futebol na segunda metade dos anos 20 a agremiação vermelha e preta também resolve participar do esporte com bola (1927/1935).

Na temporada de 1934 jogadores dissidentes do clube fundam no segundo semestre o tricolor Santa Cruz (licenciado em 1967). Por temporada o desempenho do Sport no futebol (abaixo).

Da penúltima temporada a escalação de um jogo pode auxiliar o pesquisador Carlos Magno Oliveira a identificar os jogadores da foto publicada anteriormente (veja a súmula abaixo).

E também a que ilustra esta recente reportagem (pertencente ao acervo João Gothardo Dantas Emerenciano).

 

FICHA TÉCNICA

ABC 2 x 1 Sport

Data: 30/9/1934

Gols: Augusto, Mundico e Simão

Árbitro: Renato Teixeira de Moura (Neném)

ABC: Nunes, Dorcelino, Nezinho, Elias, Mário, Adalberto, Oscar, Paulino, Simão, Xixico e Augusto

Sport: Nené, Leônidas, Valdemar (Ponciano), Duda, Praça, Geraldo, Piri (Alberto), Rivadávia, Toseli, Nunes e Mundico

 

ANO A ANO*

1927: seis jogos (uma vitória, um empate e quatro derrotas)

1928: cinco jogos (cinco derrotas)

1929: dois jogos (um empate e uma derrota)

1930: sete empates (três vitórias e quatro derrotas)

1931: três jogos (uma vitória, um empate e uma derrota)

1932: quatro jogos (uma vitória, um empate e duas derrotas)

1934: cinco jogos (três vitórias e duas derrotas)

 

*Os campeonatos de 1928/29 foram inconclusos. Em 1933 o Sport abandona a competição depois de conquistar o torneio inicio. Não chega nem a entrar em campo em outubro.

 

FONTES

Datatrindade (Marcos Avelino Trindade)

Federação Internacional de Estatísticas de Futebol

Arthur Pierre dos Santos Medeiros – “O Futebol no Rio Grande do Norte (1915 – 1930)” – 2025 (plaqueta do autor)

Fotografias raras do futebol no clube centenário (I)

Imagem rara do Sport Club de Natal. O goleiro provavelmente é Nenê (Domicio Gomes das Neves), que passou pelo América, ABC, Fluminense do Rio de Janeiro e Clube Atlético Potiguar já bem veterano nos anos 50

Agremiação do remo e regatas completa 115 anos e o rival Centro Náutico Potengi no segundo semestre

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O rubro-negro Sport Club de Natal é campeão do torneio início em decisão com o ABC (1 x 0) em 1933.

O placar da competição de abertura da temporada oficial é a principal e única informação da legenda da imagem.

Pelo menos para os pesquisadores ter um ponto de partida. O pesquisador, radialista e blogueiro Marcos Avelino Trindade, um dos principais do Rio Grande do Norte, tem um levantamento do torneio início.

Entretanto o angicano Marcos Trindade, com passagens pelas rádios Rural, Poti e “Diário de Natal”, somente declina sem as datas da conquista do único título do Sport  no futebol potiguar, exatamente na capital.

Recentemente o pesquisador e escritor Carlos Magno Oliveira – envolvido com o Sport e também com o ABC – publicou em rede social a mencionada fotografia com os 11 jogadores do campeões do torneio início.

Como bom curioso perguntei pela escalação e ele me disse que estava levantando a identificação dos atletas, inclusive de ao menos dois mossoroenses, que o redator suspeita serem Cesário e Glicério de Souza.

Tenho conhecimento que Césário militou no futebol natalense até meados dos anos 40 em outros clubes, como o Paissandu, considerado a filial do ABC do diretor Vicente Farache Neto. Cesário e Glicério foram do elenco campeão pelo América em 1931.

Outra imagem, também do primeiro quinquênio dos anos 30, foi disponibilizada em rede social pelo ativista cultural, pesquisador e colecionador de fotos raras, João Gothardo Dantas Emerenciano, responsável pela famosa página “Natal não há tal”.

 

FONTES/IMAGENS

A Ordem

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Confederação Brasileira de Remo

Da Bola de Pito ao Apito Final

Esporte Amador

Os Esportes em Natal

Sport Club de Natal

Carlos Magno Oliveira

João Gothardo Dantas Emerenciano

Marcos Avelino Trindade

domingo, 11 de maio de 2025

Natal x Mossoró decidem vagas na Taça Brasil (VII)

Baraúnas (primeiro campeão no “Leonardo Nogueira”): Bosco, Jonas, Valnei, Orlando, Doca, Panam, Batista, Plínio e Lupercio/Fonte: J. Maria

América vence o Baraúnas duas vezes em mais uma competição “inventada” pelos dirigentes

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O “Diário de Natal” comeu bolo para a “Tribuna do Norte” e dá o troco nas primeiras notas sobre nova eliminatória caça-níquel entre outro campeão mossoroense e um diferente campeão potiguar, o América, pela primeira vez em 1967, desde o retorno do licenciamento na temporada anterior.

O jornal da cadeia associada no Rio Grande do Norte até se engana na primeira publicação (terça-feira, 16/7/1968) com advertência na cabeça e título da diminuta reportagem: – Não “colou” a nova bossa dos clubes; Melhor de três com o Baraúnas não sairá por falta de datas.

Entretanto na edição da sexta-feira (19/7) veio a confirmação de mais uma assembleia geral entre clubes: - América vai a Mossoró, mas melhor de três é piada.

Mas pelo menos desta vez se resume apenas as duas partidas. O alvirrubro vence no “Manoel Leonardo Nogueira”, 1 – 0 (domingo, 21/7), e “Juvenal Lamartine”: 3 – 0 Baraúnas (domingo, 28).

Bem diferente do Potiguar, o alvirrubro mossoroense, que surpreende e empata três vezes seguidas com o ABC, com os últimos jogos em Natal.

sábado, 10 de maio de 2025

Natal x Mossoró decidem vagas na Taça Brasil (VI)

De novo no "Juvenal Lamartine" somente uma iluminação mais potente implantada pela FND

Na mesma data (sábado, 1/7/1967) da publicação da catilinária do jornalista Everaldo Lopes Cardoso no “Diário de Natal”, posterior ao terceiro empate entre ABC e Potiguar (quinta-feira, 29/6), o segundo seguido no Estádio Juvenal Lamartine, o semanário católico “A Ordem” critica em artigo não assinado a série de partidas entre o campeão potiguar do ano anterior e o campeão municipal mossoroense.

“A tacinha encerrada”

- Finalmente terminou a disputa entre o ABC de Natal e o Potiguar de Mossoró, que nada mais foi do que uma espécie clássica de caça-níquel.

Os homens reconheceram que três partidas era suficientes e quando os clubes partiriam para o quarto jogo eis que surge a verdade: Potiguar não pode participar da Taça Brasil.

Para nós, os jogos amistosos para aliviar apertos financeiros de quanto o são lícitos, embora retardando ou antecipando partidas do campeonato, o que não é certo.

O que não está certo também, é o que condenamos, é engano a boa-fé do torcedor, responsável pela sobrevivência do bom ou ruim futebol que praticamos.

Não entendemos, por outro lado, as razões pelas quais os dirigentes da FND e da Liga mossoroense “invocaram” a participação do Potiguar na Taça Brasil, quando se sabe que o clube mossoroense não pertence a Federação, não é profissional e não tem, enfim, condições para participar de competições da CBD.

Quando a imprensa bradou, e alguns de nossos cronistas chegaram a denunciar como burla clara ao torcedor, alguns se melindraram até a desmenti-los. A manobra e a história terminou, embora continue a interrogação sobre a quem a culpa: aos abecedistas, FND os aos dirigentes do Potiguar?

Achamos que a ideia de anunciar que o Potiguar entregaria os pontos fazendo substituições contra o que manda da Regra III, também não chega a impressionar, pois desde o primeiro cotejo, ou antes dele, já abecedistas declaravam que levariam a melhor no Tribunal...

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Natal x Mossoró decidem vagas na Taça Brasil (V)

Everaldo L. Cardoso: o repórter

A Imprensa critica a série de três jogos envolvendo ABC e Potiguar/Mossoró. O “Diário de Natal” não circula na sexta-feira seguinte a terceira partida (quinta-feira, 29/6/1967), mas no sábado (1/7) o repórter esportivo Everaldo Lopes Cardoso desce a lenha com o artigo seguinte:

“Pobrezinhos, inocentes...”

- É a vez da FND mandar mimeografar a Lei da Transferência e enviar para os dirigentes da Liga de Mossoró e seus filiados.

Lá, eles desconhecem que o amador, se não tiver liberatório à mão e não desejar ser profissional terá que cumprir um estágio de um ano.

Salvo, com variações, o que não vai o caso.

Mas, desconhecendo (será mesmo?) a famigerada Lei de Transferência, que deve ser a cartilha de qualquer diretor de clube, o Potiguar “contratou” três jogadores do Ferroviário e os lançou contra o ABC.

Na hora da reunião do Conselho Arbitral, teria afirmado que um jornal do Ceará anunciara a extinção pura e simples do estágio para amador (sic). Por isso, inocentemente, lançara mão dos três jogadores.

Com isso, os empates com o ABC eram dois pontinhos perdidos para o Potiguar, que estava irregular.

E a FND, por ventura, não teria advertido o campeão mossoroense? Teria feito vista grossa? É coautora do golpe da TACINHA BRASIL, ou Tacinha Rio Grande do Norte, pois sabia da irregularidade e permitira a sua repetição, inclusive da barbaridade das duas substituições numa peleja até então encarada como oficial.

É de crer-se que os clubes, que apoiaram essa preliminar da Taça Brasil, voltem atrás e desfaçam tudo.

Em matéria de comédia foi pior do que um João redondo barato.