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sexta-feira, 31 de maio de 2024

Os botafoguenses no Júnior Barranquilla são 11!

Rara foto colorida com o norte-rio-grandense Demóstenes na meia-esquerda do BFR

O atacante potiguar Demóstenes César da Silva é o único nordestino da "Liga Pirata" colombiana

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Heleno de Freitas e o recrutador Mario Lobo

A depender do livro do colombiano Gabriel Jessurum sobre a história do clube o número exato de ex-jogadores botafoguenses que vestiram a camisa do colombiano alvirrubro Júnior (Barranquilla) são 11.

Conforme relação em ordem alfabética disponibilizada ao final da obra na seção “jogadores destacados” (nacionais e estrangeiros), inclusive com outros brasileiros.

E não três, cinco ou seis como foi dito recentemente, primeiro com dados parciais, pela imprensa brasileira, resultando em levantamentos, digamos, mais didáticos, dos blogs parceiros pela causa do Glorioso: MUNDO BOTAFOGO e JORNAL DA GRANDE NATAL.

Além do potiguar da capital Demostenes César da Silva, Heleno de Freitas, Waldir Cardoso Lebrego ("Quarentinha"), Manoel Francisco dos Santos ("Garrincha"), Othon Valentim e Paulo César Lima, o "Caju", todos da linha dianteira.

São acrescidos os defensores Marinho Rodrigues de Oliveira (genitor do falecido zagueiro flamenguista e pai adotivo de PCL "Caju), Gerson dos Santos, o mineiro Waldyr do Espírito Santo (“Negrinhão”), o gaúcho Adão Plínio da Silva (com passagem pelo Coritiba e Náutico) e o goleiro Ari Nogueira César.

A maioria dos jogadores citados podem ter suas biografias consultados pelo leitor deste blogue no “Mundo Botafogo”, em excelentes levantamentos do editor Ruy Moura, ou ainda no “Datafogo”, outra mídia conceituada dedicada ao Botafogo, do também competente editor Cláudio Falcão.

Recrutados pelo dirigente Mario Abelo Lobo (enviado especial) o "Atlético Junior" chegou a contar com oito brasileiros no elenco no período de implantação do profissionalismo na Colômbia, na chamada "Dimaior" (contraposição da liga amadora “Dimenor”), também conhecido como "Liga pirata" ou "El Dorado".

Quando foram contratados ou requisitados por outros clubes, como o Millionários e Union Magdalena, os principais craques, como os argentinos Alfredo Di Stefano, Ángel Amadeo Labruna, Adolfo Pederna, Nestor Rossi, ou mesmo jogadores menos conhecidos do Brasil, Uruguai e de países europeus.

quinta-feira, 30 de maio de 2024

O sexteto botafoguense do "El Dorado" colombiano

O meia, centroavante ou ponta-esquerda Demóstenes no Torneio Municipal/1948 pelo BFR

"Mundo Botafogo" repercute reportagem sobre o potiguar Demostenes César da Silva

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Jornalista Joel Presídio de Figueiredo

Esta semana, sempre antenado com assuntos do "Glorioso", para corrigir ou acrescentar informações, o torcedor alvinegro (e do alviverde lisboeta Sporting), o editor do blog "Mundo Botafogo", Ruy Moura, fez postagem esclarecendo sobre os atletas da "Estrela Solitária" que vestiram a camisa do Júnior Barranquilla.

Diante das imprecisões da imprensa brasileira face os jogos contra este clube do vizinho país na atual Copa Libertadores da América.

Os jornalistas desinformados, talvez pela preguiça em pesquisar a verdade, informam que três atletas botafoguenses atuaram pela equipe colombiana entre os anos 50/60.

A situação provoca a excelente reportagem do "MB" com o seguinte título: "Botafoguenses e Júnior FC de Barranquilla: um quinteto de craques, não um trio" (27/5).

Relacionando todos os ex-botafoguenses do antigo Atlético Júnior: Heleno de Freitas, Garrincha, Quarentinha, Othon Valentim e Paulo César Lima ("Caju").

Pela excelência da reportagem, inclusive com links inerentes a cada um dos famosos personagens, não vou entrar em detalhamento pela grandeza e quantidade de dados, sugiro ao leitor acessar o MUNDO BOTAFOGO para se inteirar ainda mais da história destes craques.

Porém, como eleitor assíduo e colaborador eventual do "Mundo", concessão de Ruy Moura, entrei na pauta e comentei na postagem: "Só faltou citar o "desconhecido" potiguar Demostenes César da Silva, indicado ao Glorioso pelo dirigente e torcedor, o baiano, jornalista e político Joel Presidio." (16h27 -  28/5)

Com a benevolência de Moura envio uma correspondência eletrônica e ele repercute a postagem superficial (28 de julho de 2023) lembrando a estadia do norte-rio-grandense Demóstenes no "El Dorado" ou "Liga Pirata" colombiana no final dos anos 40 e primeira metade da década de 50.

Para encerrar destaco o que não sabia: na reportagem de Ruy fico ciente que Paulo César Lima, ponta-esquerda, ex-juvenil do Flamengo, não entra na base botafoguense vindo direto do rubro-negro, mas somente ao retornar de um périplo pela América Central e América do Sul.

Pois acompanhava o pai adotivo e treinador do Júnior, o ex-zagueiro Marinho Rodrigues de Oliveira (inclusive também jogou no Júnior nos anos 50), pai do falecido zagueiro flamenguista Fred.

 

FONTES

A Ordem

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Jornal da Grande Natal

Mundo Botafogo

O Gol

 

A peculiar opinião do doutor Medeiros sobre a SAF

PAUTA VERMELHA

José Vanilson Julião

Médico José Medeiros, torcedor rubro

Não sei se é problema de acesso, mas, ao que parece, o blog "Tribuna Americana", de Kennedy Diniz, está fora do ar.

Não sei, também, se em definitivo, como decidiu Sérgio Roberto Fraiman, do respeitado "Vermelho de Paixão".

Enquanto isso o doutor José Medeiros (ex-vice-presidente americano), do "Mecão, Voz e Vez", deu o ar de sua graça.

Depois de um longo tempo sem comentar os assuntos americanos, de dentro e de fora do campo.

As penúltimas três postagens opinativas aconteceram entre abril (uma) e julho (duas) do ano passado.

A última em fevereiro deste ano. Sempre com a picardia e intelecto peculiar do responsável.

Todas relacionadas a chegada do grupo de investidores e implantação da Sociedade Anônima Futebol no alvirrubro.

Independente se o doutor Medeiros está certo ou errado sobre os bastidores e supostas situações nebulosas da SAF o blog reproduz as reclamações para avaliação do torcedor (com títulos e datas).

 

Nada está no efeito que não esteja na causa (17/2/2024)

"Essa a mensagem que o filósofo Big Head mandou. Se a SAF começou na calada da noite, se as tratativas para acharem à salvadora com seu punhado de moedas começaram nos subterrâneos, como poderia dar certo? Nada acontece sem ser provocado, não haveria reação contrária dos ditos dinossauros, cardeais e coroinhas se desde o início os interesses do América fossem levados como prioritários, mas não. O que se viu foi uma orquestra afinada pelo líder jacobeus numa histeria coletiva que nem ressuscitando Marquês de Pombal conseguiríamos reverter. E agora senhores? Inês é morta e pior que isso só o dilúvio, né?"

Facécia de Horácio (17/7/2023)

Este poeta latino, (65-8 aC) nem conheceu Neném Big Head ou o time da SAF&Cia, mas o que deixou escrito em Sátiras ainda está bem atual depois do ridículo em Altos dos Cafundós do Piauí, senão vejamos: "Melhor e mais contundente do que um ataque severo, a facécia põe fim até nas grandes questões." Mesmo com os dados sendo lançados jogamos tudo pro alto, né?

Leite de galinha (9/7/2023)

Estive calado todo esse tempo, não posso torcer contra meu clube do coração, mas diante mais uma pífia apresentação do time da SAF&Cia pelo menos refletir eu posso… Enquanto as sereias cantam nós, a torcida, colhemos leite de galinha, né?

Faciunt favos et vespae (23/4/2023)

A fonte vem de longe e foi Tertuliano que escreveu. Ao afirmar que as vespas também fazem favos como as abelhas e que, embora aparentemente iguais são vazias e substancialmente diferentes, ele nos advertem para a necessidade de se saber distinguir o que é realmente bom do que é bom só em aparência. Sei não, mas acho que o famoso apologista cristão continua bem atual em tempos de SAF&Cia, né?

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Nova prova sobre abecedista na fundação do Treze (final)

Fundador e antigo jogador do "Galo da Borborema" homenageado com biblioteca na sede do clube


Além de reforçar a tese de que o antigo atacante José Rodolfo de Lima (ABC) foi do grupo fundador do Treze a reportagem do jornal vespertino católico “A Ordem” (1946), na qual relaciona atletas que jogaram pelos dois alvinegros, o potiguar e o paraibano, serviu para a busca e achado de informações complementares.

Uma delas o encontro do nome completo de um dos atletas citados, o paraibano Olívio Barreto, goleiro, fundador do “Galo da Borborema”, fato já descrito por esta segunda série de reportagens sobre o inédito assunto abordado pela primeira vez, sequencialmente em 35 postagens, entre maio e junho do ano passado.

Outro detalhe encontrado recentemente, também no revisitado blog “Retalhos Históricos de Campina Grande” (setembro/2013), é a informação da instalação da “Biblioteca Olívio Barreto”, noticiada no antigo jornal local “A Voz da Borborema” (18 de maio de 1938).

A reportagem histórica refere-se a inauguração da biblioteca na sede do Treze. Nos 88 anos do clube a professora universitária Danielly Inô sugere postagem original do Facebook.


O professor Marcus Vinícius Carneiro Medeiros, um dos historiadores do clube, envia material do site de genealogia "Family Search" (a certidão de óbito) de Olívio Dutra.

A reportagem do jornalzinho do interior paraibano e o documento (detalhe cercado) são reproduzidos pelo conceituado site de Campina Grande.

E agora, também, é registrado neste espaço. (José Vanilson Julião)

Nova prova sobre abecedista na fundação do Treze (V)


JOSÉ VANILSON JULIÃO

O mais importante detalhe da reportagem do jornal vespertino católico "A Ordem" (11/1/1946), na qual relaciona jogadores que atuaram no Treze e ABC, é a situação de corroborar o depoimento feito 13 anos depois, ao "Diário de Natal" (27/8/1959), pelo antigo atacante José Rodolfo de Lima, relacionado em todas as fontes disponíveis na rede, livros e na imprensa.

Em carta aberta, com o título e subtítulo: “Ingratidão – Escreve José Rodolfo de Lima, ex-crack do A.B.C de 1922 a 1934”, o ex-jogador do tempo do pioneirismo e amadorismo reclama do esquecimento dos dirigentes do ABC prestes a inaugurar a primeira sede social.

Foi a publicação da mídia Associada que detonou a primeira série. Bastou cruzar dados para comprovar a tese logo percebida pelo repórter diante das informações que dispunha anteriormente e o depoimento provocou ao associar os indícios logo comprovados.

Já o blog "Retalhos Históricos de Campina Grande" (16 de setembro de 2010), por exemplo, publica entrevista com o goleiro Luís Agostinho, o “Lula Pintor”, do Ipiranga local, em que também confirma os jogadores "Poti" (Arnaldo Costa e Silva), Jose Rodolfo de Lima e Glicério de Souza (mossorense do América e bicampeão 1930/31).

Vejam o que diz: - Jogo entre Treze e Ipiranga o campo ficava lotado pela rivalidade. O presidente do Treze, Antônio Miguel, rico, mandava buscar na sexta-feira três jogadores de Natal: Poty, Rodolfo e Glicério (depois do alvirrubro se passou ao rubro-negro Sport Club Natal, aquele mesmo do remo, fundado em 1915, mesmo ano do trio America, ABC e Alecrim), que sempre ficavam hospedados na casa do diretor alvinegro.

A carta (24 de julho) é reproduzida textualmente na segunda postagem em maio do ano passado com alguns abecedistas que jogaram pelo Treze, na primeira fase (1925/29) do "Galo", apelido pela coincidência do número de fundadores que dá nome ao clube e a posição numérica do galináceo no Jogo do Bicho.

Nova prova sobre abecedista na fundação do Treze (IV)

Olívio Barreto com a tradicional camisa preta de arqueiro: um dos fundadores do "Galo da Borborema"

Identificação do nome completo do goleiro dos alvinegros de Natal e Campina Grande

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A relação dos atletas que jogaram pelo ABC e Treze na segunda metade dos anos 20, exclusividade da reportagem (sem assinatura do autor), sobre temporada do alvinegro paraibano (janeiro/1946), do diário vespertino católico "A Ordem", possibilitou a identificação de mais um nome completo de um personagem.

Bastou confrontar os dados das fontes primária e secundária das reportagens (inclusive da série inaugural em maio/junho do ano passado) que apontam o atacante potiguar José Rodolfo de Lima como um dos 13 jogadores (o numeral redundou na escolha do nome do novo clube) fundadores do Galo da Borborema.

Na lista dos atletas dos dois alvinegros, além de "Zé Rodolfo" ou "Rodolfo", os irmãos natalenses e atacantes Augusto e Mário Crise, o famoso zagueiro Dorcelino (dos quadros do deca-campeonato 1932/41) e o atacante Arnaldo Costa e Silva, campeão pelo América em 1919 (torneio início e competição principal).

Do lado dos quatro paraibanos relacionados os principais são José Elói de Almeida (um dos fundadores e treinador do Treze na temporada dos dois amistosos contra o América e ABC em Natal) e Olívio. Este último é o alvo da novidade.

Olívio Barreto, goleiro, também fundador (está na lista), sendo o arqueiro titular do time de Campina Grande no primeiro jogo contra o Palmeiras de João Pessoa, em 1 de maio de 1926, ano seguinte a fundação.

terça-feira, 28 de maio de 2024

Nova prova sobre abecedista na fundação do Treze (III)

"Onze" do América de Natal campeão do Torneio Início (1919) com o goleiro "Cazuza" de branco/Revista "Vida Sportiva"

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Na relação dos cinco abecedistas (incluso o atacante participante da fundação do Treze: José Rodolfo de Lima) que vestiram a camisa do Galo da Borborema, além do zagueiro Dorcelino (herói do deca-campeonato de 1932/41) e do meia Mário Crise, outros dois atletas merecem esclarecimentos não detalhados na postagem anterior.

São os casos do ponta-esquerda Augusto Crise, como o nome indica, irmão de Mário, e o avante apelidado de “Poti”, mas nome de batismo Arnaldo da Costa e Silva, com o detalhe que também vestiu a camisa encarnada do América/RN, sendo, inclusive, campeão do Torneio Início (1919) pelo time americano.

Mas antes Arnaldo (também com passagem pelo antigo Paysandu) foi o autor de um dos três gols na vitória e primeira partida oficial de campeonato (15/9/1918) – o outro foi do atacante carioca e futuro botafoguense Nilo Murtinho Braga e o terceiro contra (Pinheiro) – sobre o ABC.

A competição foi encerrada faltando o clássico do returno, devido a gripe espanhola (epidemia "influenza"), com a liderança do tricolor Centro Esportivo Natalense (CEN), depois o rubro-negro Clube Atlético Potiguar (CAP) a partir de 1941.

Pulando do recorte (fonte secundária) no blog de Marcos Avelino Trindade para a primária, o diário vespertino católico "A Ordem" (sexta-feira, 12/1/1946) os atletas do clube de Campina Grande que jogaram pelo ABC – além do fundador Zé Elói e Martelo (ainda em atividade na ocasião) – são Celso, Olívio e Chiquinho.

Na temporada dos dois amistosos interestadual o América enfrenta pela primeira vez e vence o Treze (3 x 1), no sábado (12/1/1946), e o ABC dia seguinte pela segunda oportunidade (desde 17 de dezembro de 1940, quando goleou o alvinegro paraibano em casa: 4 x 1).

 

FONTES/IMAGEM

A Ordem

Diário de Natal

Jornal da Grande Natal

Revista Vida Sportiva

Marcos Avelino Trindade

Nova prova sobre abecedista na fundação do Treze (II)

Na quarta coluna do jornal os nomes de alguns jogadores do ABC que jogaram pelo Galo da Borborema

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A leitura do recorte parcial da página esportiva do diário vespertino católico "A Ordem" (sexta-feira, 11 de janeiro de 1946), no blog do pesquisador e radialista Marcos Avelino Trindade, já havia dado a pista da nova prova do antigo jogador do ABC, o atacante José Rodolfo de Lima, no surgimento do Treze Futebol Clube.

A página do jornal da capital potiguar reporta uma temporada do alvinegro de Campina Grande, no interior paraibano, contra o América de Natal (adversários em amistoso pela primeira vez) e o ABC, no Estádio Juvenal Lamartine, no bairro do Tirol (Zona Leste).

Pela exiguidade não dá para ver todo o texto. Apesar de se notar os nomes de alguns dos antigos e atuais (à época) jogadores abecedistas e do Galo da Borborema que atuaram pelas duas agremiações no passado e naquele momento.

São citados pelo lado do ABC o próprio Zé Rodolfo, o atacante Mario Crise (contemporâneo de Rodolfo nos anos 20 começo da década seguinte), Augusto, Poti (estes merecem adendos na próxima) e o zagueiro Dorcelino (um dos astros do deca-campeonato de 1932/41), mas nenhum destes dois participa da fundação do clube “trezeano”.

Pela agremiação preta e branca da Paraíba são apontados José Elói de Almeida (um dos 13 fundadores, daí o nome do novel clube), tio do ex-jogador José Aderson (prefeito do município de Ceara-Mirim no começo dos anos 60 e sócio-gerente da usina de cana de açúcar do empresário e político paraibano Odilon Ribeiro Coutinho), e o zagueiro Martelo, do selecionado do vizinho estado.

Nova prova sobre abecedista na fundação do Treze (I)

O leitor deve prestar atenção no primeiro jogador em pé (nosso principal personagem)

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Jornalista Vicente Farache Neto

Um ano após série inédita de 35 reportagens demonstrar (“Jogador do ABC participa da fundação do Treze”) aparece mais uma prova contundente e incontestável sobre a participação do atacante José Rodolfo de Lima.

A nova probabilidade surge por um acaso. Quando o repórter revisita mais uma vez, na madrugada desta terça-feira, uma das mais importantes fontes do futebol do passado: o diário vespertino católico “A Ordem”.

Com o intuito de verificar na fonte primária recorte do impresso da capital potiguar disponibilizado no blog do competente pesquisador Marcos Avelino Trindade.

Depois de visualizar novamente, por mera curiosidade, confrontos amistosos e oficiais entre o América/RN e o Galo da Borborema, adversários na primeira partida (do total de duas) na primeira fase da Série D deste ano.

Pelo exposto na mídia que era ligada à Igreja Católica (pelo Centro de Imprensa) é bem provável que esta novidade não tem como ser contestada pelo fato de que teria sido tratada por um homem ligado ao ABC.

Neste caso uma personalidade que conhecia todos os jogadores do alvinegro potiguar entre os anos 20 e 50. Justamente um dirigente do próprio alvinegro potiguar.

O ex-jogador, o ex-treinador, ex-diretor e conselheiro Vicente Farache Neto, responsável pela página esportiva do impresso pelo menos entre 1944/48.

A antiga reportagem não assinada reforça a comprovada e irrefutável (adjetivações necessárias) tese levantada com exclusividade em maio/junho do ano passado.

E aponta que, além de Zé Rodolfo, outros jogadores atuaram pelos dois clubes, mas sem participação no surgimento do alvinegro paraibano de Campina Grande.

Encontro do zagueiro com os dois xarás mossoroenses (conclusão)


A euforia do torcedor mossoroense Francisco Batista, um trabalhador salineiro, tinha uma razão de ser: o resultado contra o Tricolor deixou o Potiguar com esperança de vencer o turno.

Na terceira partida do triangular final o alvirrubro jogava pela vitória e ao América bastava o empate, mas o clube da capital vence pela contagem mínima.

A alegria na arquibancada do Estádio Manoel Leonardo Nogueira foi tanta que ele anunciou para a imprensa que o filho nascido na mesma data do jogo (quarta-feira, 6/5/1987) se chamaria Onesimar, depois pai de Onesimar Batista Júnior.

O homenageado, nascido em 3 de março de 1961, soube da novidade pelos repórteres de rádio. O encontro entre pai, filho e neto com o ex-jogador acontece em 23 de abril de 2013.

O Onesimar original começou aos 15 anos no campo de Pedroca, no Sampaio Correia do bairro Santo Antônio (antiga Baixinha).

Passou ao Rio-grandense de Damião de Corina e seguiu para o Potiguar, sendo tricampeão municipal na base alvirrubra (1977/79).

Em 1980 foi alçado ao titular pelo falecido treinador paraibano Erandy Pereira Montenegro e reencontra companheiros: Júnior Xavier, Aldivan, Fabinho, Chiquinho Bala...

Outros clubes: Baraúnas, Mossoró, Guarani (Juazeiro do Norte/CE) e ABC. Encerra a carreira em 1996, formado em Educação Física. (JVJ)

 

FICHA DO JOGO

Baraúnas: Paron, Júnior Miranda, Esmerino, Joel Bangu, Gilmar Carioca, Zé Neto, Zácone, Silva (Carlinhos Dantas), Gaúcho (Roberto Bala), Magno e Escurinho. Treinador: José Augusto

Potiguar: Ivanaldo, Bitinho, Onesimar, Railson, Astério, Luciano, Biola (Sanderson), Rivaldo, Aldivan, Valterlucio e Romildo. Treinador: João Bosco de Barros (JB)

Árbitro: Wilson da Conceição Araújo/RN

Gol: Onesimar (pênalti)

Renda: Cr$ 65.500,00

Público: 2.982

 

FONTES

Acervo Dantas Júnior

Diário de Natal

Correio da Tarde

Tribuna do Norte


domingo, 26 de maio de 2024

Encontro do zagueiro com os dois xarás mossoroenses (I)

Onesimar e os seus companheiros no alvirrubro mossoroense

Onesimar dá nome ao filho e ao neto do torcedor fanático

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Onesimar (filho), Onesimar (homenageado), Francisco
Batista (o torcedor fanático) e o neto Onesimar Júnior

Em novembro/dezembro de 2022 publiquei duas postagens lembrando as homenagens, inclusive inusitadas, envolvendo jogadores em atividade e inativos – nacionais e estrangeiros – com torcedores colocando os nomes dos filhos nos astros do futebol, principalmente dos grandes clubes e do selecionado brasileiro, em especial dos anos 50/60/70 e as estrelas dos anos 80/90/2000, exemplificando Pelé, Jairzinho, Rivelino, Zico, Romário e os demais...

Lembrei que não somente os jogadores mais famosos, em especial dos grandes centros – eixo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – foram alvos do fanatismo, mas também atletas de outros estados, inclusive nordestinos.

Para exemplificar citei o caso (quinta-feira, 1 de dezembro de 2022) do zagueiro Onesimar Fernandes Carneiro, natural do município de Caraubas/RN, carreira mais abrangente no futebol mossoroense.

O título da reportagem: “Gol no minuto final em homenagem a jogador do RN”. Entretanto ficaram pendentes a data do jogo que provocou a situação de um torcedor do Potiguar resolver dá o nome do autor do gol ao filho recém-nascido e uma fotografia dos personagens centrais desta curiosa história.

Mas tudo ficou mais esclarecido e comprovado recentemente. Com mensagens alternadas em rede social. Com o envio de um histórico áudio do plantão esportivo Dantas Júnior, com dados da partida Potiguar 1 x 0 Baraúnas (6 de maio de 1987).

O clássico de Mossoró valeu pelo primeiro turno do campeonato potiguar. Triangular final da Taça Cidade do Natal (Troféu Ricardo Terra Teixeira, presidente da CBD, genro de João Havelange). E envolveu também o América, que venceu o Tricolor do Oeste e o alvirrubro mossoroense.

Para completar o diretor da Associação de Garantia dos Atletas Profissionais (AGAP/RN), secção de Mossoró, Onesimar Carneiro, envia na noite deste sábado a fotografia do encontro entre ele, o mentor, Francisco Batista e o filho Onesimar, justamente o garoto nascido naquele dia.

O mais incrível: Onesimar, o filho de Francisco, gera um filho e escolhe o nome: Onesimar Júnior.

Assim Francisco provoca, sem qualquer pretensão, o nome do neto. A foto do quarteto é de 2013.

 

FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Acervo Onesimar Carneiro Fernandes

Blog do Flávio Marinho

Blog J. Maria

Blog do Zé Duarte

Escrete de Ouro

Federação Internacional de Estatísticas de Futebol

Jornal da Grande Natal

Oeste News

 

sábado, 25 de maio de 2024

O "Pior time do mundo" em Natal antes da fama

Rara imagem do campeão do Torneio Início do campeonato pernambucano de 1948

Íbis Sport Club, o "Pássaro Preto", vence o Alecrim e perde para o América

JOSÉ VANILSON JULIÃO

"Foi mais fácil prever essa do que marcar gol no Íbis..."

A frase do conceituado e respeitado veterano jornalista José Maria de Aquino refere-se as falas do presidente do Grêmio, Alberto Guerra, e do treinador Renato Portaluppi, sobre o não rebaixamento dos clubes gaúchos nas quatro séries, a ser tratado oficialmente dia 27.

Mas serviu para colocar na ribalta, mais uma vez, o "pior time do mundo". Para quem não sabe o rubro-negro Ibis, apelidado de "Pássaro Preto", joga em Natal, capital do Rio Grande do Norte, nove anos depois da fundação (15 de novembro de 1938).

No sábado (19/7/1947) o alviverde perde (2 a 5) e no domingo América 2 x 0, treinado pelo uruguaio Emiliano Graciano Acosta Torres, gols de Gorgônio e Pernambuco.

Na preliminar, no Estádio Juvenal Lamartine, “Beberibe 3 x 2 “Bocaina” (equipe de tripulantes da Marinha).

A vinda havia sido adiada por uma semana pelo comparecimento do Flamengo, pela primeira vez em Natal, contra o América, em comemoração ao aniversário do alvirrubro.

O Ibis está relacionado, conforme postagem anterior (abril), entre os clubes que enfrentam o América apenas uma vez nos anos 40/50/60 e até hoje.

O “pior time do mundo” começa a se tornar famoso com reportagem do jornalista Lenivaldo Aragão como correspondente da revista “Placar”. Nos anos 80 foram 55 jogos sem vencer (48 derrotas)

O Ibis vai disputar a segunda divisão (Série A2) depois de terminar na sexta colocação entre 12 participantes na mesma competição o ano passado.

Na foto acima o “onze” campeão do torneio início do domingo, 25 de abril de 1948 (façanha repetida dois anos depois), contra o Náutico (4 x 2 nos tiros livres após o jogo sem abertura de contagem).

Os campeões: Duruda, Desdeudith, Bil, Zai, Palito, Amaro China, Plínio, Gordo, Bibiu, Toinho e Carlito.

 

FONTES

A Ordem

Diário de Natal

Diário de Pernambuco

Placar

Arquivos de Futebol do Brasil

Federação Pernambucana de Futebol

Ibis Sport Club

 

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Clube potiguar anuncia goleiro que segue rumo repentino

Aurílio participou da campanha do bi que levou ao tetra abecedista no começo dos anos 70

"Universidade do Esporte" e jornal "Agora RN" caem no conto da pressa em noticiar suposto furo de reportagem

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Rafael de Jesus Mariano não entrou em campo

O goleiro paulista Rafael Jesus Mariano, que amanheceu na quarta-feira contratado pelo Santa Cruz de Natal para a Série D e no final da tarde do mesmo dia muda de rumo em direção ao Ferroviário de Fortaleza (segunda passagem desde 2021) como reforço para a Série C, me fez lembrar do caso de um conhecido arqueiro dos anos 70.

Em comum entre Rafael Mariano e o goleiro Aurílio Fernandes da Silva (João Pessoa/PB, 17/4/1945) o fato de que ambos jogaram pelo ABC e foram contratados pelo América da capital potiguar. O segundo tinha a concorrência feroz do capixaba Antônio Ferreira ("Sombra"), Ubirajara Dias Ribeiro e Otávio César Correia Filho, todos oriundos do futebol do Rio de Janeiro.

Também em comum a curiosidade de que nunca entraram em campo, em jogo oficial ou amistoso, com a camisa vermelha. Rafael foi contratado em agosto de 2016 como reforço americano para a Série C após se destacar no Globo pelo Estadual.

Aurílio, no elenco abecedista, entrou em campo algumas vezes como reserva imediato do goleiro titular por duas décadas (1965/1974): o falecido natalense Erivan Varela Barca. Pelo alvinegro Rafael conta com 38 aparições na temporada de 2020.

O antigo guarda-metas também atuou pelo Alecrim (foto abaixo): Batata, Aurílio, Ivan Xavier, Batista, Ticão, Carlão, Marcos Pitôco, Marcos Pintado, Tiquinho, Lambari e Edmílson.

Currículo de Aurílio: Riachuelo (1969), ABC (1972/73), Ferroviário/RN (1973), América/RN (1973/75), Alecrim (1974/75), Força e Luz (1975), Flamengo/PI (1975/76), Esporte de Patos/PB (1976/77), Nacional de Patos/PB (1977/78 e 80/81) e Icasa (1978/80).

O goleiro Aurílio no Alecrim em meados de 1970


FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Botões para Sempre

Cacellain

Ferroviário Esporte Clube

Gol de Placa

No Ataque

Súmulas Tchê