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sábado, 18 de maio de 2024

O primeiro "Pelé" com "batismo" na imprensa nordestina (II)

JOSÉ VANILSON JULIÃO


Pelo exposto na reportagem inaugural da série o garoto Edson Arantes do Nascimento, o familiar "Dico", completa dez anos em outubro do ano anterior, e nove meses e dias depois um jovem norte-rio-grandense corre atrás da bola em campo de terra batida com a alcunha de "Pelé".

O histórico biográfico do Rei do Futebol indica que o apelido com o qual veio a ficar mundialmente famoso já havia lhe sido concedido pelos coleguinhas de Três Corações, cidade do interior das Minas Gerais, onde nasce, portanto antes de ir morar com os pais em Bauru.

Não é preciso ser matemático tarimbado para fazer as contas e verificar que o "Pelé" potiguar também adquire este mesmo apelido por pura coincidência em algum momento entre os anos 30 e 40.

A diferença é que não se sabe a origem do “Pelé” nordestino, enquanto o “Pelé” mineiro ganha a alcunha por confundir o nome do goleiro do Vasco da Gama de São Lourenço da Mata (Minas Gerais), o conhecido "Bilé", o mote para a corruptela na pronúncia palatal do futuro camisa dez do Santos Futebol Clube.

O nome de batismo do “Pelé” do Norte ninguém sabe. Pois há apenas o registro do inusitado apelido na página esportiva do "Diário de Natal" (começo da primeira quinzena de agosto de 1951).

Enquanto o Pelé muito mais conhecido tem a chancela do preto no branco, no papel, pela primeira vez, quase cinco anos depois no afamado jornal paulistano "A Gazeta Esportiva" (março de 1956), por ocasião da cobertura da premiação aos garotos do Radium de Bauru, campeão invicto no primeiro campeonato de futebol salonista na cidade.

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