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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Americano é o único a registrar Roosevelt em Natal

Em 2012 Jack Harrison faz apresentação do livro na Sociedade de História em Delaware

O potiguar João Alves de Melo nega que tenha fotografado encontro com o presidente Vargas

José Vanilson Julião

O marinheiro norte-americano John Raymond Harrison (18/11/1924 – 2/9/2019), o "Jack", é mesmo o exclusivo autor das fotografias da reunião dos presidentes dos Estados Unidos, Franklin Delano Roosevelt e o chefe de estado brasileiro, o gaúcho Getúlio Dorneles Vargas, em 28 de fevereiro de 1943.

"Ele era cercado de muita segurança e só podemos fotografar o navio em que ele viajava". A frase de João Alves de Melo (Macaíba, 1896 - Natal, 1989) é a prova contundente de que o veterano repórter fotográfico sequer chegou perto do estadista da potência da América do Norte.

O histórico depoimento é fruto de reportagem de página inteira do semanário "O Poti" (domingo, 21 de setembro de 1975). Em um feliz testemunho da repórter Ana Maria Concentino Ramos, posteriormente professora do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

A reportagem de Ana Maria Concentino é ilustrada com sete fotografias de João Alves de Melo, a maioria ambientada na época da II Guerra Mundial. São flagrantes do embarque, no porto da capital potiguar, de tropas para a Europa, desfile de tropas americanas e brasileiras no Dia da Independência, aviões no campo de pouso de Parnamirim e ataúdes com corpos de americanos trasladados dos campos de batalha para os EUA.

 

FONTES/IMAGEM

Diário de Natal

O Poti

Chandler Funeral Homes & Crematory

Legacy

Society History Hockessin/Delaware

University Delaware Messenger

Fotografias de Roosevelt e Vargas com dois pais?

Edmundo Alves de Melo autografa o livro póstumo do pai João Alves de Melo em 2012

José Vanilson Julião

A foto que pode gerar uma polêmica

Jornalista João Alves de Melo

A clássica foto do encontro entre os chefes de estado está na página 162 do livro de John “Jack” Harrison: “Fairwing Brazil – Tales of th South Atlantic in World War II” (2014).

É também reproduzida no capítulo cinco – “Os Estados Unidos e o Brasil entram na Segunda Guerra Mundial – do livro do jornalista e empresário americano Gary Neeleman. Em “Soldados da Borracha: o exército esquecido que salvou a II Guerra Mundial”.


Diz que o major Delos C. Emmons – comandante da Força Aérea americana – logo após a eclosão do conflito, em setembro de 1939, sobrevoa a costa nordeste. E conclui que Natal era o ponto mais estratégico para a invasão alemã ou para suporte ás operações na África.

Enquanto o fotógrafo, escritor e jornalista João Alves de Melo (Macaíba, 1896 – Natal, 1989) reuniu um dos acervos visuais mais preciosos sobre a Guerra e a história da cidade no começo do século passado.

O material (cerca de quatro mil fotos) está sob a guarda do filho Edmundo Alves. Uma parte – 800 fotos – está no livro “Asas sobre Natal – Pioneiros da Aviação no RN”, lançado pela Fundação José Augusto (“Tribuna do Norte”, 16/8/2012).

A foto dos presidentes, o americano Franklin Delano Roosevelt, e do brasileiro Getúlio Dorneles Vargas, na Rampa, como ocupantes de um jipe às margens do Potengi (28/1/1943), é o clique mais famoso do fotógrafo.

Além de registrar os movimentos aéreos de 1920 até 1945, João Alves Melo também captou a vida social e urbana natalense, com seus personagens, ruas e prédios públicos.

“São caixas e mais caixas de fotos, preciosidades que muita gente não viu até hoje. Temos até as chapas de vidro da época”, diz Edmundo.

 

FONTES/IMAGENS

Tribuna do Norte

Pense numa Notícia

Cenas e Coisas da Vida

Fundação José Augusto/Centro de Pesquisas Juvenal Lamartine

Rodrigo Loureiro

O fotógrafo do encontro entre Roosevelt e Vargas

John "Jack" Harrison registrou as cenas da época da II Guerra Mundial em Natal/RN

José Vanilson Julião

Livro lançado em 2014 se tornou fonte segura

O que a maioria das fontes diz é que o doublé de marinheiro e fotógrafo americano John “Jack” Harrison registrou a passagem da primeira-dama dos Estados Unidos da América, Eleonor Roosevelt, pela capital do Rio Grande do Norte.

Mas o que ninguém informa, precisamente, é que ele é o responsável pelos flagrantes do encontro entre os presidentes Franklin Delano Roosevelt e Getúlio Dorneles Vargas na Rampa (Rio Potengi), em 28 de janeiro de 1943.

As imagens da reunião entre os chefes de estado americano e brasileiro estão no livro “Fairwing Brazil – Tales of the South Atlantic in World War II” (Editora Shicffer), lançado em 1 de maio de 2014 na América.

Jack Harrison no livro do colega

A tradução literal seria algo como “Voando no Brasil – Histórias da II Guerra Mundial no Atlântico Sul”, tendo como focos as bases aéreas do Recife (Ibura) e de Natal (no então distrito de Parnamirim).

Foram feitas apenas cem cópias do livro com 388 páginas e mais de 275 fotografias, algumas delas reproduzidas em outro livro, “Soldados da Borracha: o exército esquecido que salvou a II Guerra Mundial”, de Gary e Rose Neeleman.

O casal Neeleman, inclusive, teve como intermediário para uma conversa com Jack Harrison, o repórter norte-americano Larry Rohter, correspondente do “New York Times”, aquele mesmo que da confusão após informar que o presidente Lula da Silva gosta de tomar uma cachacinha.

A obra de “Jack”, o homem do Estado de Delaware, falecido em 2019, é importante. Desde então tem servido de fontes para publicações sobre o conflito mundial, inclusive teses acadêmicas. Atesta o repórter durante pesquisa para esta reportagem.

 

Larry Rohte intermediou

FONTES


A Ordem

Diário de Natal

Fundação Alexandre de Gusmão

Fundação Rampa

Amazon

Livraria da Travessa

Portal da UFRN

Tok de História

Comércio premia jogadores de futebol durante a guerra

"A Filha de Mossoró" na praça da Ribeira

José Vanilson Julião

No turbilhão das redes sociais o repórter havia visto a imagem, mas, quando precisou copiar para ilustrar a reportagem anterior sobre a simplicidade da premiação aos jogadores no futebol de antigamente, não mais a encontrou.

Casualmente a fotografia reaparece. Graças a jornalista Cíntia Lopes Cardoso (disponibiliza outras fotos). Refere-se ao prédio da loja a “A Filha de Mossoró”. Um dos comércios que premia atletas do América e ABC em amistoso interestadual.

Os brindes são doados também pelas Lojas Paulistas (grupo pernambucano), Casa Farache (dos familiares do dirigente abecedista Vicente Farache Neto) e Casa Carlos Lamas (leva o nome de um dos sócios e de um dos fundadores da Rádio Educadora de Natal/REN, depois a Associada Poti).

Mais a firma Viana & Companhia (um dos sócios é o panificador Abel Viana, antigo goleiro do América dos anos 20), Casa Nolasco, Alfaiataria Amazonas e Viúva Elihimas & Filhos. Entre os presentes ofertados aparelho de barbear, camisas, gravatas e perfumes.

John R. Harrison

“A Filha de Mossoró” ficava na Praça Augusto Severo (Ribeira). Com frente para o “Taboleiro da Baiana”, um misto de parada de bonde, restaurante e bar, desativado com a construção da antiga rodoviária, inaugurada pelo prefeito Djalma de Albuquerque Maranhão (1963).

A foto da pequena loja “A Filha de Mossoró” faz parte do acervo de 200 fotografias do militar americano John R. Harrison, o “Jack”, que serviu na base aérea do então distrito de Parnamirim, durante a segunda metade dos anos 40.

“Jack”, do Estado de Delaware (Costa leste), se alistou na Marinha aos 17 anos, após terminar o curso de fotografia vem para o Brasil na primeira missão em tempos de guerra.

Esteve baseado no quartel-general em Recife e fotografa esquadrões em missões. Lançou um livro com as fotos inéditas em 2000.

 

FONTES

A Ordem

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Fatos e Fotos de Natal Antiga

Fundação Rampa

TV Globo

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

A preferência do mascote que posa com Pelé

Renato Vilar de Lima, com a camisa de goleiro, e os irmãos Tinoco Cabral Torres

José Vanilson Julião

O jornalista e escritor Kolberg Luna Freire – autor da biografia do ex-jogador e memorialista José Ribamar Cavalcante – mata a cobra e mostra o pau ao enviar uma fotografia posada do ABC em 1973.

A imagem histórica demonstra a preferência pelo alvinegro do mascote Renato Vilar de Lima, aquele que posa ao lado do repórter Cezar Virgílio Pereira e do Rei Pelé no amistoso América 1 x 2 Santos (1971), no Estádio Juvenal Lamartine.

E mostra o garotinho Renato Vilar, perto de completar oito anos (é nascido em setembro de 1965), e os irmãos Abel e Ernani Tinoco Cabral Torres como mascotes do alvinegro no Estádio Castelo Branco.

O flagrante provavelmente foi feito durante a Taça Cidade de Natal ou Campeonato Estadual com o estádio está ainda sem a cobertura da arquibancada do "Frasqueirão" (reduto da torcida abecedista) e somente concluída entre 1975/76.

A prova está na presença do meia uruguaio Danilo Menezes, que estreia no amistoso ABC 2 x 2 Ferroviário do Recife (3/8/1972), um dia antes de completar exatamente dois meses da inauguração.

E por constar como titular no arco alvinegro de Erivan Varela Barca, que não atuou em nenhum jogo do primeiro campeonato nacional disputado pelo ABC, com Tião, vindo do Bonsucesso, ocupando o posto.

Além de que no segundo semestre, está fora da competição devido a suspensão imposta pela então Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atual Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

 

NOTA DA REDAÇÃO

Elenco da foto: Erivan, Sabara, Edson, Telino, Maranhão, Anchieta, Libânio, Alberi, Jorge Demolidor, Danilo Menezes e Morais

 

FONTES

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Súmulas Tchê

Companheiro de Pelé acessa reportagem sobre mascote natalense

Outros famosos já curtiram o material esportivo inédito do blog potiguar

José Vanilson Julião

O ponta-esquerda "Edu"

Ao ver o nome do personagem na curtição da identificação do mascote Renato Vilar de Lima, que posa ao lado do repórter Cezar Virgílio Pereira e de Pelé antes do amistoso América 1 x 2 Santos (1971), no “Juvenal Lamartine”, a memória foca nos anos 60/70.

Para não restar nenhuma dúvida fui conferir em fontes especializadas. É ele mesmo. O antigo ponta-esquerda de uma das linhas atacante do Santos com a Majestade do esporte.

O paulista Jonas Eduardo Américo (Jaú, 6/8/1949), o "Edu", campeão mundial pelo selecionado nacional na Copa de 1970 (México). Pelo Peixe ele fez 584 jogos e 183 gols entre 1966/76.

Depois do alvinegro da Baixada ele ainda vestiu as camisas do paranaense Colorado, Corinthians, Internacional, Tigres (México), Tampa Bay (Estados Unidos), São Cristóvão, Nacional de Manaus e Dom Bosco (Cuiabá/Mato Grosso).

Quem também já curtiu o JORNAL DA GRANDE NATAL foi o ex-jogador e treinador aposentado Roberto Brida (Itajobi/SP, 30/1/1945).

Ele é irmão de Moacir Bernardes Brida (1948 – 2011), o "Brecha", atacante da Juventus paulistana e Corinthians.

Outra celebridade que já curtiu este espaço foi o ator paulista radicado no Rio de Janeiro, Reinaldo Gonzaga, filho do também ator Castro Gonzaga (1918 – 2007).


FONTES

Memorial da Fama

O Gol

Terceiro Tempo


Osair lança livro sobre a secular carne de sol


Obra registra a desaparecida forma de fazer a iguaria típica da Região Nordeste

Em janeiro de 1986 o repórter Osair Vasconcelos e o fotógrafo Giovanni Sérgio passaram quadro dias em Caicó, na região seridoense do Rio Grande do Norte.

Entre fins de madrugadas e começos de noite acompanharam "seu" Fausto na preparação da carne de sol conforme o modo secular, desde o tiro certeiro que derrubou a rês até a exposição para venda nas bancas da feira.

"Seu" Fausto foi o último marchante a preparar a carne de sol da forma como os portugueses a trouxeram para o sertão nos tempos da colonização.

A reportagem foi publicada na edição número cinco da revista "Globo Rural", por quem foi encomendada.

Quase quatro décadas depois o editor Abimael Silva descobriu que esse é o único registro escrito que narra o processo original da feitura da carne de sol.

Disso nasceu este livro: "Das mãos de seu Fausto para as mesas do Brasil - A reportagem que registrou o modo secular de fazer carne de sol do Seridó."

O livro traz, além da reportagem, depoimentos de Abimael Silva, Humberto Pereira (o criador do Globo Rural - revista e programa de tevê), Albimar Furtado e o prefácio de Vicente Serejo, e foto produzida por Giovanni Sérgio, que dá um toque artístico ao livro.

Além disso, Osair Vssconcelos relata como foi feita a reportagem, da saída de Natal até a carne ser levada as bancas da feira de Caicó.

Registre-se o excelente projeto gráfico (Vitor Marinho), arte da capa e xilogravuras (Aureliano Medeiros) e fotos (Giovanni Sérgio) para uma edição "Sebo Vermelho" e "Editora Z".

 

LANÇAMENTO: sábado, 2 de março (10 horas)

Sebo Vermelho - Avenida Rio Branco 705 (Cidade Alta)

 

Garoto da foto com Pelé se transforma em escritor

Renato Vilar de Lima também flanou no "Castelão" e virou cronista dos bons

José Vanilson Julião

Livro lançado em 2017

O jornalista e escritor Kolberg Luna Freire (autor da biografia de José Ribamar Cavalcante) entra na jogada e informa que o garoto da fotografia ao lado de Pele é torcedor do ABC.

O chefe do setor de cerimonial do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte, Renato Vilar de Lima, o menino da imagem captada no Estádio Juvenal Lamartine (dezembro/1971), prosseguiu entrando em campo.

Porém após junho de 1972 com o inaugurado Estádio Castelo Branco (João Machado a partir do segundo semestre de 1988 e demolido para dar lugar a Arena Francisco Marinho Chagas).

Mas como mascote alvinegro até pelo menos o final da primeira ou segunda metade dos anos 70. Assim a ida dele ao JL foi mesmo pra ver o Rei do Futebol e não o América.

Adulto se torna cronista de mão cheia ao lançar há seis anos o primeiro livro “Aprendiz de Gigolô”. Com 56 crônicas ou contos que retratam situações do cotidiano de forma hilária.

Desde a aquisição de óculos novos à uma ocorrência na fila do supermercado ou uma viagem ao interior do Pernambuco e até de um episódio de pânico causado por uma suspeita de infarto de um amigo” (“Tribuna do Norte”, 7/6/2017).

Fã do escritor Luiz Fernando Veríssimo (filho de Érico), inspira-se no título da obra do literato gaúcho, “Gigolô das Palavras”.

 

FONTES

Tribuna do Norte

Hilneth Correia

Papo Cultura

 

 

 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Identificado garoto da foto com o Rei Pelé

Cesar Virgílio Pereira, Renatinho e Pelé

José Vanilson Julião

O servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN), Renato Vilar de Lima, é o garoto da fotografia que posa ao lado do Rei, durante entrevista de Pelé ao repórter, depois árbitro Cesar Virgílio Pereira e comentarista de arbitragem.
Edson Arantes do Nascimento, nome de batismo da Majestade do futebol, está no Estádio Juvenal Lamartine (Tirol) momentos antes do jogo do Santos (2 x 1 para o Peixe) contra o América (12 dezembro de 1971), promoção da agência Dumbo Publicidade.
A imagem com Renatinho, que veste a camisa número um, de goleiro, pertence ao acervo do ex-jogador (ponta-direita), memorialista José Ribamar Cavalcante, alvo de biografia do jornalista Kolberg Luna Freire.
Em rede social o J. Ribamar pergunta quem é o mascote e o internauta Sérgio Leite identifica o pequeno personagem, de quem é colega de repartição.
R. V. Lima

O técnico judiciário Renato Lima foi diretor-presidente (2013/15) da Associação dos Servidores da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte.
Da qual foi diretor-administrativo na quinta gestão diretiva, justamente a anterior. Renato é funcionário da instituição desde 1991.



FONTES
Diário de Natal
O Poti
Tribuna do Norte
ASSEJERN
Fatos e Fotos de Natal Antiga
Acervo pessoal/J. R. Cavalcante

A história do pai do "Homem de Pedra" (conclusão)

Max comemora um dos mais de 80 gols pelo América/Foto: Fabiano de Oliveira

José Vanilson Julião

Primeiro foi a entrevista sobre a estreia do filho pela Sociedade Esportiva Palmeiras para o portal “Imirante” do grupo do “O Estado do Maranhão” (2007).

Em seguida o perfil traçado em reportagem do mesmo jornal da capital, São Luís, reproduzido pelo blog “Futebol Maranhense Antigo” (2012).

Depois aparece em reportagem sobre a liderança do artilheiro Max Brendon na premiação do Troféu Arthur Friedenreich (2015).

Quando é dito que Max tem "pedigree" pelo ditado popular: “Filho de peixe, peixinho é”. Assim como o pai ganhou o apelido pela frieza na cara do gol.

Finalmente o balanço da pesquisa sobre o genitor dele, o ex-jogador Ovídio Antônio Costa Pinheiro, o “Pé de Cimento”, chega ao encerramento da série.

A quarta reportagem em que aparece é feita dez anos depois do até hoje ídolo da torcida do América/RN ser contratado pelo clube alviverde paulistano.

O site Universo On Line (UOL), em 13 de agosto de 2017, faz um histórico da carreira do goleador.

Os repórteres Emanuel Colombari e Vanderlei Lima enfatizam os dois momentos palmeirense (2007 e 2010) e o começo tardio no futebol.

O primeiro e único gol com a camisa do "Porco" acontece no aniversário de 93 anos do clube.

No 2 a 1 sobre o Figueirense. Em Florianópolis. Pela Série A (26 de agosto de 2007).

Fala até da suspensão pelo doping quando se encontra no alvirrubro da capital norte-rio-grandense.

Max não passou por nenhuma categoria de base. Fazia bicos no chaveiro e em lava-jato de um tio. No final de semana participava das peladas.

Até ser indicado para o Tocantinópolis em 2004/05. Havia passado em um teste no Maranhão Atlético Clube – o mesmo que revelara o pai – dois anos antes.

"Pensei em parar. O meu pai, Ovídio Antônio, chegou até a perguntar para mim se eu queria jogar. Eu falei que eu não ia mais!, diz Max Brendon.

E continua: - Era muita trairagem, muita panelinha. Cabeça-dura, pensei em parar."

E: "Eu vou parar antes de começar. E o meu pai foi o meu incentivador, ele me deu força", relembrou...

sábado, 24 de fevereiro de 2024

A história do pai do "Homem de Pedra" (V)

Max Brendon no Palmeiras em 2007

Primeira entrevista do genitor pela estreia do atacante Max Brendon no Palmeiras

José Vanilson Julião

Com mais uma e última varredura na rede é encontrada, talvez, a realmente primeira menção ao ex-jogador Ovídio Antônio Costa Pinheiro, o "Alcino Pé de Cimento", como pai do artilheiro do América/RN, Max Brendon.

O portal "Imirante.com" (26 de junho de 2007), do grupo de "O Estado do Maranhão", publica entrevista com Alcino, ex-jogador do MAC.

Quando diz que o filho, exemplo de talento hereditário, foi rejeitado pelo Bode Gregório (apelido do Maranhão Atlético Clube).

A fala acontece pela estreia de Max Brendon, então com 23 anos, no Palmeiras em derrota para o Atlético/PR pela Série A.

- Foi muito bem para quem não jogava há seis meses. Se movimentou e criou oportunidades. O problema foi no meio, que não serviu os atacantes, disse o pai coruja.

O artilheiro maranhense teve que esperar pelo desfecho de briga na Justiça contra o América e Corinthians alagoano pelos direitos federativos, pois estava suspenso (120 dias).

O Palmeiras fez acordo com os nordestinos para que jogasse até a definição da situação.

Como se destacou na Série B pelo alvirrubro potiguar despertou interesse do Atlético/MG e do Vasco da Gama.

"O empresário pensou que ele não vingaria e entra na CBF com outro contrato e por ter dois foi punido com quatro meses", explicou Alcino.

 

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

A história do pai do "Homem de Pedra" (IV)

Desta vez é terceira e última parte da primeira reportagem encontrada (fracionada pela extensão) sobre a carreira do pai do artilheiro americano Max Brendon Costa Pinheiro, Ovídio Antônio Costa Pinheiro, o “Alcino Pé de Cimento”.

De autoria dos jornalistas com as assinaturas abaixo em “O Estado do Maranhão” e reproduzida no blog “Futebol Maranhense Antigo” (28/11/2012), do pesquisador maranhense Hugo Saraiva.

Edivaldo Pereira Biguá e Tânia Biguá

Viana, ex-companheiro, antes e depois

1981: Alcino alcança excelente fase. Desperta interesse do Cruzeiro, Nacional (AM) e Bangu. Porém, na hora dos acertos com o MAC, nada dava certo e ele ia continuando por aqui. 1983: acaba emprestado ao Remo.

“Fiquei seis meses. Fui pego de surpresa em um exame médico que apontou arritmia no meu coração. Recebi apoio total da diretoria e dos companheiros. Fiquei arrasado, decepcionado. Como é que em São Luís ninguém viu nada? Eu não sabia o que fazer, foi horrível!”.

Em setembro retornou ao MAC. O clube o mandou a São Paulo para fazer novos exames e saber o impossibilitaria de continuar jogando. “O susto passou. Fiz os exames e fui autorizado a continuar jogando”.

No retornou sentiu um clima pesado e acabou aceitando o passe em uma negociação trabalhista e foi para o Tiradentes (PI). “Fui vice-artilheiro do campeonato. Renasci em Teresina”.

1985: aceita convite do técnico Benê Ramos e se transfere para o Grêmio São Carlense. “Recebi de luvas mais do que havia recebido em sete anos no MAC”.

O goleiro Celso Cajuru, o meia Viana (ex-São Paulo), Donizete (ex-Palmeiras) e Américo (ex-América-RJ) foram alguns dos companheiros.

A temporada paulista dura nove meses. Depois pensou em parar no retorno a São Luis e o MAC faz “proposta indecente”.

A convite de Braid Ribeiro vai para o Deportivo Catopax de Latacunga, a três horas de Quito, capital equatoriana.

“Estreamos contra o Esmeralda Petroleiro. Ganhamos por 1 x 0, gol meu. No outro dia recebi as luvas e acabei ficando por lá. Ficaram também Rodrigo e Fernando Misterioso (ex-Sampaio Corrêa).

Depois da barca no Equador Ribeiro tentou levá-lo para a Costa Rica. Com 30 anos se aposenta.

A história do pai do "Homem de Pedra" (III)

Agora é o momento da segunda parte da reportagem (dividida ou fracionada pela extensão do texto) sobre a carreira do pai do artilheiro americano Max Brendon Costa Pinheiro, Ovídio Antônio Costa Pinheiro, conhecido como “Alcino Pé de Cimento”.

De autoria dos jornalistas com as assinaturas logo abaixo e publicada no jornal “O Estado do Maranhão” e reproduzida no blog “Futebol Maranhense Antigo” (28 de novembro de 2012), do pesquisador e escritor Hugo Saraiva.

Edivaldo Pereira Biguá e Tânia Biguá

Treinador Marçal Tolentino Serra

Em 1976 o já conhecido Alcino é indicado pelo jornalista Haroldo Silva ao proprietário do Cartório de Barra do Corda para reforçar o Grêmio e a Seleção locais que iriam disputar o Campeonato Intermunicipal.

“Foi aqui que comecei a ganhar um troco legal para jogar. O técnico do Grêmio e da Seleção era o Santos, que hoje é o chefe da Torcida Sangue Tricolor, do Sampaio Corrêa”.

- O centroavante dele era o meu amigo Alcino. Estreei contra o River (PI) em um amistoso. Fiz dois gols (Grêmio 3 x 2). Cada gol que marcava me dava um mil cruzeiros.

No começo do ano Alcino foi para o Maranhão. O artilheiro Riba, o maior da história do clube, estava machucado e não participaria de amistoso contra o Sampaio Corrêa.

Treinei firme e fui a campo sob o comando do professor Marçal Tolentino Serra (1936 - 2022), campeão brasileiro Divisão Especial pelo Sampaio Correia (1972).

Estádio estava cheio, reconheço o Rosclin (Sampaio). Fui falar com ele e ele disse, bem secamente, que ali era inimigo e que não iria falar comigo naquela hora, só depois do jogo. Fiquei sem graça”.

O amistoso terminou 0 x 0 e Alcino deixou o gramado no intervalo. Segundo Marçal, ”era para não queimar o garoto”.

“Pé de Cimento”

O apelido foi dado por Antônio Bento Catanhede Farias (diretor do MAC). “Contra o Imperatriz chutei de fora da área. A bola bateu no rosto do goleiro que acabou desmaiando. O lance terminou em gol.

No intervalo Antônio Bento disse: - Seu pé é um verdadeiro pé de cimento e dai pra frente ganhei mais um apelido. O time foi campeão de ponta a ponta. Em 1980, este mesmo grupo disputou a final do Estadual contra o Sampaio e perdeu por 1 x 0.