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domingo, 12 de fevereiro de 2023

A aristocracia potiguar e o futebol (VI)

Chegou a vez dos Gomes Pedrosa pioneiros do futebol no RN

José Vanilson Julião

Feitas as apresentações das origens a partir do pioneiro comerciante na antiga Coité, depois Macaíba, nome de uma palmeira, e eternizada como nome do tradicional município da região metropolitana, assim como a sequencia numérica dos descendentes, inclusive com uma detalhamento da série de Fabrício Gomes Pedrosa, chega o momento de focar nos personagens principais desta saga.

As mais importantes personalidades desta série são três irmãos. Dois deles apontados pelos pesquisadores e jornalistas esportivos – informações repetidas, agora, pelos sites, portais e blogs metidos com futebol por este Brasil afora – como introdutores do futebol moderno, com regras elaboradas no meio universitário pelos ingleses na segunda metade do século XIX, em Natal.

A pesquisa pouco apanha de um dos irmãos, o Fabrício, estudante, além das datas de nascimento e morte, na Europa. O segundo “fratelo”, Fernando, pela longevidade, acaba sendo um elo importante nas atividades comerciais e industriais do Rio Grande do Norte nas primeiras três decadas do século XX. Por isso merece um maior relato de vida e uma recapitulação detalhada para o leitor fixar na memória.

Fernando (30/3/1836 – 9/3/1936) nasce nos Guarapes (vila de Macaíba, mencionado e dimensionado entreposto de matérias primas (algodão e açúcar) exportadas para industrialização e consumo nos mercados norte-americano e europeu. Portanto neto do primeiro Fabrício e filho de “O Moço”, o terceiro com este nome, de um total de sete. E de dona Isabel Candida Albuquerque Maranhão.

Como estudante universitário de Economia, na cidade portuária de Liverpool (Inglaterra), familiariza-se com o mercado internacional do algodão, observando a qualidade do produto importado do Brasil – “uma massa confusa e suja” – e as críticas dos importadores. De retorno a terra natal dedica-se ao cultivo da herbácea, contrariando o pai, que o preferia comerciante no Rio de Janeiro.

Funcionário do Ministério da Agricultura, consegue transferência (1915) para o povoado Baixa Verde (município em 1928 com mudança para João Câmara com o falecimento do senador do mesmo nome 20 anos depois). É por esta época que conhece o político homenageado e industrial inovador já estabilizado na região do Mato Grande.

Uma das primeiras providências foi a aclimatação da planta “sea island” ao “mocó” (variedade de fibra longa) e ao “herbáceo”. Com as esperadas e conhecidades dificuldades inerentes ao setor na ocasião (estiagem, burocracia governamental e técnicas) inicilamente só consegue colher 300 quilos por hectare.

A essa altura (1917) havia se associado ao norte-americano Clarence Wharton (jovem como o parceiro), que faleceria cinco anos depois em Southampton (Inglaterra). O escritório da firma “Wharton Pedrosa” é instalado em um quarto do famoso “Hotel Internacional”, localizado na Rua do Comércio (atual Chile), no então efervescente e convergente bairro da Ribeira.

 

Nota do Redator: pela riqueza do personagem continua nas próxima postagens.

 

 

 

A aristocracia potiguar e o futebol (V)

Não é conta de mentiroso. Sete “Fabrícios” funde a cuca

José Vanilson Julião

Devo confessar que duas coisas afetam o cérebro do redator. Embaralham o raciocínio e as ideias. A primeira sempre foi Matemática. Depois entender e decifrar o emaranhado da genealogia familiar. Como é o caso dos Gomes Pedrosa/Albuquerque Maranhão.

Para não fundir a cuca, a minha e dos leitores, o socorro vem de Anderson Tavares de Lyra, especialista dos históricos assuntos macaibenses. Precisamente do artigo “O sétimo Fabrício Pedrosa”, publicado no site “História e Genealogia” (sábado, 31/10/2009).

Segundo ele, até o mais famoso dos intelectuais potiguares, Luís da Câmara Cascudo, em crônica na coluna “Acta Diurna” (julho/1945), quando enfoca a vida “aventureira” do quarto Fabrício Gomes Pedrosa e menciona o quinto com este nome entre os quatro filhos, faz confusão com a série de “Fabrícios”.

O dedicado historiador explica categoricamente que, na verdade, o quinto é o sétimo Fabrício. – Na época em que escreveu o artigo Cascudo não tinha conhecimento que existiu um quinto Fabrício, filho de Fabrício, o “Velho”, e que teve vida efemera, nascido em 1952, falecido em 1953, sendo filho da segunda esposa. Em 1883 nasce e falece o sexto, filho de Fabrício, o “Moço”, e de Isabel Cândida.

Anderson Tavares detalha que o sétimo Fabrício Gomes Pedrosa Filho cursa Arquitetura em três universidades (Rio, Brasília e Bahia) com CREA registrado no Rio Grande do Sul. A partir de 1975 o número sete perambula por vários países africanos como assessor da ONU. Em 1984 está nas Filipinas (Ásia).

De retorno ao Brasil acaba vindo a terra natal dos ascendentes para receber a comenda “Fabrício Pedrosa” e assiste as solenidades alusivas ao bicentenário do ilustre ancestral. Retorna com um tijolo caído do casarão do trisavô. Ele finaliza o artigo com resumo da árvore genealógica (a seguir):

 

QUEM É QUEM*

Fabrício Gomes Pedrosa (o velho) – 1809/1872

Fábrício Gomes Pedrosa – 1852/1853

Fabrício Gomes Pedrosa (o moço) – 1856/1925

Fabrício Gomes Pedrosa I – 1883 (falecido criança)

Fabrício Gomes Pedrosa Filho – (Macaíba, 1888 – Suiça, 1907)

Fernando Gomes Pedrosa – 1886/1936**

Fabrício Gomes Pedrosa – 1916/1945

Fabrício Gomes Pedrosa Filho

 

*Em negrito os pais

** Fernando é filho de “O Moço”, portanto irmão do quinto, pai do sexto e avô do sétimo

 

 

 

 

sábado, 11 de fevereiro de 2023

A aristocracia potiguar e o futebol (IV)

O emaranhado familiar que origina os primeiros futebolistas

José Vanilson Julião

O iniciante da linhagem, Fabrício Gomes Pedrosa, paraibano de Pilar (26/10/1809) – terceiro município mais antigo do vizinho Estado nordestino – não aparece no Rio Grande do Norte por acaso. Já era mascate experiente quando passa a negociar para as bandas do Coité, onde chega em 1847.

No mesmo ano fica viúvo de dona Maria da Silva Vasconcelos Pedrosa, mãe de sete filhos, entre a prole Feliciana Maria casa com Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão, que, ainda solteiro, se torna o auxiliar mais próximo do futuro sogro, condição favorável que leva ao casamento com a filha do patrão.

O pernambucano de Nazaré da Mata, Amaro Barreto, casa em dezembro de 1851 com “dona Xana”, como era chamada a jovem filha do abastado comerciante. O casal gera 14 filhos (nove homens e cinco mulheres), que ampliam a parentela para 52 netos!

A prole consta inclusive de nomes que viriam a participar da vida ativa da província no II Reinado e no alvorecer da República: Pedro Velho (médico, senador, fundador do jornal “A República”), Augusto Severo (aeronauta morto na queda de um balão em Paris) e Alberto Frederico (deputado federal, governador, construtor do teatro natalense).

Mais o segundo Fabrício Gomes Pedrosa, o Moço, chefe político, dono de usina em Canguaretama, sucessor dos Guarapes (onde trabalha na mocidade Augusto), Amaro Filho (estudante na capital francesa e depois professor da Escola Nacional de Musica no Rio de Janeiro) e Joaquim Cipião (compositor, violonista, professor de música e diretor do Teatro Carlos Gomes).

Ainda: Adelino (também músico e sócio de uma firma exportadora com Augusto), Luís Carlos (irmão gêmeo de Cipião), proprietário rural em Canguaretama, Sérgio (faleceu jovem), e as meninas Amélia (casa em 18/9/1886 e falece no Rio), Inês, casada com Sérgio Barreto.

O velho Fabrício casa com Damiana Maria (filha do capitão Francisco Pedro Bandeira de Melo, proprietário do Coité), com gera mais três descendentes; viúvo pela segunda vez contrai matrimônio com Luiza Florinda (irmã do genro e sócio Amaro Barreto e falecida em Natal no dia 20/1/1910), com tem sete filhos, sendo que uma filha, Petronila Florinda viria a ser esposa do próximo parente Pedro Velho, como era bem comum naquele tempo.

O primeiro Fabrício, que dizem ter nascido em Areia/PB, falece no Rio (1872), de hepatite, e desde outubro de 2009 os restos mortais repousam no mausoléu da família Tavares, na matriz de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município que o acolhe na mocidade e que ajuda a crescer.

FONTES

Augusto Severo, Um pioneiro na conquista do espaço – Fernando Hippólito da Costa (Sebo Vermelho/2004)

Governo do Rio Grande do Norte – II Volume – Luís da Câmara Cascudo (Coleção Mossoroense – Série C/1989)

Breve Notícia sobre a Província do Rio Grande do Norte – Manoel Ferreira Nobre

150 anos do falecimento de Fabrício Pedroza (artigo do historiador Anderson Tavares de Lyra)

 

 

A aristocracia potiguar e o futebol III

Chefe do clã casa com nativa e alavanca comércio as margens do Potengi/Jundiaí

José Vanilson Julião

O primeiro Fabrício Gomes Pedrosa, cuja façanha, de incrementar o comércio as margens do Potengi – trecho entre a antiga Coité e a cidade dos “Reis Magos” – suscita citações em pelo menos três livros do escritor potiguar Luis da Câmara Cascudo: “Superstição no Brasil” (1985), “Religião no Povo” (1974) e “Sociologia do Açúcar” (1971). Das obras cascudianas, sequencialmente, separamos três trechos a seguir:

1) – No caminho de Natal a Macaíba, antes de Guarapes, há o local “Peixa-Boi” (atual bairro de Felipe Camarão), por haver encalhado, semimorto, um sirenídeo, na segunda metade do século XIX. Os moradores, no tempo famoso do fundador e rico Fabrício Velho (1809 – 1972), não atravessavam à noite o Peixe-Boi, mal-assombrado e bulhento, preferindo viajar pelo rio. As almas sossegaram depois de muitas missas. Ainda hoje não é passagem de confiança para pedestres ou jornada a cavalo. Há luzes, gemidos, tropel de gente corrrendo. Passam o Peixe-Boi durante o dia. Ali teriam sido massacrados os índigenas quando da truculenta “Guerra dos Índios”.

2) A velha Bibí (Luíza Freire, 1870 – 1953) foi empregada em Guarapes quando administrada por Fabrício Moço (o segundo, 1856 – 1925), últimos faustos, declínio e apagamento do empório econômico senhorial. Da volta do Periquito a Carnaubinha era um viveiro de assombrações, avistadas pelos trabalhadores, morando todos à vista da Casa-Grande, temendo os morros na verde solidão da mataria. Ouviam as almas dos cabocos fazendo lenha e avistavam os fogos das aldeias invisíveis. O tráfego Macaíba-Natal era fluvial. A estrada de rodagem em 1915 afugentou os fantasmas.

3) O velho Fabrício Gomes Pedroza, financiador para os vales açucareiros do Ceará-Mirim, são José de Mipibu e Papary (Nísia Floresta), no trono da Casa-Grande de Guarapes, perto de Natal, discutindo com uma firma de Londres o pagamento do seguro, devido mas retardado, não festejou condignamente o Natal. Em março, recebida a indenização, houve Missa do Galo, Pastoril, Bumba meu boi, jantares e bailaricos jubilosos em louvor do Nascimento do Menino-Deus.

O poderio político, econômico e financeiro do patriarca era enorme. Tanto é que gera uma reclamação ao Ministério dos Negócios da Fazenda no Rio de Janeiro, conforme documentação data de 16 de outubro de 1864, conforme queixa com data de 16 de outubro do ano anterior. Theotonio Coelho Cerqueira e José de Sá Bezerra são contra a concessão de aforamento ao major Fabrício Gomes Pedroza dos terrenos de marinha da margem de Jundiahy, no lugar denominado Carnaubinha.

As ruínas do casarão do Guarapes, construído no alto de uma pequena colina, em 1859, são os vestígios do império Gomes Pedroza assentado em 100 mil hectares. Tombado em 1990 pelo Patrimônio Histórico Estadual e em 2002 adquirido pelo governo estadual, ainda não viu a cor do dinheiro para a restauração, apesar da batalha sem trégua do ex-prefeito macaibense Valério Mesquita.

Pedroza, o velho, paraibano, casou com uma moça do lugar e praticamente herdou quase tudo do sogro, mas teve a audácia do desenvolvimento, deixando os negócios em 1871, quando partiu para a metropole carioca, falecendo em 22 de janeiro de 1872, no bucolico bairro de Santa Tereza, sendo sepultado no cemitério de São João Batista, onde viria a descansar eternamente o neto Ramiro Gomes Pedroza.

O entreposto e empório comercial tinha a capacidade para abrigar embarcações de até 500 toneladas. Transportavam para exportação destinados ao mercado norte-americano e europeu, principalmente, algodão, peles, sal, açúcar.

 

FONTES

Folha de Macaíba

Potiguar Notícias

Tribuna do Norte

Câmara de Vereadores/Macaíba

BZNotícias

Fatos e Fotos de Natal Antiga

Fundação José Augusto

História de Macaíba

Ipatrimônio

Ponto de Vista

Potiguarte

Senadinho Macaíba

 

 

 

 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

A aristocracia potiguar e o futebol (II)

Preâmbulo da origem familiar e peripécias futebolísticas de um Gomes Pedrosa

José Vanilson Julião

É prego batido e ponta virada que um dos irmãos Gomes Pedrosa colocava a bola debaixo do braço e saía com os coleguinhas para uma pelada nos descampados do centro da cidade, principalmente no entorno da antiga matriz e da atual praça André de Albuquerque, a chamada Rua Grande.

É também sabido que menos de um ano depois da primeira pelota chegar na capital pelas mãos dos pequenos aristocratas, a turma, pelo menos informalmente, fundou o primeiro clube de futebol, o Sport Clube Natalense (12 de outubro de 1904).

Este SC Natalense não deve ser confundido com outra agremiação de nome parecido, surgido dois anos depois para a prática, principalmente, de corridas de cavalos. Como também com o Sport Clube Natal (aparece no mesmo ano de ABC, América e Alecrim: 1915), rubro-negro dedicado ao remo e ainda em atividade.

Mas antes de enveredar pelas peripécias futebolísticas de um dos irmãos mais novos, o Ramiro, tema de abertura desta série, e o único a praticar o esporte bretão em partidas oficiais registradas, é preciso fazer uma explanação da origem familiar para situar o leitor que não estar por dentro dos antecedentes históricos.

O primeiro membro do clã chega na comunidade de Coité na segunda metade do século XIX, quando o lugarejo ainda não se chamava Macaíba, atualmente na região metropolitana ou Grande Natal. É essa história que veremos na próxima postagem. Com o primeiro Fabrício Gomes Pedrosa, vindo da Paraíba, avô dos futebolistas comedores de camarão.


FONTES

Adcom/RN

Curiozzo

História do Futebol

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

A aristocracia potiguar e o futebol (I)

Relato inédito na imprensa potiguar sobre os desportistas e irmãos Gomes Pedrosa

José Vanilson Julião

Ramiro Gomes Pedrosa (falecimento) – Regina Joppert Pedroza, Roberto Gomes Pedroza, Pedro da Cunha Filho, senhora e filha, Nelson Pedroza e senhora, comunicam o falecimento de seu querido esposo, pai, sogro e avô, RAMIRO GOMES PEDROZA, e convidam para seu sepultamento, a realizar-se, hoje, dia 22, às 17 horas, saindo o féretro da Capela Real Grandeza para o Cemitério de São João Batista.

Pelo anúncio fúnebre na edição da quinta-feira (janeiro de 1953, na página 14, de um total de 16), no diário carioca "A Noite" (edição 14.308), logo nota-se de que se trata de algum membro da tradicional família Gomes Pedrosa, bastante ativa no comércio, indústria e política do Rio Grande do Norte entre a segunda metade do século XIX e pelo menos por igual período do século XX, e ainda com descendentes morando na capital potiguar.

E não se trata só disso. É um dos irmãos mais novos de Fernando e Fabrício, tidos como introdutores do futebol em Natal no segundo semestre de 1903, provavelmente entre novembro e dezembro, quando retornam das férias escolares na Inglaterra. Com uma bola na bagagem. Fato este repetido a exaustão por jornalistas e pesquisadores respeitados, como Luís da Câmara Cascudo, Luiz Gonçalves Meira Bezerra e Everaldo Lopes Cardoso.

Entretanto as informações parciais, repassada por fontes secundárias e terciárias, provavelmente carece de prova concreta e escrita sobre quem realmente trouxe o esférico, dúvida suscitada ao redator por Renato Cunha Lima Filho, neto de dona Branca Toledo Piza (paulista), esposa de Fernando, o industrial que alavancou a cultura algodoeira no interior do Estado entre os anos 20/30. Assunto este que será desvendado em posterior entrevista com a referida fonte.

O primeiro e único registro encontrado sobre Ramiro Gomes Pedrosa na imprensa norte-rio-grandense, pelo menos pelo redator, vem na quarta e última página do jornal "A República" (edição 53 - 10/3/1902) com a nota "Passageiros – Desembarcados do vapor "Alagoas" vindos dos portos do sul: Pio Lopes Pinhel, Ramiro Pedrosa (com S), João Narciso, ex-corneteiro João Carlos de Lima, sua mulher e dois filhos. em trânsito - 112."

Conformidade a breve notícia publicada no alto da página, a direita de quem ler, pode-se afirmar que, ao contrário dos irmãos mais velhos, que foram enviados para estudar na Europa, Ramiro fica baseado na metrópole e capital federal. Fabrício Gomes Pedrosa Filho, nascido em 1888, falece na Suíça (em 18 ou 19 de março de 1907). Fernando (Macaíba, 30/3/1886 – Rio de Janeiro, 9/3/1936)

Ramiro, nascido em 1889, ainda tem como irmãos Damiana Maria (Macaíba, abril de 1885), Esther Pedrosa Faria Souto (Macaíba, 1887 – Taubaté/SP, abril de 1975), Maria das Dores Pedrosa Piza (Macaíba, 23/2/1895 – Rio de Janeiro, 14/7/1975), Mário (Macaíba, 1890) e Raul (Natal, 1892 – Rio de Janeiro, 1962).

FONTES

A Noite

A República

Geni

História e Genealogia