Consulta

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Identificação total dos potiguares da seleção de Quixadá

Aluízio Pinheiro Leite, penúltimo em pé, foi suspenso junto com o companheiro
Francisco Xavier de Lima, o Chicão, durante o campeonato infantil de 1957

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A publicação da notícia dias após a conquista do torneio intermunicipal cearense foi o estopim para a identificação por completo dos nomes dos dois jogadores natalenses do selecionado de Quixadá.

O jogo Quixadá 3 X 1 Beberibe acontece dia 12 de janeiro de 1964 e o Diário de Natal informa na edição do dia 21 do mesmo mês as participações do goleiro Biro e do zagueiro Chicão, respectivamente oriundos do Clube Atlético Potiguar e do ABC.

Em pesquisas anteriores destinadas a outra série inédita já havia sido levantado que o arqueiro atleticano vice-campeão estadual de 1961 (reveza com Jarian: guardem este nome. O leitor lerá muito sobre ele) chama-se Severino Alves.

Mas foram novas consultas para esta sequência atual que identifica totalmente a grafia da certidão de batismo: Severino Alves Carvalho, atualmente convertido ao protestantismo (informação exclusiva do jornalista José Claudino Leite Filho).

Quanto ao lateral do aspirante alvinegro é a primeira vez que tem o nome completo anunciado, fruto da principal fonte, o vídeo do radialista Amadeu Filho com a relação de todos os atletas envolvidos na conquista da Copa do Sertão (1963).

Como já divulgado Francisco Xavier de Lima. Do qual somente se sabia, até então, o nome. O repórter encontra, posteriormente, no extinto jornal da cadeia Associada da capital potiguar uma informação importante.

Numa edição de 10/4/1957 consta o nome de Francisco Xavier de Lima como integrante da pauta do Tribunal de Justiça Desportiva, conforme expediente oficial assinado pelo presidente da Federação Norte-rio-grandense de futebol, Humberto Nesi.

É o dirigente que assina ato 42/57 suspendendo por uma partida o atleta infantil Francisco Xavier de Lima, assim como os companheiros Aluísio Pinheiro Leite (o depois massagista), Damião Alves e Aderbal Barros de Medeiros.

Na mesma decisão são punidos os atletas infantis do tricolor Santa Cruz Esporte Clube Cláudio Eduardo Pinto de Freitas e William Silva. Enquanto é suspenso por 20 dias o abecedista Garibaldi Carvalho Barreto.

Tudo por conta de incidentes numa partida do dia 6 de abril. No mesmo expediente a presidência da FNF determina os tramites legais para a decisão do campeonato juvenil da temporada anterior, entre o Santa Cruz e ABC, vencedores do turno e returno, dia 13.

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Definidos grupos do América/RN e QFC na Copinha

Com gol do lateral-direito Elias o América venceu o QFC e conquistou o Campeonato Potiguar Sub-20 na Arena das Dunas

Jota Valdeci

Especial

A Federação Paulista de Futebol divulgou nesta terça-feira os 32 grupos da 56ª Copa São Paulo Futebol Júnior.

O tradicional torneio começa dia 2 de janeiro e será disputado por 128 equipes, divididas em chaves com quatro times cada.

Os dois melhores de cada chave avançam e, daí em diante, os confrontos são no formato “mata-mata”.

A final será no Estádio Paulo Machado de Carvalho, no bairro de Pacaembu, em 25 de janeiro, aniversário da capital paulistana.

 

Grupo 3 (Tanabi)

Tanabi-SP

Goiás

América-RN

Sobradinho-DF

 

Grupo 29 (Osasco)

Audax-SP

Atlético-MG

União-MT

QFC-RN

 

O "Dengoso" treinador do Quixadá FC?

O penúltimo, agachado, o potiguar João Tavares de Morais, "Tidão", recentemente falecido com mais de 90 anos

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Três situações chamaram a atenção do repórter no recorte de um jornal de Fortaleza, sobre os antecedentes e preparativos do Quixadá FC para a primeira participação na elite do campeonato cearense (1968), pelo acesso com o título da segunda divisão no ano anterior.

Primeiro: dirigente Raimundo Souza de Oliveira declina o nome do treinador Manoel Conrado do Nascimento (Aracaju/SE, 15/7/1923 – Fortaleza/CE, 2011), o "Dengoso", antigo jogador, sequencialmente (entre 1946/1952), do Santa Cruz/PE, Paysandu (Belém do Pará), Moto Clube (São Luís/MA), Sport Recife e Auto Esporte (João Pessoa/PB).

Mas quem assumiu mesmo a direção técnica foi o tenente da Aeronáutica Osvaldo Heleno Nazardo, que havia treinado o Ferroviário em 1961 e dez anos depois comanda o Calouros do Ar na beira do gramado. Mas não demora muito, cai no final de março diante de uma sequência de derrotas.

Segundo: a base do elenco, de acordo com a escalação do time titular na fotografia, com oito jogadores do selecionado de Quixadá campeão do torneio intermunicipal ("Copa do Sertão") em 1963 e decidido em janeiro do ano seguinte: Mariano, Albano, Arara, Mafia (goleiro), Vicentinho, Perpétuo Correia Lima, Zé Leônidas e Amaury.

Terceiro: o diretor do estreante explica os amistosos contra seis clubes da capital cearense com vitórias frente o Nacional (o time da rapaziada dos Correios), Calouros do Ar (a equipe da Base Aérea), Gentilândia, América (2 x 1) e o Ceará (1 x 0).

A única derrota para o Fortaleza (pela contagem mínima), mas como Seleção de Quixadá, dia 8 de dezembro de 1963, um mês e dias antes da decisão da competição intermunicipal contra o selecionado de Beberibe (12 de janeiro de 1964), conforme o site Futebol 80.

Esquisito: o jogo contra o “Vovô” não consta na mesma fonte da internet. Algum ruído na coleta de dados ocorreu desde lá!

 

MOTO: João Mouchrek (diretor), Rui, Merci, Gegeca, Pinheirense, Carapuça, Mourãozinho; Batistão,Galego, Ênio Silva, Ananias e Dengoso

FONTES/IMAGENS

A União

O Liberal

Diário do Nordeste

O Norte

Arquivo Coral

Aventuras na História

Blog do Marcão

Futebol Maranhense Antigo

Futebol 80

Jornal da Grande Natal

Súmulas Tchê

Recorte antigo de jornal destaca Quixadá Futebol Clube

Imprensa de Fortaleza noticia a estreia do Quixadá FC (com a base da seleção) no campeonato cearense da primeira divisão de 1968 com o paraibano de Cajazeiras, o atacante Perpétuo Correia Lima


Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, historiador, escritor, fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras e fundador do Museu de Esportes de Cajazeiras

 

Amanhã, 30 de outubro, completar-se-á 44 anos do falecimento de Perpétuo Correia Lima, Perpétuo, Péto, para os mais íntimos. Este cidadão cajazeirense foi um dos maiores jogadores de futebol que vi jogar, confesso, um craque completo no domínio e na condução da bola, no chute ao gol e principalmente nos lançamentos, tinha uma visão de jogo como poucos, era aquele 10 que hoje sentimos a sua falta nos clubes e no futebol brasileiro.

Como sempre faço e farei até quando Deus me abençoar nesta árdua, mas, apaixonante missão de manter viva a história e a memória do futebol cajazeirense e, consequentemente de todos aqueles que a construíram, nesta edição, lembramos o 30 de outubro, a data que Deus levou Perpétuo para o time dos craques do céu.

Palmas para o saudoso Dr. Edme Tavares de Albuquerque que homenageou o craque colocando o seu nome no mais belo estádio de futebol do interior nordestino o Estádio Perpétuo Correia Lima o Perpetão. Perpétuo iniciou no futebol jogando, ainda descalço, pelo Vasco da Gama de Edson Feitosa, em Cajazeiras ele jogou: no Botafogo amador, Santos de Sérgio David, Atlético Cajazeirense de Desportos, Palmeiras de Eurico e finalmente no Botafogo Futebol Clube de Cajazeiras, aqui já como um jogador profissional.

Hoje, registraremos aqui neste espaço uma das suas muitas e gloriosas passagens no futebol além Cajazeiras. O nosso craque jogou em muitas cidades e clubes pelo interior dos sertões nordestino, em Patos jogou um paraibano pelo Nacional e em Sousa era presença certa em grandes amistosos da Sociedade Esportiva Sousa e ele em campo era sinal de espetáculo, show de bola.

Vamos destacar as suas jornadas no time do Quixadá, no intermunicipal de 1963 do estado do Ceará que foi conquistado pela seleção de Quixadá. Perpétuo foi o craque do time neste titulo, artilheiro da competição e um ídolo na cidade, lembrado até os dias atuais. A direção do time cearense jamais abriu mão de tê-lo em sua equipe e, ele sempre fazia uma exigência aos seus dirigentes que era ao final de cada partida ter o seu deslocamento direto para a sua amada Cajazeiras.

O destaque trazido por um jornal da capital cearense, mostra a grandeza do futebol da seleção de Quixadá em traduz quem foi Perpétuo no cenário da conquista deste titulo tão importante para está cidade. Perpétuo é sem dúvida o CRAQUE DO SÉCULO do nosso futebol.

 

*Original publicado em 29 de outubro de 2021 e na atualidade foram decorridos 48 anos do passamento.

 

Ídolo de dois municípios é patrono do estádio

Panorama do Estádio Perpétuo Correia Lima ainda inconcluso sem as cabines da imprensa e tribuna

Garrincha e o cajazeirense Perpétuo Correia

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O Estádio Perpétuo Correia Lima é inaugurado (4/11/1984), ainda não concluído totalmente, com o amistoso Botafogo 4 x 2 Auto Esporte, ambos da capital, João Pessoa/PB. Aroldo, do alvirrubro, fez o primeiro gol.

Com apito do árbitro local, Mário Coutinho, e o ponta pé inicial do governador Wilson Leite Braga, o clássico "Botauto" foi assistido por 2.999 torcedores, que proporcionaram a renda de Cr$ 5.010,00. Outra abertura oficial em 27/1/1985.

O "Perpetão" passou a ter jogos noturnos com a instalação de modernos refletores (24/1/2007) inaugurados com o jogo oficial do campeonato paraibano, Atlético de Cajazeiras x Treze.

Inclusive com transmissão ao vivo pela TV Correio, afiliada da Rede Record, envolvendo os seguintes profissionais da imprensa esportiva: o narrador Ivan Nunes (atualmente na Pan de Natal), Adenilson Maia (comentarista), Murib Macedo e Gilberto Lima (reportagens).

Reudesman Lopes escreveu dois livros

Posteriormente o professor Reudesman Lopes Ferreira - autor do livro "História do Futebol de Cajazeiras" lançado com 600 páginas em outubro de 2015 - conta desde o Pitaguares (1923) e dez delas dedicada ao ídolo de Cajazeiras e do futebol de Quixadá, no interior do Ceará.

Ele organiza uma exposição no Estádio Higino Pires Ferreira, o primeiro da cidade, sobre Perpétuo Correia Lima (2/4/1939 - 30/10/1977). Começou no Vasco da Gama local e passou a jogar nos clubes da cidade: Santos, Estudante, Duque de Caxias, Atlético e Botafogo, pelo qual participa do único campeonato paraibano (1974).


Foi no HPF que Perpétuo jogou ao lado do ponta-direita Manoel Francisco dos Santos, o "Garrincha", em duas oportunidades em 1973. Primeiro no amistoso Botafogo de Cajazeiras e Souza, no Estádio Antônio Mariz.

Em seguida no amistoso Botafogo x combinado Icasa/Guarani, equipes de Juazeiro do Norte/CE. Ainda jogou no Sociedade Esportiva Souza (não é o atual) e Nacional de Patos, além do Quixadá (o clube) e Sirol (Juazeiro).

Faleceu em decorrência de um acidente doméstico, corrriqueiro, ao pisar numa madeira, utlizar um instrumento caseiro para retirar a ponta de pau, e contrair a bactéria do tétano. Além de patrono do estádio, é nome de rua em Cajazeiras.


FONTES/IMAGENS

Cajazeiras de Amor

Coisas de Cajazeiras

Diário do Sertão

Diário Esportivo

Difusora 1

Esportes do Vale 

Family Search

Folha VIP

Futebol 80

Globo Esporte

Jornal da Grande Natal

Josemar Alves

PB Esportes

Recanto das Letras

Secretaria de Comunicação/PB

Só Esportes

Serpa Di Lourenzo

TV Torcedor


segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Potiguares titulares na decisão da "Copa do Sertão"

José Okka Baquit

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Comandada pelo treinador Geraldo Bernardes a Seleção de Quixadá entra em campo como vice-campeão do ano anterior (selecionado do Cedro campeão).

Como anormalidades o jornal Unitário registra Ribeiro expulso e Zé de Melo é substituído por contusão.

O impresso da capital cearense cita no final da reportagem algumas personalidades de Quixadá que acompanharam a decisão.

Entre elas o prefeito José Okka Baquit, falecido aos 93 anos, em outubro do ano passado.

Ele ocupou o cargo (1963/67) eleito pela União Democrática Nacional (UDN), um dos partidos políticos existentes na época antes do regime militar (1964).

A lista dos jogadores campeões é composta primeiro dos titulares, intercalados pelo treinador, e complementada com os reservas ou suplentes.

Zé Leônidas foi escolhido o melhor atleta da competição. O paraibano Perpétuo, hoje patrono de estádio na terra natal, Cajazeiras, acabou como o artilheiro.

Os norte-rio-grandenses Biro (oriundo do Atlético) e Chicão (da base do ABC) entre os campeões.

 

O ELENCO: José Ribeiro Granjeiro (zagueiro-direito), João Ribeiro (zagueiro-central), Francisco Ferreira Lopes (Mariano, médio-direito), Francisco Albano Lima (centromédio), Francisco Xavier de Lima (Chicão, zagueiro esquerdo), Francisco da Silva (Da Silva, extrema-direita), José Inácio de Melo (Zé de Melo, meia-direita), Perpétuo Correia Lima, Severino Alves de Carvalho (Biro, goleiro), José Ferreira Lopes (Zé Leônidas, meia esquerda), Francisco Nogueira Barros (Tico, extrema-esquerda), Mafia (goleiro); Zé Preguinho (zagueiro-central), Arara (médio-esquerdo), Vicentinho (extrema-direita) e Amauri (meia-esquerda).

 

FICHA TÉCNICA

Quixadá 3 x 1 Beberibe

Data: domingo, 12/1/1964

Competição: Copa do Sertão

Estádio: Presidente Vargas

Cidade: Fortaleza/CE

Árbitro: Mozart Rodrigues

Auxiliares: Ricardo Bonadies e José Nogueira Filho (Planika)

Renda: Cr$ 1.801.150

Gols: Perpétuo (dois), Tico e Sérgio

Quixadá: Biro, Ribeiro, Granjeiro, Mariano, Albano, Chicão, Da Silva (Zé Preguinho), Zé de Melo (Vicentinho), Perpétuo, Zé Leônidas (Amaury) e Tico

Beberibe: Maciel, Faixa Branca, Zé da Senhora, Sérgio, Erialdo, Everaldo, Dedé (Edson), Hélio, Pinha, Mauro e Demócrito

 

Do selecionado nacional para a Seleção de Quixadá

BRASIL: Gentil Cardoso, Edson, Geroldo, Waldemar, Zé Maria, Servilio, Givaldo, Traçaia, Zé de Melo (segundo agachado), Paulo, Geraldo e Elias


JOSÉ VANILSON JULIÃO

Podem ser destacados dois craques históricos da campanha do único título do torneio intermunicipal cearense pelo selecionado de Quixadá.

O falecido paraibano de Cajazeiras, Perpétuo Correia de Lima, e o cearense de Limoeiro do Norte, José Inácio Felício de Melo (7 de janeiro de 1934).

O primeiro teve carreira restrita aos Estados da Paraíba e Ceará. O segundo foi até o Recife, capital pernambucana, e ainda fez carreira na Europa.

Zé de Melo foi o artilheiro do campeonato cearense de 1958 pelo Ferroviário Atlético Clube, o popular FAC, com 21 gols.

Ainda defende Fluminense de Feira de Santana (Bahia), Sanjoanense (Portugal), Santa Cruz e Ceará Sporting.

Além do clube Coral recifense foi convocado para a Seleção de Pernambuco, apelidada de "Cacareco", que representa o Brasil numa competição continental.

No Sul-americano Extra (1959), marca um gol em uma das partidas, 3 x 1 Equador (19 de dezembro).

E ainda em Guaiaquil mais um no amistoso contra o selecionado equatoriano (27 de dezembro), com outra vitória (2 x 1).

ATLETAS CONVOCADOS

Santa Cruz (nove): Walter Serafim, Jorge Carvalho, Edson Santos, Biu (Severino Silva), Servilho (José de Lucas), Dodô (Haroldo Silva), Tião (Sebastião dos Santos), Moacir Francisco dos Santos, Mainha (Rinaldo Amorim Maia), Zé de Melo (José Inacio de Melo), Goiano (Clemilton Ataide Cavalcanti) e Clóvis Pinheiro Santos.

Nautico (sete): Paulo Pisaneshi, Waldemar Chiarelli, Givaldo Cordeiro, Zequinha (José Pereira Miná), Nancildo Nepomuceno, Hémilton Freitas, Geraldo José da Silva, Elias Oliveira e Fernando Salvador.

Sport (sete): Bria (Cosme Rodrigue de Mélo), Nei Bezerra Andrade (foi do ABC e Bahia), Zé Maria (José Maria Salles), Tomires de Souza Galvão, Bé (Roberto Bocaelli), Oswaldo Martins e Zeca (José Cardoso Reis).

Ferroviário (três): Zeca (José Carlos Reis), Neco (Manuel Pereira dos Santos) e Amâncio (José Américo Silva); Ibis (dois): Vantu (Vantil Santos), Paraíba (Inaldo Lima Silva) e Jovelino Candido Fernandes; Asas (um): Manoelzinho (Manoel Bezerra).

 

FONTES/IMAGENS

Almanaque do Ferroviário

Diário de Pernambuco

Diário da Manhã

Diário do Nordeste

O Povo

Tribuna do Ceará

Esportelândia

Fernando Machado

Futebol 80

Jornal da Grande Natal

Lenivaldo Aragão

O Gol