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sábado, 31 de maio de 2025

Veterano jornalista faz diagnóstico preciso do futebol atual

José Maria de Aquino em atividade com
logotipo da italiana "Olivetti" na parede

O amigo de rede social e advogado miracemense (Rio de Janeiro) José Souto Tostes, provoca, pede um raio x do futebol brasileiro e o conceituado repórter com passagens pelo “Jornal da Tarde”, revista “Placar”, “TV Globo” e canal “ESPN”, como um atacante veloz entre os zagueiros, faz um gol de placa relâmpago e atende de pronto o internauta.

Figurinha carimbada do blog como testemunha ocular da história e personagem em artigos envolvendo o correspondente potiguar Rosaldo Moreira de Aguiar, o América de Natal e, principalmente, o Pelé, ele sempre atende os pedidos do repórter. E retorna mais uma vez com o tema exposto inicialmente nesta abertura.

E não se espantem com a foto dele, o amigo do Rei do Futebol e do “Gringo” (antigo atacante sergipano do Vitória, Flamengo, Olaria, Sport e Grêmio), pois gosto de usar as antigas em preto e branco com J. M. de A. Moledo em ação. Leiam com atenção!


JOSÉ MARIA DE AQUINO

São vários os motivos: a) Estão saindo cada vez mais cedo (jovens) daqui, para times diferentes lá fora, cada um com seu esquema de jogo, características e nível.

Se acostumam e se desenvolvem nesse futebol e ambiente diferentes do nosso. Passam a falar mais o idioma (com os pés) local que o português.

Um ou dois em cada time de lá fora não desenvolvem um diálogo nacional. São como meus netos americanos: falam português, mas falta a eles vocabulário maior.

b) Chegam aqui num dia, se encontram, treinam, jogam e voltam. Não é por maldade, mas falta a eles a "cobrança física que os torcedores exerciam antigamente, encontrando os jogadores aqui a todo instante.

c) Quando as exportações eram limitadas os jogadores que ficavam – em enorme maioria – conheciam uns aos outros, a forma de jogar, ainda que em times diferentes.

d) Antigamente jogador sentia que a CBD, depois CBF, era uma entidade pobre, que precisava disputar jogos antes de competições, para arcar com as despesas – era a seleção brasileira.

Hoje sabem que rolam fortunas, que os dirigentes estão envolvidos em maracutaias, lavagem de dinheiro, que recebem grana alta para dirigir – na maioria das vezes mal – um time, federação e a entidade.

Sabem que não correm pelo torcedor, mas para que cartolas ganhem muito, sem nada terem feito para tal. Não existe (mais) uma "seleção brasileira". Hoje é um time da CBF, que fatura, declarados, 1,5 bi/ano – sem plantar soja, sem explorar petróleo, sem vender Avon etc. Nada.

Apenas uma sede no Rio, funcionários e funcionárias e cartolas. Nada mais. Se fosse uma seleção brasileira, essa fortuna iria antes para os cofres do Ministério da Cultura, ou Educação ou mesmo do Esporte.

O presidente seria indicado pelo governo e a comissão técnica escolhida... Vai longe.


O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (XIV)

Desta equipe da categoria de aspirantes (reservas ou suplentes do ABC) o ponta-esquerda Marcos Jacaré entrou no decorrer da partida contra o Alecrim no torneio amistoso promovido pela ACERN em março de 1958 como abertura da temporada

Substituto imediato de Jocil Mendonça de Oliveira participa de torneio amistoso e nunca mais

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A exemplo do ano anterior a temporada começa com o Alecrim enfrentando o ABC.

A diferença: por uma competição amistosa promovida pela Associação dos Cronistas Esportivos do Rio Grande do Norte (ACERN).

O "Torneio Corpo de Fuzileiros Navais" tem a rodada dupla inaugural dominical (16/3/1958). Preliminar Santa Cruz 1 x 0 Riachuelo; principal: ABC 7 x 1 Alecrim.

Com mais uma goleada sofrida em abertura de temporada o clube esmeraldino registra a participação do goleiro Neves pela única vez na história.

Conforme registro da ficha técnica da partida no "Diário de Natal" (segunda-feira, 17/3/1958).

Neves, aquele da "impiedosa" nota na coluna "Dizem por aí...", do jornalista José Alexandre de Amorim Garcia ("O Poti"), ainda é relacionado para a segunda rodada.

E nunca mais é registrado nas páginas esportivas. Pelo menos nos jornais Associados o repórter não encontra indícios...

 

FICHA TÉCNICA

ABC 7 x 1 Alecrim

Data: domingo, 16/3/1958

Árbitro: Gevanir de Freitas

Renda: Cr$ 25.650

Gols: Edmilson Piromba (2), Nei Andrade (2), Sileno (2), Gilvan e Miltinho

ABC: Edson, Biró, Petita, Edmilson, Gonzaga, Jaminho (Cadinha), Gilvan, Jorginho (Marieta), Cileno, Nei e Paulo Isidro (Marcos Jacaré)

Alecrim: Neves, Bililiu, Tageba (Joca), Monteiro, Miltinho (Bazinho), Índio (Severino), Mota, Ivan (Miltinho), Chiquinho, Joãozinho e Canindé) (Índio)

 

 

Prefeito de Cerro-Corá com cinco meses de gestão apagada

Raimundo Marcelino Borges se defende: insinuações do desarticulado Maciel Freire

Maciel: perdidinho

O blog "Cerro Corá News", de responsabilidade do jornalista José Valdir Julião, publicou a versão do ex-prefeito do município seridoense que dá nome ao referido espaço midiático eletrônico, e esta mídia também repercute a resposta contundente do político com três mandatos anteriores no Poder Executivo.

"Novinho" diz que prefeito precisa desarmar palanque político

O ex-prefeito Raimundo Marcelino Borges respondeu, publicamente,  aos ataques feitos à sua gestão (2021-2024) pelo prefeito Maciel Freire dos Santos (MDB), quase no fim da noite desta sexta-feira (30): "Quero dizer à gestão atual que pare de tanto nos acusar. Está na hora de desarmar os palanques e começar realmente a cumprir o seu compromisso com o povo".

"Novinho", como é chamado o ex-prefeito, soube das críticas à sua administração na noite de quinta-feira (29), após regressar de viagem a Recife (PE), onde tratava de assuntos privados relacionados à família.

Durante a manhã e tarde da sexta, esteve reunido com aliados políticos discutindo como responder ao chefe do Executivo Municipal.

Por volta das 21h30 publicou vídeo na rede social Instagram rebatendo as acusações de Maciel Freire, que se disse "surpreso" com uma dívida de pelo menos R$ 2 milhões e obrigações de pagar empréstimos contraídos junto à Caixa Econômica Federal, atraso de repasses de contribuições previdenciária e obrigações a pagar de precatórios de servidores públicos.

Na rede social, o ex-prefeito publicou explicações que já circulavam em grupos de WhatsApp, postados por simpatizantes e ex-auxiliares da sua gestão:

- Precatórios: sempre existiu nos Municípios, Distrito Federal Estados e União. Cerro Corá não é diferente. Esses R$ 65 mil por por mês é fruto de acordo com o Tribunal de Justiça desde 2024, referente a precatórios vencidos de anos atrás, inclusive do tempo da ex-prefeita e atual vice-prefeita Graça Oliveira (PSD).

- FINISA: durante o período de carência do empréstimo (dois anos), é pago somente os encargos e após isso é que inicia de fato a amortização (abatimento) da dívida. Tudo feito de acordo com a capacidade de pagamento do Município.

Para o tamanho do benefício que esse recurso trouxe para a nossa cidade, a parcela só representa aproximadamente 2% de comprometimento da receita mensal do município.

- Repasse ao INSS: os Municípios e Estados, assim como empresas,  podem realizar pagamentos a maior de seus impostos à Receita Federal e nesse caso existia um contrato vigente com uma empresa de recuperação de créditos previdenciários para essa verificação que, por sua vez, identificou que o município possui créditos de pagamentos realizados a maior de encargos patronais sobre o INSS da folha de servidores dos últimos cinco anos.

Segundo o ex-prefeito, o município utilizou-se desse crédito para realizar a compensação do INSS de cinco meses durante o ano de 2024, tudo dentro da legalidade.

E explicou que o contrato da empresa venceu agora em março de 2025 e certamente não foi mais renovado, impossibilitando a empresa a ter acesso aos autos na esfera administrativa da Receita Federal, pondo a perder todo o trabalho já realizado e que agora iria para a via judicial que é o rito normal desse tipo de processo.

O ex-prefeito destaca que todas as informações foram repassadas no processo da transição de governo,  que podem ser verificadas nas atas das reuniões, inclusive a relação de obras concluídas ou em andamento, como asfaltamento de ruas, iluminação pública de LED e instalação de energia solar em prédios públicos e gramado sintético do estádio Othon Osório.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (XIII)

Na primeira semana de maio a imprensa potiguar e a família comemoraram o centenário do cronista José Alexandre de Amorim Garcia (1925 - 1997), que escreveu por quase uma década polêmica coluna diária em "O Poti" a partir de agosto/1954

Torcida esmeraldina sente saudade do excelente arqueiro e faz comparação com outro

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após os dois amistosos de dezembro e a saída em janeiro no acerto com o agora presidente alecrinense José Bastos de Santana, ao que parece a torcida ainda sente falta da importante participação no campeonato do campeonato estadual (terceira colocação) do arqueiro Josil Mendonça de Oliveira.

É o que transparece pela imprensa com a publicação de uma nota bem grandinha na conceituada, picante e esperada coluna “Dizem por aí...”, assinada pelo jornalista esportivo José Alexandre de Amorim Garcia, o “Alex”, no então semanário matutino “O Poti” (terça-feira, 18/3/1958).

– Numa roda em que se lamentava a péssima performance do goleiro esmeraldino, fazendo-se comparação do Josil do ano passado, que era uma verdadeira fortaleza, a este Neves que não quer nada com a bola, Aldo Viana insinuou haver um frangueiro mais do que ele. – Quem? Interessou-se o círculo. – O reserva dele...

Aldo Viana era o então filho do comerciante do ramo de panificação, Abel R. Viana, antigo goleiro dos anos 20 do América Futebol Clube. Aldo, por sinal, também foi metido a arqueiro no “Juventus”, o time de estudantes que chegou a participar de competições oficiais entre 1947/49, sendo protagonista da zebra que tirou o título invicto americano, o segundo da sequência da década.

Enquanto isso as notas esparsas na imprensa indicam que Josil se entrosava com as atividades culturais locais. Principalmente com o pessoal da radiofonia potiguar (conforme depoimento exclusivo do radialista e jornalista aposentado Edvaldo Pereira dos Santos). E ainda se envolve com o teatro amador na cidade...

O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (XII)

Aspecto do Estádio José Jorge Maciel com o Cruzeiro de Macaíba e a faixa de campeão de uma competição amadora intermunicipal na temporada de 1954. Em pé, o goleiro mais alto (ao lado do arqueiro de camisa escura), é o paraibano de Guarabira, Miguel Ferreira de Lima, que passou pelo antigo Santa Cruz Esporte e Cultura da capital (licenciado em 1967), Alecrim e foi "super-super" campeão carioca pelo Clube de Regatas Vasco da Gama (1958)

O “Esmeraldino” é campeão do quadrangular de Macaíba com arqueiro Josil Mendonça de Oliveira em campo

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Parte da imprensa na época considerou que a estreia do arqueiro Josil Mendonça de Oliveira acontece no amistoso Alecrim 0 x 4 ABC (domingo, 19/5/1957).

O desenvolvimento da pesquisa sobre o curioso personagem – militar, jogador de futebol e cantor –, apura que ele entrou em campo antes.

Ao participar do torneio quadrangular intermunicipal, com o nome de “Taça Cruzeiro Esporte Clube”, promoção da agremiação alvo-azulina da Grande Natal.

A competição amistosa contou com as presenças do Alecrim, Clube Atlético Potiguar e Riachuelo Atlético Clube (trio natalense).

Os jogos acontecem no campo do Cruzeiro com três rodadas duplas (preliminar e principal). A primeira na quarta-feira (1/5) e as demais em dois domingos (5 e 12).

Primeira: Alecrim 1 x 0 Grêmio e Cruzeiro 0 x 2 Atlético; Segunda: Cruzeiro 1 x 2 Alecrim e Grêmio 2 x 0 Atlético; Terceira: Cruzeiro 2 x 0 Grêmio e Alecrim 0 x 0 Atlético.

Na rodada final o Alecrim entra em campo precisando apenas empatar com o rubro-negro da capital, que dividia a segunda colocação com outro concorrente.

O diário matutino “Tribuna do Norte” fez a cobertura da decisão com reportagem de Edilcio Barbosa (TN, quinta-feira, 16).

Além destes quatro amistosos e os 18 jogos oficiais de campeonato, Josiel Mendonça vestiu a camisa número um mais duas vezes em amistosos no final da temporada 

Primeiro na cidade da Região Seridó: Alecrim 1 x 3 Currais Novos Futebol Clube (domingo, 22/12) e uma semana depois: Alecrim 1 x 5 ABC (domingo, 29/12).

 

FONTES

O Poti

Diário de Natal

Tribuna do Norte

quinta-feira, 29 de maio de 2025

O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (XI)

Equipe base do Ferroviário de Fortaleza, de 1955, que enfrentou o Botafogo paraibano

Exclusivo: exemplos de fichas técnicas com o arqueiro Josil Mendonça de Oliveira em ação na segunda metade dos anos 50.

Primeiro pelo Botafogo de João Pessoa na segunda excursão no segundo semestre de 1955 (a primeira no ano anterior) a Fortaleza. Ainda enfrentou o Usina Ceará e Ceará Sporting.

Segundo uma partida pelo selecionado paraibano no tradicional e extinto Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais.

Na relação ainda um amistoso, antes de ser contratado pelo Esmeraldino de Natal, contra o Tricolor do Arruda na inauguração dos refletores do Estádio José do Rego Maciel no Recife

 

SÚMULAS

Botafogo 1 x 2 Fortaleza

Data: 13/11/1955

Árbitro: Raimundo da Cunha Rola (Rolinha)

Gols: Moésio, Mozarzinho e Élcio

Fortaleza: Aloísio II, Zé Mário, Sanatiel, Jaime, Vareta, Gêra, Moésio, Aloísio I (Charuto), Pedro Faúna, Salvador e Mozarzinho. Treinador: Oséias Firmeza

Botafogo: Josil (Zé Raimundo), Betinho (Galeguinho), Kléber, Genivaldo, Berto, Gil, Teixeirinha (Pedro Negrinho), Bola Sete (Chaves), Delgado (Milton) e Élcio. Treinador: Eurivaldo Venâncio Guerra (Vavá)

 

Botafogo 5 x 1 Ferroviário

Data: 15/11/1955

Árbitro: Raimundo Tavares

Gols: Zé de Melo, Delgado (2), Pedro Negrinho, Élcio e Chaves

Ferroviário: Maciel (Dadá), Nozinho, Antônio Limoeiro, Rui Leite, Macaúba, Manoelzinho (Lolô), Geraldinho (Macaúba II), Aldo, Zé de Melo, Macaco e Fernando. Treinador: João Damasceno

Botafogo: Josil, Betinho, Kléber, Genivaldo (Tita), Berto, Gil, Pedro Negrinho (Milton), Chaves, Delgado, Bola Sete e Élcio. Treinador Eurivaldo Venâncio Guerra (Vavá)

 

Botafogo 1 x 5 Ferroviário

Data: 19//11/1955

Árbitro: Raimundo da Cunha Rola (Rolinha)

Gols: Zé de Melo (2), Macaco (2), Aldo e Pedro Negrinho

Ferroviário: Maciel (Dadá), Nozinho, Antônio Limoeiro, Rui Leite (Lolô), Macaúba, Manoelzinho, Geraldinho, Aldo, Zé de Melo, Macaco e Fernando (Macaúba II). Treinador: João Damasceno

Botafogo: Josil, Betinho, Kléber (Galeguinho), Vavá, Genivaldo, Berto, Gil, Pedro Negrinho, Chaves, Delgado (Milton), Bola Sete (Teixeirinha) e Élcio. Treinador: Eurivaldo Venâncio Guerra (Vavá)

 

Paraíba 0 x 0 Espírito Santo

Data: domingo, 1/12/1956

Competição: Brasileiro de Seleções Estaduais

Estádio: Cabo Branco (João Pessoa)

Árbitro: Vicente Lobão/PE

Renda: Cr$ 75.970

PB: Josil, Teófilo, Nelson, Marajó, Arrupiado, Galeguinho, China, Mário, Bola Sete, Josias e Natanael: Treinador: Eurivaldo Venâncio Guerra

ES: Adjalma, Pereira, Monte, Fontana, Atílio, Dodoca, Celinho, Carlinhos, Geli, Paulinho e Gatinho. Treinador: Mossoró

 

Botafogo 2 x 1 Santa Cruz

Data: quinta-feira, 14/2/1957

Árbitro: Vanildo Bezerra

Renda: Cr$ 62.260

Gols: Jorginho 25, Milton 35 e Galeguinho (2T)

Santa Cruz: Mauro, Carcá, Lucas, Joab, Gonzaga, Edinho, Jorge de Castro, Paulo (Jarbas), Hidelbrando, Mituca (Amaury) e Jorginho

Botafogo: Josil, Borracha, Nelson, Marajó, Escurinho, Tite, Galeguinho, Pedro Negrinho, Milton (Zinho), Bola Sete (Nuca) e Joãozinho

 

FONTES

A União

O Norte

Diário de Pernambuco

Almanaque do Ferroviário

Almanaque do Fortaleza

Futebol 80

quarta-feira, 28 de maio de 2025

América ganha ação definitiva no Judiciário contra "Premier"

Wallace "paparica" o jornalista
Canindé Pereira, ex-assessor
de imprensa do alvirrubro

CANINDÉ PEREIRA

TV Marcos Lopes/TV Ponta Negra/95 FM

O América conquistou mais uma importante vitória na Justiça em uma ação milionária movida pela empresa Premier, que administrou o programa de sócio torcedor do clube até 2014.

A disputa judicial começou em 2016, com a Premier cobrando cerca de 6 milhões de reais.

No entanto, desde então, o clube vem acumulando decisões favoráveis em todas as instâncias.

Em 2022, a 22ª Vara Cível de Natal julgou o caso totalmente procedente em favor do América.

No ano seguinte, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte manteve a decisão por meio da 2ª Câmara Cível.

E agora, em 2025, a defesa rubra teve mais uma conquista: o ministro Marco Buzzi, do Superior Tribunal de Justiça, negou provimento ao recurso especial da Premier, mantendo o entendimento das instâncias anteriores.

A ação foi muito comentada à época, pelo alto valor envolvido, mas o clube potiguar conseguiu demonstrar a verdade dos fatos, se isentando de qualquer responsabilidade nas alegações feitas.

Desde o início, a defesa do América foi conduzida pelo advogado Diogo Pignataro, então diretor jurídico do clube, que mesmo após deixar o cargo em 2021, seguiu à frente do processo até sua conclusão.

O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (X)

Imagem da publicação carioca "Esporte Ilustrado" com alvirrubro do interior paraibano (1954)


Pela primeira vez na imprensa paraibana e potiguar o placar da estreia de Josil no Campinense

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A primeira notícia da contratação do goleiro Josil Mendonça de Oliveira pelo Campinense Clube vem do “Diário de Pernambuco” (quinta-feira, 3/4/1958).

Nas últimas duas notas sequenciais do correspondente de João Pessoa, Maviael de Oliveira, que também noticia a ida do médio Zito, egresso do Esporte de Patos para o rubro-negro.

O mesmo jornalista também aproveita a cobertura do amistoso (entrega de faixa ao alvinegro da capital) Botafogo 1 x 1 Treze para noticiar a estreia de Josil Mendonça na “Raposa”.

Pela primeira vez na imprensa, que tenho conhecimento, é publicado o resultado fora de Campina Grande: Campinense 0 x 4 América de Esperança (terça-feira, 8/4/1958).

O América do interior paraibano foi fundado em 21 de abril de 1946. Participa de três campeonatos paraibanos de primeira divisão nos anos setenta.

Nenhum site que relata a profissionalização do rubro-negro, a partir de março de 1958, inclusive das primeiras contratações dá o placar deste jogo.

O falecido repórter Maviel Oristônio de Oliveira é nome de rua em João Pessoa por lei sancionada pelo prefeito Carlos Alberto Pinto Mangabeira (1/7/1992).

Em setembro de 2019 é homenageado pelo Clube dos Oficiais da Polícia Militar e Bombeiros paraibanos com agradecimento do filho e publicitário Roberto Oliveira.

Neste estádio, construído no começo dos anos 50, Josil Mendonça estreia com derrota pela "Raposa"



FONTES/IMAGENS

Diário de Pernambuco

Sport Ilustrado

Arquivos de Futebol do Brasil

Esperança de Ouro

Esporte do Vale

História do Futebol

Leis Municipais

Revivendo Esperança/PB

Turismo em Foco

O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (IX)

Sete jogadores desta formação e o treinador "Geleia" participaram da brilhante campanha da terceira colocação no campeonato estadual de 1957

CLUBES EM REVISTA

ALECRIM FUTEBOL CLUBE

O quadro alviverde da rua Presidente Bandeira foi, sem dúvida, a grande sensação do campeonato de futebol de 1957; no qual chegou, ao final, num honroso terceiro lugar, a frente do Santa Cruz e Riachuelo, e a um ponto, apenas, de diferença do ABC Futebol Clube, o vice-campeão.

O time dirigido por Geleia, somente perdeu as esperanças de conquistar o título máximo de 57, em seu último compromisso, quando perdeu de 1 x 0 para o América, campeão da temporada. Isso significa que o Alecrim se vingou de 1956, quando ficou de posse da incômoda "lanterninha", e, hoje, torna-se a terceira potência do futebol norte-rio-grandense.

O clube esmeraldino, além de Basinho, Jair, Pedrinho e Mota, conseguiu outra grande aquisição para o campeonato, que foi o arqueiro paraibano Josil. Esses pebolistas vieram dar maior vida ao plantel alecrinense em 1957. Principalmente o guardião, que se revelou um dos melhores da temporada.

O Alecrim não foi feliz no torneio de classificação, chegando mesmo a ser ameaçado de desclassificação. No entanto, a vitória sobre o Riachuelo, em seu último jogo, garantiu a permanência entre os cinco finalistas.

Estreou na fase eliminatória do certame, empatando com o Grêmio em 2 x 2, quando já perdia por 2 x 0. No segundo compromisso empatava, outra vez, agora com o Atlético: 0 x 0. Perdendo seguidamente para o ABC (3 x 0) e América (4 x 3) e vencendo Santa Cruz (2 x 1) e Riachuelo (2 x 0).

No campeonato propriamente dito estreou frente ao ABC (1 x 1). A seguia vencia o Riachuelo (3 x 0) e perdia para o Santa Cruz (2 x 1) e América (3 x 1).

O segundo turno os esmeraldinos atravessaram sem saber o amargor sequer. Empatou, novamente, com o ABC (1 x 1), e ainda com o Riachuelo, pelo mesmo "escore". Venceu espetacularmente ao América (6 x 4), o maior feito dos "periquitos" nos últimos anos; vencendo também o Santa Cruz por 3 x 1.

Na etapa final do campeonato o Alecrim, logo de saída sofreu o maior revés, sendo derrotado pelo ABC pela alta contagem de 5 x 1. Sete dias depois encontrava o caminho da vitória, abatendo ao quadro da Base Naval por 3 x 2 e em seguida o Santa Cruz pela mesma contagem.

Exatamente na tarde do dia 8 de dezembro, o Alecrim, perdendo para o América, pela contagem mínima, perdia a maior chance de conquistar, pela primeira vez, o cetro máximo do futebol norte-rio-grandense, em 42 tentativas.

Dezoito "players" tomaram parte da brilhante jornada do Alecrim; sendo que o arqueiro foi o único a participar de todos os compromissos.

GOLEIRO: Josil 18 jogos

ZAGUEIROS: Bililiu 17, Edson 9, Jair 6, Índio 3 e Severino 1

MÉDIOS: Petit, Monteiro 14, Índio 10, Tageba 9, Basinho 2, Josa, Béu, Severino e Jair 1

ATACANTES: Mota, Chiquinho 17, Miltinho 16, Basinho 14, Canindé 11, Pedrinho 7, Beú 5, Araken 2 e Jair 1

 

JÚLIO MONTEIRO DA SILVA

"O Poti" (quinta-feira, 9/1/1958)

terça-feira, 27 de maio de 2025

O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (VIII)

Imagem rara do alvirrubro Auto Esporte Clube/PB campeão de 1956 com decisão em 1958

Depois da estreia (domingo 19) com derrota em amistoso (0 x 4) frente ao ABC, o arqueiro Esmeraldino concede entrevista, em estilo “ping-pong”, ao repórter José Lázaro, publicada nas páginas cinco e seis do jornal “O Poti" (quinta-feira, 23/5/1957).

1 – Nome completo?

- Josiel Mendonça de Oliveira.

2 – Onde nasceu?

- João Pessoa, capital da Paraíba.

3 – E a data?

- 25 de abril de 1937

4 – Em que ano iniciou a carreira esportiva?

- 1947

5 – Qual o primeiro clube?

- Agulhas Negras, de Rezende, Estado do Rio.

6 – Qual o maior título?

- Tricampeão da Paraíba pelo Botafogo 54/55/56.

7 – Outro título?

- Campeão de Rezende pelo Agulhas Negras.

8 – Em paralelo com o futebol como se encontra o nosso?

- O futebol do Rio Grande do Norte é superior a Paraíba.

9 – Qual o seu contrato com o alviverde suburbano?

- No Alecrim assinei proposta de amador.

10 – Espera integrar a próxima seleção do RN?

- Se Deus permitir farei muita força.

11 – Que acha do estádio Juvenal Lamartine?

- Abaixo da crítica. Baixíssimo a nossa principal praça de esportes.

12 – Está satisfeito no futebol local?

- Sim, estou muito satisfeito.

13 – Quais as possibilidades do Alecrim em 1957?

- Eu espero, no mínimo, ser terceiro colocado.

14 – Qual o motivo da vinda para Natal?

- Transferência militar.

 

NOTA DE REDAÇÃO: O campeão paraibano de 1956 é o Auto Esporte. A confusa competição entrou com o segundo turno em janeiro do ano seguinte, a decisão ocorre em março com triangular envolvendo Auto, Botafogo e Santos, mas a final em dois jogos com o Botafogo somente acontece em março de 1958.