Consulta

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Identificação total dos potiguares da seleção de Quixadá

Aluízio Pinheiro Leite, penúltimo em pé, foi suspenso junto com o companheiro
Francisco Xavier de Lima, o Chicão, durante o campeonato infantil de 1957

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A publicação da notícia dias após a conquista do torneio intermunicipal cearense foi o estopim para a identificação por completo dos nomes dos dois jogadores natalenses do selecionado de Quixadá.

O jogo Quixadá 3 X 1 Beberibe acontece dia 12 de janeiro de 1964 e o Diário de Natal informa na edição do dia 21 do mesmo mês as participações do goleiro Biro e do zagueiro Chicão, respectivamente oriundos do Clube Atlético Potiguar e do ABC.

Em pesquisas anteriores destinadas a outra série inédita já havia sido levantado que o arqueiro atleticano vice-campeão estadual de 1961 (reveza com Jarian: guardem este nome. O leitor lerá muito sobre ele) chama-se Severino Alves.

Mas foram novas consultas para esta sequência atual que identifica totalmente a grafia da certidão de batismo: Severino Alves Carvalho, atualmente convertido ao protestantismo (informação exclusiva do jornalista José Claudino Leite Filho).

Quanto ao lateral do aspirante alvinegro é a primeira vez que tem o nome completo anunciado, fruto da principal fonte, o vídeo do radialista Amadeu Filho com a relação de todos os atletas envolvidos na conquista da Copa do Sertão (1963).

Como já divulgado Francisco Xavier de Lima. Do qual somente se sabia, até então, o nome. O repórter encontra, posteriormente, no extinto jornal da cadeia Associada da capital potiguar uma informação importante.

Numa edição de 10/4/1957 consta o nome de Francisco Xavier de Lima como integrante da pauta do Tribunal de Justiça Desportiva, conforme expediente oficial assinado pelo presidente da Federação Norte-rio-grandense de futebol, Humberto Nesi.

É o dirigente que assina ato 42/57 suspendendo por uma partida o atleta infantil Francisco Xavier de Lima, assim como os companheiros Aluísio Pinheiro Leite (o depois massagista), Damião Alves e Aderbal Barros de Medeiros.

Na mesma decisão são punidos os atletas infantis do tricolor Santa Cruz Esporte Clube Cláudio Eduardo Pinto de Freitas e William Silva. Enquanto é suspenso por 20 dias o abecedista Garibaldi Carvalho Barreto.

Tudo por conta de incidentes numa partida do dia 6 de abril. No mesmo expediente a presidência da FNF determina os tramites legais para a decisão do campeonato juvenil da temporada anterior, entre o Santa Cruz e ABC, vencedores do turno e returno, dia 13.

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Definidos grupos do América/RN e QFC na Copinha

Com gol do lateral-direito Elias o América venceu o QFC e conquistou o Campeonato Potiguar Sub-20 na Arena das Dunas

Jota Valdeci

Especial

A Federação Paulista de Futebol divulgou nesta terça-feira os 32 grupos da 56ª Copa São Paulo Futebol Júnior.

O tradicional torneio começa dia 2 de janeiro e será disputado por 128 equipes, divididas em chaves com quatro times cada.

Os dois melhores de cada chave avançam e, daí em diante, os confrontos são no formato “mata-mata”.

A final será no Estádio Paulo Machado de Carvalho, no bairro de Pacaembu, em 25 de janeiro, aniversário da capital paulistana.

 

Grupo 3 (Tanabi)

Tanabi-SP

Goiás

América-RN

Sobradinho-DF

 

Grupo 29 (Osasco)

Audax-SP

Atlético-MG

União-MT

QFC-RN

 

O "Dengoso" treinador do Quixadá FC?

O penúltimo, agachado, o potiguar João Tavares de Morais, "Tidão", recentemente falecido com mais de 90 anos

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Três situações chamaram a atenção do repórter no recorte de um jornal de Fortaleza, sobre os antecedentes e preparativos do Quixadá FC para a primeira participação na elite do campeonato cearense (1968), pelo acesso com o título da segunda divisão no ano anterior.

Primeiro: dirigente Raimundo Souza de Oliveira declina o nome do treinador Manoel Conrado do Nascimento (Aracaju/SE, 15/7/1923 – Fortaleza/CE, 2011), o "Dengoso", antigo jogador, sequencialmente (entre 1946/1952), do Santa Cruz/PE, Paysandu (Belém do Pará), Moto Clube (São Luís/MA), Sport Recife e Auto Esporte (João Pessoa/PB).

Mas quem assumiu mesmo a direção técnica foi o tenente da Aeronáutica Osvaldo Heleno Nazardo, que havia treinado o Ferroviário em 1961 e dez anos depois comanda o Calouros do Ar na beira do gramado. Mas não demora muito, cai no final de março diante de uma sequência de derrotas.

Segundo: a base do elenco, de acordo com a escalação do time titular na fotografia, com oito jogadores do selecionado de Quixadá campeão do torneio intermunicipal ("Copa do Sertão") em 1963 e decidido em janeiro do ano seguinte: Mariano, Albano, Arara, Mafia (goleiro), Vicentinho, Perpétuo Correia Lima, Zé Leônidas e Amaury.

Terceiro: o diretor do estreante explica os amistosos contra seis clubes da capital cearense com vitórias frente o Nacional (o time da rapaziada dos Correios), Calouros do Ar (a equipe da Base Aérea), Gentilândia, América (2 x 1) e o Ceará (1 x 0).

A única derrota para o Fortaleza (pela contagem mínima), mas como Seleção de Quixadá, dia 8 de dezembro de 1963, um mês e dias antes da decisão da competição intermunicipal contra o selecionado de Beberibe (12 de janeiro de 1964), conforme o site Futebol 80.

Esquisito: o jogo contra o “Vovô” não consta na mesma fonte da internet. Algum ruído na coleta de dados ocorreu desde lá!

 

MOTO: João Mouchrek (diretor), Rui, Merci, Gegeca, Pinheirense, Carapuça, Mourãozinho; Batistão,Galego, Ênio Silva, Ananias e Dengoso

FONTES/IMAGENS

A União

O Liberal

Diário do Nordeste

O Norte

Arquivo Coral

Aventuras na História

Blog do Marcão

Futebol Maranhense Antigo

Futebol 80

Jornal da Grande Natal

Súmulas Tchê

Recorte antigo de jornal destaca Quixadá Futebol Clube

Imprensa de Fortaleza noticia a estreia do Quixadá FC (com a base da seleção) no campeonato cearense da primeira divisão de 1968 com o paraibano de Cajazeiras, o atacante Perpétuo Correia Lima


Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, historiador, escritor, fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras e fundador do Museu de Esportes de Cajazeiras

 

Amanhã, 30 de outubro, completar-se-á 44 anos do falecimento de Perpétuo Correia Lima, Perpétuo, Péto, para os mais íntimos. Este cidadão cajazeirense foi um dos maiores jogadores de futebol que vi jogar, confesso, um craque completo no domínio e na condução da bola, no chute ao gol e principalmente nos lançamentos, tinha uma visão de jogo como poucos, era aquele 10 que hoje sentimos a sua falta nos clubes e no futebol brasileiro.

Como sempre faço e farei até quando Deus me abençoar nesta árdua, mas, apaixonante missão de manter viva a história e a memória do futebol cajazeirense e, consequentemente de todos aqueles que a construíram, nesta edição, lembramos o 30 de outubro, a data que Deus levou Perpétuo para o time dos craques do céu.

Palmas para o saudoso Dr. Edme Tavares de Albuquerque que homenageou o craque colocando o seu nome no mais belo estádio de futebol do interior nordestino o Estádio Perpétuo Correia Lima o Perpetão. Perpétuo iniciou no futebol jogando, ainda descalço, pelo Vasco da Gama de Edson Feitosa, em Cajazeiras ele jogou: no Botafogo amador, Santos de Sérgio David, Atlético Cajazeirense de Desportos, Palmeiras de Eurico e finalmente no Botafogo Futebol Clube de Cajazeiras, aqui já como um jogador profissional.

Hoje, registraremos aqui neste espaço uma das suas muitas e gloriosas passagens no futebol além Cajazeiras. O nosso craque jogou em muitas cidades e clubes pelo interior dos sertões nordestino, em Patos jogou um paraibano pelo Nacional e em Sousa era presença certa em grandes amistosos da Sociedade Esportiva Sousa e ele em campo era sinal de espetáculo, show de bola.

Vamos destacar as suas jornadas no time do Quixadá, no intermunicipal de 1963 do estado do Ceará que foi conquistado pela seleção de Quixadá. Perpétuo foi o craque do time neste titulo, artilheiro da competição e um ídolo na cidade, lembrado até os dias atuais. A direção do time cearense jamais abriu mão de tê-lo em sua equipe e, ele sempre fazia uma exigência aos seus dirigentes que era ao final de cada partida ter o seu deslocamento direto para a sua amada Cajazeiras.

O destaque trazido por um jornal da capital cearense, mostra a grandeza do futebol da seleção de Quixadá em traduz quem foi Perpétuo no cenário da conquista deste titulo tão importante para está cidade. Perpétuo é sem dúvida o CRAQUE DO SÉCULO do nosso futebol.

 

*Original publicado em 29 de outubro de 2021 e na atualidade foram decorridos 48 anos do passamento.

 

Ídolo de dois municípios é patrono do estádio

Panorama do Estádio Perpétuo Correia Lima ainda inconcluso sem as cabines da imprensa e tribuna

Garrincha e o cajazeirense Perpétuo Correia

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O Estádio Perpétuo Correia Lima é inaugurado (4/11/1984), ainda não concluído totalmente, com o amistoso Botafogo 4 x 2 Auto Esporte, ambos da capital, João Pessoa/PB. Aroldo, do alvirrubro, fez o primeiro gol.

Com apito do árbitro local, Mário Coutinho, e o ponta pé inicial do governador Wilson Leite Braga, o clássico "Botauto" foi assistido por 2.999 torcedores, que proporcionaram a renda de Cr$ 5.010,00. Outra abertura oficial em 27/1/1985.

O "Perpetão" passou a ter jogos noturnos com a instalação de modernos refletores (24/1/2007) inaugurados com o jogo oficial do campeonato paraibano, Atlético de Cajazeiras x Treze.

Inclusive com transmissão ao vivo pela TV Correio, afiliada da Rede Record, envolvendo os seguintes profissionais da imprensa esportiva: o narrador Ivan Nunes (atualmente na Pan de Natal), Adenilson Maia (comentarista), Murib Macedo e Gilberto Lima (reportagens).

Reudesman Lopes escreveu dois livros

Posteriormente o professor Reudesman Lopes Ferreira - autor do livro "História do Futebol de Cajazeiras" lançado com 600 páginas em outubro de 2015 - conta desde o Pitaguares (1923) e dez delas dedicada ao ídolo de Cajazeiras e do futebol de Quixadá, no interior do Ceará.

Ele organiza uma exposição no Estádio Higino Pires Ferreira, o primeiro da cidade, sobre Perpétuo Correia Lima (2/4/1939 - 30/10/1977). Começou no Vasco da Gama local e passou a jogar nos clubes da cidade: Santos, Estudante, Duque de Caxias, Atlético e Botafogo, pelo qual participa do único campeonato paraibano (1974).


Foi no HPF que Perpétuo jogou ao lado do ponta-direita Manoel Francisco dos Santos, o "Garrincha", em duas oportunidades em 1973. Primeiro no amistoso Botafogo de Cajazeiras e Souza, no Estádio Antônio Mariz.

Em seguida no amistoso Botafogo x combinado Icasa/Guarani, equipes de Juazeiro do Norte/CE. Ainda jogou no Sociedade Esportiva Souza (não é o atual) e Nacional de Patos, além do Quixadá (o clube) e Sirol (Juazeiro).

Faleceu em decorrência de um acidente doméstico, corrriqueiro, ao pisar numa madeira, utlizar um instrumento caseiro para retirar a ponta de pau, e contrair a bactéria do tétano. Além de patrono do estádio, é nome de rua em Cajazeiras.


FONTES/IMAGENS

Cajazeiras de Amor

Coisas de Cajazeiras

Diário do Sertão

Diário Esportivo

Difusora 1

Esportes do Vale 

Family Search

Folha VIP

Futebol 80

Globo Esporte

Jornal da Grande Natal

Josemar Alves

PB Esportes

Recanto das Letras

Secretaria de Comunicação/PB

Só Esportes

Serpa Di Lourenzo

TV Torcedor


segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Potiguares titulares na decisão da "Copa do Sertão"

José Okka Baquit

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Comandada pelo treinador Geraldo Bernardes a Seleção de Quixadá entra em campo como vice-campeão do ano anterior (selecionado do Cedro campeão).

Como anormalidades o jornal Unitário registra Ribeiro expulso e Zé de Melo é substituído por contusão.

O impresso da capital cearense cita no final da reportagem algumas personalidades de Quixadá que acompanharam a decisão.

Entre elas o prefeito José Okka Baquit, falecido aos 93 anos, em outubro do ano passado.

Ele ocupou o cargo (1963/67) eleito pela União Democrática Nacional (UDN), um dos partidos políticos existentes na época antes do regime militar (1964).

A lista dos jogadores campeões é composta primeiro dos titulares, intercalados pelo treinador, e complementada com os reservas ou suplentes.

Zé Leônidas foi escolhido o melhor atleta da competição. O paraibano Perpétuo, hoje patrono de estádio na terra natal, Cajazeiras, acabou como o artilheiro.

Os norte-rio-grandenses Biro (oriundo do Atlético) e Chicão (da base do ABC) entre os campeões.

 

O ELENCO: José Ribeiro Granjeiro (zagueiro-direito), João Ribeiro (zagueiro-central), Francisco Ferreira Lopes (Mariano, médio-direito), Francisco Albano Lima (centromédio), Francisco Xavier de Lima (Chicão, zagueiro esquerdo), Francisco da Silva (Da Silva, extrema-direita), José Inácio de Melo (Zé de Melo, meia-direita), Perpétuo Correia Lima, Severino Alves de Carvalho (Biro, goleiro), José Ferreira Lopes (Zé Leônidas, meia esquerda), Francisco Nogueira Barros (Tico, extrema-esquerda), Mafia (goleiro); Zé Preguinho (zagueiro-central), Arara (médio-esquerdo), Vicentinho (extrema-direita) e Amauri (meia-esquerda).

 

FICHA TÉCNICA

Quixadá 3 x 1 Beberibe

Data: domingo, 12/1/1964

Competição: Copa do Sertão

Estádio: Presidente Vargas

Cidade: Fortaleza/CE

Árbitro: Mozart Rodrigues

Auxiliares: Ricardo Bonadies e José Nogueira Filho (Planika)

Renda: Cr$ 1.801.150

Gols: Perpétuo (dois), Tico e Sérgio

Quixadá: Biro, Ribeiro, Granjeiro, Mariano, Albano, Chicão, Da Silva (Zé Preguinho), Zé de Melo (Vicentinho), Perpétuo, Zé Leônidas (Amaury) e Tico

Beberibe: Maciel, Faixa Branca, Zé da Senhora, Sérgio, Erialdo, Everaldo, Dedé (Edson), Hélio, Pinha, Mauro e Demócrito

 

Do selecionado nacional para a Seleção de Quixadá

BRASIL: Gentil Cardoso, Edson, Geroldo, Waldemar, Zé Maria, Servilio, Givaldo, Traçaia, Zé de Melo (segundo agachado), Paulo, Geraldo e Elias


JOSÉ VANILSON JULIÃO

Podem ser destacados dois craques históricos da campanha do único título do torneio intermunicipal cearense pelo selecionado de Quixadá.

O falecido paraibano de Cajazeiras, Perpétuo Correia de Lima, e o cearense de Limoeiro do Norte, José Inácio Felício de Melo (7 de janeiro de 1934).

O primeiro teve carreira restrita aos Estados da Paraíba e Ceará. O segundo foi até o Recife, capital pernambucana, e ainda fez carreira na Europa.

Zé de Melo foi o artilheiro do campeonato cearense de 1958 pelo Ferroviário Atlético Clube, o popular FAC, com 21 gols.

Ainda defende Fluminense de Feira de Santana (Bahia), Sanjoanense (Portugal), Santa Cruz e Ceará Sporting.

Além do clube Coral recifense foi convocado para a Seleção de Pernambuco, apelidada de "Cacareco", que representa o Brasil numa competição continental.

No Sul-americano Extra (1959), marca um gol em uma das partidas, 3 x 1 Equador (19 de dezembro).

E ainda em Guaiaquil mais um no amistoso contra o selecionado equatoriano (27 de dezembro), com outra vitória (2 x 1).

ATLETAS CONVOCADOS

Santa Cruz (nove): Walter Serafim, Jorge Carvalho, Edson Santos, Biu (Severino Silva), Servilho (José de Lucas), Dodô (Haroldo Silva), Tião (Sebastião dos Santos), Moacir Francisco dos Santos, Mainha (Rinaldo Amorim Maia), Zé de Melo (José Inacio de Melo), Goiano (Clemilton Ataide Cavalcanti) e Clóvis Pinheiro Santos.

Nautico (sete): Paulo Pisaneshi, Waldemar Chiarelli, Givaldo Cordeiro, Zequinha (José Pereira Miná), Nancildo Nepomuceno, Hémilton Freitas, Geraldo José da Silva, Elias Oliveira e Fernando Salvador.

Sport (sete): Bria (Cosme Rodrigue de Mélo), Nei Bezerra Andrade (foi do ABC e Bahia), Zé Maria (José Maria Salles), Tomires de Souza Galvão, Bé (Roberto Bocaelli), Oswaldo Martins e Zeca (José Cardoso Reis).

Ferroviário (três): Zeca (José Carlos Reis), Neco (Manuel Pereira dos Santos) e Amâncio (José Américo Silva); Ibis (dois): Vantu (Vantil Santos), Paraíba (Inaldo Lima Silva) e Jovelino Candido Fernandes; Asas (um): Manoelzinho (Manoel Bezerra).

 

FONTES/IMAGENS

Almanaque do Ferroviário

Diário de Pernambuco

Diário da Manhã

Diário do Nordeste

O Povo

Tribuna do Ceará

Esportelândia

Fernando Machado

Futebol 80

Jornal da Grande Natal

Lenivaldo Aragão

O Gol

Goleiro "Biro" campeão pelo selecionado de Quixadá (V)

Blog Zé Duarte se equivoca: Quixadá Futebol Clube é fundado em 1965 e a imagem de três anos antes tem a maioria dos jogadores do selecionado municipal que vieram a conquistar o único "caneco" do Torneio Municipal Cearense da crônica esportiva

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Ao relatar a histórica campanha do selecionado de Quixadá no Torneio Intermunicipal (1963) o professor e radialista Francisco Amadeu Ferreira também relacionou todos os jogadores campeões em texto complementar na postagem do audiovisual (21/4/2021).

O cronista digital Amadeu Filho fala dos detalhes da competição e das duas partidas finais da seleção de Quixadá, incluindo a decisão no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, a capital, 3 x 1 contra a equipe do município de Beberibe (12/1/1964).

Com o pormenor de que os gols da partida, incluso a semifinal (4 x 1) contra Sobral, e a lista dos jogadores, são descritos e lida, respectivamente, pela gravação documental sonora do falecido narrador e locutor Everardo Sobreira, da Rádio Assunção.

Na pesquisa para obter mais detalhes da competição amadora, principalmente da campanha do time de Quixadá, são encontradas a súmula ou ficha técnica do jogo final no jornal o Unitário da capital cearense, um dos próximos assunto.

Também foi encontrada uma fotografia em preto e branco do ano de 1962, no Blog do Zé Duarte, como sendo do Quixadá Futebol Clube (fundado em 27 de outubro de 1965), da mascote Canário pelas cores azul, verde e branco.

Entretanto o repórter acredita que Zé Duarte comete um equívoco, pois as temporadas não batem com os dois momentos históricos: o título da seleção um ano depois da imagem e dois anos antes do surgimento do clube.

Além disso na suposta escalação do QFC (acima) estão nove (!) jogadores que participaram da campanha do título da competição intermunicipal promovida pela Associação dos Cronistas Esportivos.

Os atletas da lista e da imagem: Albano, Mafia, João Ribeiro, Arara, Mariano, Perpétuo (o craque e artilheiro paraibano de Cajazeiras), Vicentinho, Zé de Melo e Zé Leônidas (salvo algum engano com os dois restantes).

Com o detalhe das ausências dos potiguares Severino Alves, o “Biro”, e “Chicão”, homem de linha. O arqueiro ainda defendendo o rubro-negro Clube Atlético Potiguar (CAP) e o segundo, como aspirante do ABC, entrando vez ou outra na equipe de cima.

 

FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

Unitário

Associação dos Cronistas Esportivos/CE

Amadeu Filho

Federação Cearense de Futebol

Luciano Gondim

Repórter Central

Zé Duarte

Goleiro "Biro" campeão pelo selecionado de Quixadá (IV)


AMADEU FILHO*

Professor, cronista digital e radialista


A epopeia da conquista da Seleção

 

O Intermunicipal era uma importante competição que acontecia entre as seleções do interior cearense promovida pela Associação Profissional dos Cronistas Desportivos do Estado do Ceará.

Começa em 1940 com a seleção de Maranguape campeã. A partir de 1955 o torneio passou a ser disputado a cada dois anos e logo conquistou os cearenses. Bom lembrar que, naqueles anos, havia muita rivalidade entre as seleções interioranas.

A rivalidade entre as cidades de Quixadá e Quixeramobim no esporte era quase coisa de cinema. No intermunicipal de 1963, a seleção da "Terra dos Monólitos" era “mágica”, tendo jogado um futebol extraordinário, ainda hoje motivo de comentários até por parte da crônica esportiva.

Também pudera, com um timaço daqueles! Zé Leónidas – o “Pelé do sertão”; o paraibano Perpétuo (o diabo loiro, artilheiro), a classe de Albano, a visão de jogo de Mariano; Vicentinho, a Formiguinha, indo e voltando, importante na evolução das jogadas; Zé de Melo, o clássico: Tico, imprimindo velocidade no ataque.

Enfim, todo o elenco jogava porque sabia com orientação segura do técnico Gerardo Bernardes, os craques quixadaenses foram derrotando quem viesse pela frente. Por ter sido vice-campeã em l961, a seleção de Quixadá só entrou na competição a partir das quartas-de-finais.

Quixadá foi detonando quem viesse pela frente. A primeira vítima do moderno futebol apresentado pela seleção foi Baturité, velha rival; Ubajara, o segundo desafio, não resistiu ao melhor futebol do time do maior produtor de algodão do Ceará (à época);

Numa tarde de domingo, a cidade de Quixadá parecia uma cidade fantasma. Que houve, naquele 29 de dezembro de 1963? Ora, jogariam “Quixadá x Sobral”, no “PV”, em Fortaleza e muita gente foi assistir o inesquecível jogo, encontrar um carro na cidade naquele dia era procurar agulha no palheiro.

Muitos foram assistir ao jogo, viajando no velho e  bom trem, quem não pode comparecer escutava pelas emissoras da capital com a voz de Everardo Sobreira, vibrante locutor da “Rádio Assunção”, levava os filhos da terra dos monólitos as lágrimas: “Quixadá vence Sobral por 4 x 1. Pode vibrar torcedor quixadaense”.

Não havia adversários para a “Seleção Mágica” que vencia todas. No jogo final, 12/1/1964, novamente os desportistas quixadaenses foram ao “PV” e, comandados pelo “cônsul” Zé Limeira, incentivava os craques a uma nova vitória e a tão sonhada conquista do “Intermunicipal”.

O adversário era a temida seleção de Beberibe, mas numa cobrança de falta magistral, o “Diabo Loiro” abriu o placar. E sob a regência do maestro Geraldo Bernardes os craques quixadaenses daí em diante, deitaram e rolaram, vencendo por 3 × 1. Quixadá é campeã do nono Intermunicipal, nas arquibancadas do “PV”, Zé Limeira comandava a massa.

No gramado os craques se abraçavam, na cidade as comemorações viraram a noite. Na chegada dos craques, sorrisos e lágrimas. E aquelas torcedoras mais apaixonadas dedicaram muitas “maçãs do amor” aos ídolos...

Zé Limeira, junto com a torcida, foi o décimo-segundo jogador da “Mágica”. Mereceu destaque especial nesta conquista histórica, o jovem prefeito José Okka Baquit, que não apenas apoiou a seleção, mas acompanhava os jogos.

Tem razão o comentarista esportivo da “Rádio Cultura de Quixadá”, Everton Lopes (in memoriam) quando afirmou: “Foi uma seleção mágica! Não jogava futebol, parecia mágica."

 

“Transcrição do vídeo postado em 21 de abril de 2021.

domingo, 23 de novembro de 2025

QFC terá visibilidade de três meses com subida


RODAPÉ DE PÁGINA

Coluna semanal

(José Vanilson Julião)

 

QUINHO FUTEBOL CLUBE – A partir de janeiro do próximo ano e mais dois meses as iniciais, sigla ou acrônimo QFC terá mais visibilidade.

Como campeão da segunda divisão as "letrinhas" participa pela primeira vez da elite do principal campeonato do Rio Grande do Norte.

Com isso a agremiação do empresário Mayfran Ferreira Ribeiro terá maior cobertura da imprensa esportiva: jornais, televisão, rádio, sites e blogs especializados da capital potiguar.

Além disso o patrono do estádio do clube com centro de treinamento na região metropolitana de Natal passará a ser mais divulgado.

No caso o pai dele, Francisco das Chagas Ribeiro de Souza, nome de praça no bairro da Cidade da Esperança, na Zona Oeste da cidade. Francisco Ribeiro, falecido em 2022, quando jovem, foi dono de bar, e depois peixaria.

Posteriormente muda de ramo e funda uma empresa de faixa de propaganda, uma cooperativa de serviços (1998) e uma empresa prestadora de serviços.

Ele foi diretor do Centro Desportivo e Presidente do Conselho Comunitário da Cidade da Esperança (2000/2003).


BARAÚNAS FUTEBOL CLUBE –
Do município paraibano de Caturité manda os jogos do campeonato municipal no Campo das Emas.

Em setembro fez a estreia na competição amadora (titular e aspirante.

A sede e cidade, com pouco mais de quatro mil habitantes, é considerada nova, politica e administrativamente, sendo emancipada territorialmente em 29 de abril de 1994.

Fica na região metropolitana de Campina Grande, na região do Cariri.

POTYGUAR de Currais Novos faz a primeira partida no campeonato estadual na primeira semana de janeiro contra o América no Estádio José Vasconcelos da Rocha, no Centro de Treinamentos Abílio Medeiros, no vizinho município de Parnamirim (Grande Natal).


COMUNICADOR ANTENADO – "
Eu comento pela razão, pois não tenho paixão por time de futebol e nem por partido político; para mim tanto fanatismo só por meus filhos.

Quando crítico coisas do futebol e da política não significa dizer que eu tenha fanatismo por ambos."

Frase do comunicador, em rede social, DJ Maninho, radialista, torcedor botafoguense, de Cerro-Corá/RN, município a 190 quilômetros de Natal.

O blog recomenda aos leitores e ouvintes a programação da primeira emissora de rádio da cidade seridoense, iniciativa de Chiquinho do Sindicato.

Certa vez Maninho me confidenciou a audiência cativa de uma ouvinte da vizinha cidade de Bodó, fã das músicas "bregas" de outrora. Eu também gosto de Silvinho e companhia...