Consulta

quinta-feira, 10 de julho de 2025

O "Major" treinou e não ficou no América/RN (III)

Celso Spinelli com o filho Miguel Antônio do Nascimento Rabelo ao ver as fotos do avô Miguel Spinelli/Foto: Adailson Calheiros

Volante Zé Leite com o garoto Munizinho, filho
do diretor de futebol do clube,, Zé Muniz

Wellington Santos

Tribuna Independente (31/3/2023)

No início dos anos 1970 Miguel Spinelli começou a trazer para Maceió jogadores “estrangeiros” de certo nome no futebol nacional, como o habilidoso atacante pernambucano China, com certo cartaz no Palmeiras-SP, e de quem Miguel era grande amigo.

E contrata pernambucanos: os atacantes Bite, Reinaldo e o zagueiro Major, e jogadores que atuavam no interior de São Paulo, como Pires, Gabriel – irmão de Cabralzinho (com passagem pelo Bangu), que gozava de um certo cartaz no Santos de Pelé.

Estava formada a chamada terceira força do futebol alagoano. “Eu acompanhava papai nos campos. De todos os jogadores era muito amigo de Gabriel e China”, completa Celso. Aquele time de “forasteiros” treinava onde existia o campo de várzea e onde situa-se hoje o Lar São Domingos.

O primeiro jogo do São Domingos foi contra o CSE em Palmeira dos Índios (1969): 3 x 3. Rende até manchete na “Gazeta de Alagoas”: ‘São Domingos faz seu primeiro milagre!”

A base: Isnar, Jonas, Pires, Major, Erivaldo, Zé Leite (passou pelo América de Natal), Mário, Joelzinho, Reinaldo, China e Bite.

 

FONTES

Arapiraca News

Arquivos de Futebol do Brasil

Blog do Sorrentino

História do Futebol

Jornal da Besta Fubana

Júlio Bovi Diogo

Toque de Primeira

Tribuna Independente

O "Major" treinou e não ficou no América/RN (II)

São Domingos (1971): Isnar, Catatau, Major, Dodô, Zé Leite, Clóvis, Giraldo, China, Reinaldo, Mário e Canhoteiro/Álbum de Família: Miguel Spinelli

Empresário Miguel Spinelli

Wellington Santos

Tribuna Independente (31/3/2023)

A simpática equipe formada pelo empresário Miguel Spinelli, que contratou alguns “forasteiros” egressos do interior de São Paulo e de Pernambuco, principalmente, e que nos primeiros anos da década de 1970 encantou a torcedores de diversas cores, sendo até mesmo o segundo time do coração de muitos torcedores de times alagoanos, mesmo dos tradicionais e longevos CSA e CRB.

O São Domingos encontra o lar e o time nasce em 1964 pela obra de Valdemar Santana, militar reformado da Marinha vindo do Rio de Janeiro, ex-jogador do Bangu e Vasco da Gama, quando passa a colaborar com o Orfanato São Domingos, um casarão no bairro de Mangabeiras, ainda existente.

Fundado (3/8/1919) como sociedade filantrópica voltada ao acolhimento de menores carentes em regime de internato, o orfanato passou por reordenamento institucional em 1995, com a implantação do Projeto Ninho de Pássaro, passando a se chamar “Lar” São Domingos.

Celso Spinelli/Foto: Adailson Calheiros/Tribuna

Ancorado nos fundamentos filosóficos do Lar Fabiano de Cristo (RJ), o reordenamento teve como princípio “nenhuma criança pode ser afastada da família por causa da pobreza”, sendo, portanto, extinto o regime de internato e implantado o atendimento em meio aberto a crianças de ambos os sexos.

Waldemar Santana forma a equipe de futebol com os jovens internos. Em 1 de setembro surge a União Portuária São Domingos com as cores de Alagoas: azul, vermelho e branco.

A proposta era pôr em atividade os internos do Lar São Domingos, que tinha um campo de futebol com dimensões oficiais. E logo os jovens jogadores foram se destacando nos campeonatos juvenil e conquista o campeonato estadual (1967).

O EMPRESÁRIO

No bairro da Serraria, em Maceió, encontra-se O elo entre o passado áureo do São Domingos de Miguel Spinelli. O que resta na casa do filho do empresário, Celso Spinelli, são algumas fotos do então presidente que montou aquele time.

“Papai chegou a Alagoas como viajante no início dos anos 1960, egresso de Pernambuco, como representante comercial. Ganhou dinheiro na profissão e resolveu chegar em definitivo com a família para Maceió quando arrendou uma empresa chamada Companhia Alagoana de Rações Balanceadas, a CARB”, recorda Celso.

“Nessa profissão era um cara que soube fazer muitas amizades e um deles foi o Murilo Teixeira, que administrava o Lar São Domingos. Como papai era um desportista nato e torcedor do Sport, conversou com Murilo para formar um time competitivo do Lar São Domingos e foi aí que tudo começou”, completa.


FONTES

Arapiraca News

História do Futebol

Tribuna Independente (AL)

 

quarta-feira, 9 de julho de 2025

O "Major" treinou e não ficou no América/RN (I)

CRB (1973): Renato, Haroldo, Major, Bibiu, Ademir, Roberto Menezes, Orlandinho, Reinaldo, Silva “Cão”, Tadeu e Sarão

Luiz Carlos Oliveira da Silva

Jota Valdeci

Especial

Nem somente dos resultados, títulos, jogadores, ídolos, treinadores e dirigentes polêmicos se resume a história do futebol.

Mas também de curiosidades, casos de bastidores e situações diversas colhidas nas páginas esportivas dos antigos jornais.

Como o do personagem que permaneceu na memória de quem acompanhou o campeonato brasileiro dos anos 70 pelo rádio e pela revista semanal “Placar”.

Foi o que me chamou a atenção nas costumeiras pesquisas de súmulas ou conferência de dados e nomes em fichas técnicas.

"Osiel tem problemas no rubro" é a mini reportagem da "Tribuna do Norte" (terça-feira, 9/7/1070):

- O zagueiro Luiz Carlos, que vem do futebol da Bahia, chegou a Natal, mas ainda que seja contratado, não haverá tempo para regularizá-lo.

Ainda na "TN" (quarta-feira, 10/6): - O zagueiro Luiz Carlos (que não é outro senão Major, que foi juvenil do Sport e jogou no Vasco da Gama) continua treinando com inteiro agrado os dirigentes americanos...

Trata-se do quarto-zagueiro Luiz Carlos Oliveira da Silva (Recife, 11/2/1949 – Maceió, 2017), o “Major”, falecido há oito anos em decorrência de complicações pós operação renal na capital alagoano.

Com rápida passagem no futebol paranaense aparece no São Domingos de Maceió (1969/71 e 77), mas também é sempre lembrado pela estadia marcante de cinco anos no Clube de Regatas Brasil, o popular CRB.

 

FONTES/IMAGENS

Tribuna do Norte

Alagoas 24 Horas

Blog do Sorrentino

GazetaWeb

História do Futebol

Memória do Futebol Alagoano

Museu do Futebol Alagoano

O Gol

Placar

Súmulas Tchê

Tribuna Hoje

7Segundos

Orçamento enviado fora do prazo em Cerro-Corá

Maciel: perdidinho

Proposta orçamentária do Executivo chega ao Legislativo sem realização da audiência pública com pedido de correção de erro

O artigo 75 da Lei Orgânica do Município estabelece que o Poder Executivo DEVE enviar pra Câmara, a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício seguinte, até 30 de abril do ano corrente. 

Pois bem, a gestão vigente enviou a LDO 2026 no final de maio, 30 dias depois do prazo legal.

O artigo 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que DEVERÁ ser realizada audiência pública como incentivo a participação popular para discussão dos orçamentos, como medida da transparência fiscal.

A LDO 2026 foi elaborada entre quatro paredes pela equipe da prefeitura, sem audiência pública para ouvir as demandas da sociedade e ainda enviada fora do prazo legal para a Câmara.

Envio fora do prazo ou o não envio caracteriza crime de responsabilidade previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal e pelo descumprimento de mandamento constitucional, conforme art. 10 da Lei 1.079/1950.

E, enquanto não for aprovada a LDO, a interrupção da sessão legislativa (recesso) permanece proibida em face da literalidade do art. 57, §2º, da Constituição.


Diante dessa "barbeiragem" administrativa de marinheiro de primeira viagem, o prefeito Maciel "de Doca" dos Santos Freire e equipe deram um jeito de pedir o projeto de volta em acordo com o presidente da Câmara, V. Arroz, e marcaram uma audiência pública para esta quinta-feira (10/07), com o objetivo de sanar o contundente erro e cumprir as determinações legais sobre orçamento público. (Press Release)

terça-feira, 8 de julho de 2025

A comilança dos assessores do prefeito em Cerro-Corá/RN

Gastos com exagero na alimentação requintada surpreende a população local

Maciel: perdidinho

A farra do café e almoço em seis meses ultrapassa gasto de quatro anos

Nos primeiros seis meses de gestão o prefeito Maciel “de Doca” Santos Freire (MDB) já gastou quase R$ 26 mil reais com café da manhã e almoço para assessores e servidores do alto escalão da Prefeitura de Cerro Corá.

O total de refeições chegam a mais de 1.110 unidades no período de janeiro a junho, sendo 884 almoços a R$ 23,00 e 227 cafés da manhã a R$ 22,20, cada, até mais caro do que o cidadão paga para ir se alimentar no próprio restaurante.

O fato intrigante nessa farra toda: a estrutura do restaurante fornecedor das refeições é de propriedade de um vereador da base do prefeito que ajudou na campanha e que atualmente está arrendado a um terceiro.

Enquanto muitas pessoas carentes passam necessidade sem ter as refeições mínimas necessárias no dia, o prefeito, seus assessores e outros servidores, que já ganham muitíssimo bem, ainda tem a benesse de ter a alimentação custeada com recursos públicos.

Como comparação o ex-prefeito Raimundo Marcelino Borges ("Novinho"), em quatro anos de sua gestão (2021-2024), gastou com refeições desse tipo somente R$ 31.606,01, o que o atual já gastou em meio ano de administração. (FONTE: PORTAL DA TRANSPARÊNCIA)

segunda-feira, 7 de julho de 2025

O futebolista e médico mossoroense Zé Leão (FINAL)

Zé Leão (segundo em pé) em outra formação, de um clube não identificado. Seria o Potiguar de Mossoró?


Lupercio no álbum, mas
pelo rubro-anil carioca, e
também se nota o goleiro
Marujo, que fez uma ponta
no América nos anos 50

JOSÉ VANILSON JULIÃO

José Arset Leão de Moura aparece no site oficial do ABC com um dos integrantes do elenco alvinegro na campanha do título de 1944 e aparece em fichas técnicas na temporada do ano seguinte do bicampeonato após a série de dez títulos seguidos (1932/41).

Ele também tem participação no América como reforço para o campeonato de 1943, cuja decisão com o Santa Cruz entra pelo ano seguinte, no único título do tricolor da capital potiguar, licenciado posteriormente duas vezes nos anos 60, a segunda em julho de 1967 para não mais voltar a cena do futebol.

Além de Zé Leão outros mossoroenses, como Mundoca, Aires, Lolinha e Saruê, também vestem a camisa alvirrubra na temporada de 1943. Como atesta uma súmula do jogo final com Zé Leão: América 1 x 2 Santa Cruz (9 de janeiro de 1943).

MADUREIRA

No primeiro jogo (14 de fevereiro de 1946) do clube tricolor suburbano carioca no Rio Grande do Norte, mas em Mossoró, procedente de Fortaleza, enfrenta um combinado local com esta formação: Maurício, Dedito Puó, Holanda, Zé Leão, Wilson Leão (irmão do nosso principal personagem), Carapeba, Deperto, Surica, Tidão e Seuné.

O visitante Madureira: Veliz, Mário Brandão, Danilo, Arati, Nilton, Castanheira, Lupercio, Bidon, Corrêa, Moacir e Pirombá. O detalhe: o Lupercio é quem inspira o nome de batismo do falecido comentarista mossoroense Lupercio Luiz de Azevedo (assunto alvo de uma série inédita do blog).

 

FONTES

A Ordem

Diário de Natal

ABC FC

Futebol Nacional

Jornal da Grande Natal

O futebolista e médico mossoroense Zé Leão (II)

Mais uma imagem do alvirrubro mossoroense com o atacante Zé Leão

José Arset Leão de Moura

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O antigo jogador de futebol com passagens rápidas pelo futebol pernambucano (América e Náutico) nos anos 40 é homenageado na cidade natal.

É patrono da Rua José Arset Leão de Moura, situada no bairro Santo Antônio, pela Lei 315 (17/09/1987), autoria do vereador Joalba Vale.

Também existe uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com o nome dele, no bairro Alto da Conceição, pela Lei 2.426 (11/6/2008).

No primeiro quinquênio da década de 40 Zé Leão aparece como autor de três gols pelo América do Recife na temporada de 1943.

Nos seguintes jogos: campeonato pernambucano – 10 x 3 Flamengo (13/5), o alvinegro do Recife, com dois gols – e torneio municipal – 6 x 1 Great Western (8/8), um gol.

Na ocasião é contemporâneo no alviverde pernambucano de outro mossoroense, o médio Júlio Jesum de Carvalho, o "Julinho", em atividade até o final de 1950.

 


FONTES/IMAGENS

A Ordem

Diário da Manhã

Diário de Natal

Diário de Pernambuco

Jornal do Recife

Tribuna do Norte

Futebol 80

Jornal da Grande Natal

Lindomarcos Faustino

Soldado Jota Maria

Súmulas Tchê